sexta-feira, 20 de junho de 2008

Calabouço das Peças 19/06

O Calabouço das Peças sempre foi um programa divertido. Explora a integração e demonstra o poder dos jogos de tabuleiro na diversão geral. Ontem foi um dia atípico. Atípico pois um grupo do Dia D do RPG, com nada menos do que 6 pessoas chegou lá sem aviso prévio e mudou todo o percurso da noite.
Cheguei lá mais cedo pois o Arthur tinha uma prova. 19:30 chega o Bouzada e o Guilherme e depois de um milagre divino, Guilherme aceita jogar uma partida de Tikal. No meio da explicação (eu nunca tinha jogado), chega o Carlos e fechamos a mesa com 4 pessoas. O legal do jogo é que ele tem regras simplórias, no entanto, é um jogo de muitas ações e a tal da "Bouzagem" tem que rolar, ainda mais com o inspirador do termo jogando.
O Bouzada e o Guilherme ficaram disputando o meio do mapa enquanto eu montava meu complexo habitacional de sítios arqueológicos lá no cantinho. O Carlos tava mais perdido do que cego em tiroteio mas foi fundamental no resultado. Fincou pé em templos estratégicos e a exemplo do Arthur, é sempre um fator caos a mais pro jogo. Jogamos com a variante de leilão e não consigo imaginar jogar sem ela. Acho que o jogo ganha muito em estratégia. Vale lembrar que o Franklin chegou com suas teorias altamente embasadas de "Não se dá mais que 3 em um leilão". Valor que foi alterado várias vezes ao longo do jogo. Além, é claro, de pegar o joystick do Carlos no jogo.
Final do jogo e vitória apertada minha em cima do Guilherme, por apenas 4 pontos. Nesse meio tempo, rolou uma partida de Rá (virou figurinha carimbada, sempre tem uma partida) com uma vitória do André, o rei dos leilões. Lá no fundo, rolava um Citadels com 6 pessoas com a galera do Dia D. Acabada as mesas, um fato histórico. Franklin comeu 5 salgados na mesma leva batendo o recorde do Calabouço e entrando de vez para o Hall da Fama. Separado novamente os grupos, montamos uma mesa de Rá (eu, André rei dos leilões e o Carlos), Guilherme numa learning session de Amytis, que sucedeu uma rápida partida de Loot com vitória feminina! Enquanto isso, Bouzada e Arthur num 1x1 d Nexus Ops (Franklin precisou ir embora) e lá embaixo rolava uma partida animada de Red Dragon Inn.
Bouzada comprou 4 aranhas, rushou e não deu pro Arthur. Eu acabei ganhando no Rá com uma pontuação monstruosa de monumentos e o Rogue ganhou a Priest lá embaixo , uma vitória por embriaguez, raro para a Priest. Bouzada precisou ir embora e arrastou o Guilherme que deixou a vitória no Amytis encaminhada pro Arthur. Eu, Luis, Henry e Carlos jogamos duas partidas de Amazing Flea Circus, um fillerzinho do Knizia. Uma vitória para mim junto com o Luís, outra para o Luís mostrando-se um ótimo dono de circo de Pulgas. O Carlos teve que ir embora, Lucas voltou e fizemos uma longa mas ótima partida de Three Dragon Ante cheia de reviravoltas. O Lucas acabou ganhando combando várias vezes por cor e levando uma aposta muito grande no final do jogo, após a eliminação do Henri. Após ser eliminado, Henri acabou indo embora, Arthur ganhou o Amytis e puxou uma learning session de San Juan. Eu, Lucas e Luís decidimos jogar Midgard. Eu gosto muito da relação custo-benefício do jogo. É muito rápido, há uma certa dose de estratégia e é bem divertido.
O Midgard acabou com uma vitória minha que antes da contagem dos tokens estava muito apertada, com apenas um ponto de vantagem do Lucas sobre mim. Acabei fazendo 7 sets e selando a vitória. No San Juan, o Rodrigo conseguiu uma vitória apertada em cima do Arthur depois de muitos elogios acerca do jogo.
Finalmente, para selar a noite com chave de ouro, duas divertidíssimas partidas de Saboteur que me fizeram escrever aquela introdução. Muita risada, piada, mentira, sacanagem às 4 e pouca da manhã. Jogamos duas partidas, o Saboteur só ganhou duas vezes e quase ganhou uma terceira vez numa dramática corrida por retas, que, invariavelmente, eram despejadas pelo Arthur. O Nobre consegui uma impressionante marca de 90% das vezes ser Saboteur. Na primeira partida, vitória minha e do Arthur com os anões bonzinhos. Na 2a, o Rodrigo que se revezou o tempo todo entre Saboteur e bonzinho conseguiu vencer. Vale lembrar que rolou um anão Homer Simpson logo na 1a partida mas isso a gente deixa nos bastidores ;)
Depois disso, a galera empolgada queria jogar mais, mas era de manhã e acabou rolando uma caravana para a Saens Peña com um animado papo e a certeza de que o hobbie está crescendo e o Calabouço está fazendo sua parte.

Até a próxima.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

In the year of the DEATH - Session Report

In the year long ago...

Galera reunida para jogar o "In The Year of the Dragon" no ultimo sábado numa espécie de "expansão" do Castelo das Peças. Este jogo é um dos mais sinistros literalmente falando. Com o Victor explicando o jogo fica mais sinistro ainda...

A história é mais ou menos assim: Príncipes chineses no século "lá vai vóvó" tentam sobreviver ao ano do dragão. Irão acontecer várias catástrofes que afetarão os trabalhadores nas províncias causando um genocídio jamais visto nas história dos boardgames. A turma do Jaspion vai sofrer com a peste, invasão, fome, ganância do imperador etc. Durante estes eventos os chinas, provavelmente muito doidos depois de tanta fúria da natureza, ainda terão tempo para se divertir com fogos de artifício. E se tudo isso não for suficiente, caso o aprendiz de Bruce Lee saia de casa e a deixe vazia ela será amaldiçoada e irá desmoronar... Imaginem o Shamou jogando isso!!!

Começamos com o Cadu sendo o único a não escolher o tesoureiro, aquele que dá uma ajuda com a grana furada dos orientais, mas assumindo a iniciativa do jogo o que permitia ser o primeiro a escolher uma ação. Já o André Felipe ficou em último na iniciativa o que causou grandes transtornos para seus cubras valentes.

Depois dos dois primeiros meses de paz (só pra enganar a galera), já veio uma pancada do imperador mão-de-vaca que exige 4 doletas (yuens?) dos seus súditos sob pena de morte para cada real não pago. O pior é que logo em seguida veio a fome na região. Cadu já estava com arroz estocado desde o início, com prazo de validade vencido e dando diarréia em tudo que era chinês. Os demais jogadores tiveram que desenbolsar uma grana para fazer arroz-doce e garantir o direito a vida para seus comandados. A pior situação era a do André Felipe que estava fazendo uma equação complicadíssima para evitar a morte da galera nos próximos meses. Vitor só queria saber de dinheiro e de construir palácio. E o Bouzada o tempo todo proferindo "Mas o quê é isso?!". Filipe tava quieto no seu canto só contratando as gueixas para encher seus palácios.

Logo em seguida veio a invasão Mongol. André Felipe estava desesperado sabendo que seus soldados, famintos e apavorados, não poderiam repelir a invasão. Ele sabia que iriam morrer seus cubras de olho puxado mas decidiu levar "outros" consigo. E foi uma carnificina geral, somente o Bouzada escapou por ter um soldado a mais.

Depois veio a peste negra prometendo matar 3 de cada família. Começou uma guerra para ver quem conseguia recrutar o "cara da sopa"para livrar a galera das doenças. Pior para o Cadu que ficou só comdois tabletes de caldo Knorr e começou a enterrar os chinas doentes.

Pausa para a diversão. A turma da muralha deixou de lado as tristezas causadas pelas catástrofes e foi se divertir soltando rojão no Dragon Festival. Aqui eu abro um parênteses para esclarecer queo "soltar rojão" não teve nada a ver com a flatulência do Bouzada.

Depois de gastar todas as cabeças-de-nego disponíveis os chineses se deparam com a peste novamente. Cadu perde mais um cubra e quem se dá mal é o próprio doutor, mestre da sopa, que morre sem beber de seu antídoto.

Enquanto isso o imperador está esperando lá no mês da lagartixa (dezembro) para cobrar tributo de novo e antes dele um mês inteiro de fome. O arroz que o Cadu tinha estocado no início do ano já estava dando bicho e nem o cachorro queria comer. Victor tinha tanto dinheiro que se deu ao luxo de escolher o melhor arroz do mercado, que lá na China é o "Tio Jiraya". Bouzada, preocupado em não perder ninguém perdeu pontos valiosos. Felipe e André Felipe estavam sofrendo muito por ficarem mais atrás na iniciativa. No final a galera deixou as gueixas de lado e começou a investir em Monges Budistas tentando conseguir uns pontinhos a mais (Cruzes!!!). Aliás neste jogo o Monge é o cara que menos sofre já que ele só tem utilidade no final e ninguém quer saber dele durante o ano.

Vitória do Victor, provando que dinheiro e condomínio chinês são importantes neste jogo. Bouzada logo em seguida com três pontos atrás e o Cadu dois pontos após o Bouzada. André Felipe... bem o André Felipe.... com o que sobrou... não conseguiu montar nem um time de futsal. Tudo bem, chinês não joga bola mesmo. O Felipe foi um pouco melhor e terminou em 4º lugar.

Este é um jogo que vale a pena. Eu diria que é o "In the year of the FUN" pois achei maneiríssimo. Mas não é para quem tem amor à vida...

[]s,

Cadu.