sábado, 4 de outubro de 2008

A Volta dos que não foram

Calabouço de casa cheia é outra coisa! Com as férias da galera coincidindo (seja do trabalho, da patroa ou férias espirituais como a minha), rolou um Mega Calabouço das Peças com 4 mesas simultâneas.


A participação notável sem dúvida foi do Léo Rota-Rossi, vulgo garoto-propaganda da Alea, que apareceu por lá mas não trouxe o Elfenland, um jogo que ele gosta muito e só ele, em todo o RJ, gosta.


Outro fato notável foi a dobradinha do deputado Camilo Sujeira que, em tempos de eleição, voltou para marcar pontos com a comunidade lúdica depois das falcatruas no Tribune na semana anterior.

Finalmente, apareceram o Antônio Marcelo que tava sumido e o Paulo Henrique que conheceu recentemente os jogos modernos e como a maioria, está encantado.


As mesas começaram cedo. Léo "Elfenland" Rossi, Camilo Sujeira e Dedo-podre Bouzada no Scepter of Zavandor, excelente jogo econômico que nós só jogamos no Calabouço quando o Wykthor Zavandor está ausente. O jogo, como o Camilo fez questão de frisas várias vezes ao longo da noite, é excelente, ótimas mecânicas, ótimo uso dos leilões mas o tema é MUITO gay. Encantar gemas para ganhar o Cetro do Zavandor é algo que, provavelmente, só o Warny das Ferramentas iria querer. Afinal, qualquer coisa de formato fálico, está nas prioridades do mesmo.

Na mesa ao lado, a minha, começamos com o Tribune que eu já comentei no report passado e, apesar da indignação do Bouzada "Pára de jogar jogo páia, André", é um jogo que eu gosto bastante e pude ensinar para o Cadu, o PH e o Antônio Marcelo. Foi nossa primeira partida com 5 jogadores, o André Amiúne estava na mesa também. Sem o Camilo para influenciar os Senadores, ele acabou sendo meio rejeitado no começo do jogo. A galera ficou meio pacífica com relação às facções e sem muita marcação. Logo na 1a rodada, eu tomei os gladiadores com o líder, ganhando 2 legiões (são necessárias 3 para cumprir um objetivo). O Antônio estava indo muito bem, conseguindo o favor eterno bem rápido, enquanto o Cadu fez o Tribune bem rápido. Eu decidi abandonar o Tribune e, como as facções estavam com pouco conflito , decidi atacar os faction markers. A grana, pelo que eu percebi, é um objetivo que você pode fazer em uma rodada só, botando todo mundo lá no coin Bowl. Então só precisava de mais um objetivo. Tomei as virgens, dei toda minha grana na carroça para bloqueá-las (não gosto dessa história de compartilhar a virgindade das mesmas com os outros) e garanti o favor dos deuses. Na última rodada, botei todos os meeples na grana e acabei fechando o jogo.


Ao lado, estava rolando um Stone Age com Nobre, Rodrigo e Renato. Lá embaixo Cacá, Arthur, André Boné, Carlão Kingsburg e Rodrigo Notre Dame González jogavam Colosseum. No eaitemjogo.blogspot.com tem um report completo e muito mais bonito e organizado sobre o jogo.


Depois do Tribune, o Antônio Marcelo substituiu o Renato na partida de Stone Age e decidimos jogar o que seria o PONTO ALTO DA NOITE. PASSADEIRAS DE CATAN!!!!!!!!!!!!!!! O nome real do jogo é Q-JET, vulgo ferro de passar roupa. Tá no top 10 do Camilo, junto com purrinha, rouba montinho, jogo da velha, Guerra, par ou ímpar e Ludo. Os carros realmente são idênticos a um ferro de passar e acaba dando uma função extra ao jogo, com partidas sendo realizadas sob camisas amarrotadas , basta dar uma esquentadinha nas miniaturas. (Ok, essa foi horrível mas é para eu tentar me aproximar do nível humorístico de Camilo Costinha e Wykthor piadista Zavandor). O jogo realmente é páia. É um jogo de corrida que você usa cartas para movimentar os carrinhos, dá para dar umas fechadas mas é basicamente isso. É gostoso de jogar, bem rapidinho e vale a pena pelas piadinhas relacionadas ao mesmo. Estava liderando bem até a maldição de "não pode usar as cartas de 6 em primeiro lugar" fizeram meu ferro de passar lembrar a Ferrari e acabei sendo ultrapassado na última carta pelo André Amiúne e fiquei com um honroso 2o lugar enquanto o Cadu foi ownado pelo PH com fechadas intermináveis e amargou um longíquo último, em uma atitude lúdica muito nobre.

Um pouco depois do fim do Q-Jet, acabou o Zavandor também, com o Bouzada pegando no cetro do Zavandor para ciúmes longínquos do Wykthor e do Warny.

Partimos então para um Louis XIV. Lá no eaitemjogo eu falei sobre ele no report do Castelcon. É relativamente rápido, dependendo da AP da galera, muito bonito e pequeno. Ficou um pouco arrastado, o Cadu fez a estratégia dos Brasões mas o André, que normalmente ganhava o Louis XIV, acabou cumprindo mais missões que a galera e ganhou , apertado. O placar final foi 47,45 e 43 pra mim. O PH, como nunca tinha jogado nenhum controle de área, ficou um pouco atrás.

Nesse meio tempo, a galera tava se chicoteando no In the Year of the Dragon, outro jogo que só jogam quando o Wykthor Zavandor não está presente. O Bouzada e o Arthur que são os dois grandes viciados no jogo acabaram disputando até o final mas o Bouzada, pro gamer, ganhou.

O Camilo decidiu explicar o Agricola, a mesa estava cheia, uma galera foi embora e o In the Year não tinha acabado ainda, então eu decidi apresentar/jogar o Carcassonne: The Castle para o PH.
Como eu sei que o setup/explicação do Agricola leva um boom tempo, deu para jogarmos tranquilamente. O TC é minha versão favorita de Carcassonne, de longe. Como diz o
Bouzada-2500-partidas-de Carcassone, é um jogo para 2 mesmo, então não precisa de mais gente. Regras simples e com learning curve bem acentuada. Acabei ganhando com uma boa vantagem, 106 a 67 mas muito mais por ter valorizado os wall tiles (que fazem muita diferença no final) do que por outra coisa.

Finalmente, terminada a explicação do Agricola, eu teria minha 2a chance. E não fiz tão feio quanto da outra vez. Com 5 jogadores, fica muito mais controlada a questão do Family Growth já que você sabe exatamente quando vai aparecer e, em determinado momento, haverá dois disponíveis. Outra coisa importante é a diversificação da fazenda. Consegui ter todos os animais, só o grão que foi impossível com a presença do André-Padeiro-Amiúne pegando grãos toda rodada. Acabei comprando um forno bombado lá e tacando javali e gado para alimentação da galera. Em determinado momento, rolou o momento "Vamo botar água no feijão" já que eu tinha os 5 trabalhadores e todos com apetite de Wykthor em dia de churrascaria. No final das contas, o André acabou confundindo o efeito de uma carta dele e tomou mendigo na cabeça. O Léo Rossi e o Cadu sofreram da síndrome de primeira partida e acabaram com pontuações na casa dos 15 e 25 pontos respectivamente. Eu comi mosca não transformando minhas casas em pedra e o Camilo, usando sua influência política nos campos, abusou do voto de cabresto, oferecia cenoura em troca de pontos e todo tipo de falcatrua possível e imaginável. Resultado 46 pra ele, 41 pra mim.

Ao lado, ainda tava rolando uma partida de Leonardo da Vinci, jogo que o Bouzada adora mas nunca consegue jogar. E obviamente, ele ganhou na learning session que fez pra galera.

Resultado, um Calabouço muito prolífico com a galera das antigas aparecendo e uma nova e excelente partida de Agricola, confirmando que é um jogo muito maior que o hype que estão fazendo ;)

Grande Abraço e até a próxima!

6 comentários:

Cadu disse...

Meus comentários:
- Achei o Tribune mais ou menos. Vou ter que jogar novamente para dar uma opinião melhor. O jogo acabou muito rápido e sem nenhuma disputa pelas facções (o Cacá gosta muito desta palavra "facção");
- O Agricola é excelente. E eu não tenho nada contra jogo de fazenda por isso gostei mais ainda do jogo;
- O Q-Jet é uma versão japonesa do Ave-Caesar e é um party game. Não dá para comparar com os jogos que a galera ultra-gamer joga no Calabouço. Porém com o meu grupo de amigos não-gamers é o jogo mais pedido, seguido de Catan, Kingsburg, Winners Circle. Por isso vale o investimento. Como exemplo tive um Power Grid que ficou na estante por dois anos e nenhum deles quis jogar.
- Louis XIV é um jogo muito bom e muitas vezes subestimado. O André Amiúne jogou muito bem e eu cometi um erro de julgamente e atrapalhei o André Mosca Morta. Como o Paulo (PH) atrapalhou muito o meu jogo o resultado foi vitória do André Amiúne.
- Mas legal mesmo foi a galera jogar Zavandor sem o Vitor (pífio, ardiloso e miserável), estar presente como bem lembrou o André em mais um ótimo report.
Valeu,
[]s,
Cadu.

Zavandor disse...

Execrável Cadu,

Não se preocupe com a minha pífia pessoa, joguei Zavandor na sexta-feira =)

Cacá disse...

Esse Calabouço tava bom mesmo, finalmente consegui estrear meu Colosseum que é um excelente jogo...

Cadu, dê mais chances para o Tribune sim, ele é um jogão e acho que numa partida com as facções sendo mais disputadas tu vê que o bicho pega...

Quinta estaremos lá de novo, tomara que seja dia de casa cheia mais uma vez...

Abraços,

Fel disse...

Cadu:

É como o Cacá disse, foi um jogo sem muita interação o que acabou acelerando o final do jogo muito cedo. A última partida, que foi a estréia do Camilo, rolou tanta porradaria que o jogo demorou mais de 2h (O Tribune era obrigatório). Tenho certeza que com um jogo mais disputado você vai gostar mais da partida.

O Agricola é fantástico realmente, mais umas partidas e tenho certeza que será meu top 1.

Q-Jet eu concordo com você, com o grupo certo, funciona. É como eu disse, despretensioso e divertido. E você sabe que eu não sou "ultra-gamer" como Bouzada e Wykthor hehe.

Louis XIV, a galera daqui, em geral gosta muito. Nunca vi ninguém reclamando dele não, pelo contrário! Pois é, foi querer me atrapalhar sendo q eu tava fora do jogo. O que aconteceu foi a síndrome típica do jogo de área, aquele que foi menos marcado, ganhou.

E concordo que o ponto alto foi o Zavandor sem o Wykthor.

Casa cheia na certa Cacá.

Vamos ver se rola um Agricola de novo ;)

Guilherme Rodrigues disse...

Bah, Cadu foi no calabouço e não escreveu report? Mas que prostituta sifilítica!

Cadu disse...

Guilherme:

Se eu fosse fazer um report deste Calabouço eu teria que me zoar o tempo todo e isto é contra os meus princípios...