terça-feira, 28 de abril de 2009

Calabouço do "Worker"


Feliz Dia do Trabalhador. Foto dos workers do Tribune, BGG.

Tendo em vista o feriado do Dia do Trabalho na sexta o Calabouço do dia 30 novamente não tem hora pra terminar, mas como o povo trabalha quinta o horário de abertura vai ser o mesmo 19:00h.

Esquema de bebidas e salgados também é o padrão (R$ 5,00 bebidas e R$ 2,00 salgados), então apareçam pra gente colocar os "workers" para trabalhar (hehehehhe).

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Calabouço de São Jorge Apresenta: Matar dragão é fácil, difícil é acreditar nos Ursinhos Carinhosos.

Calabouço das peças. Refúgio das maiores lendas do mundo lúdico do qual já se teve notícia. Retiro daqueles incompreendidos de uma sociedade que não entende porque jogos de tabuleiro são tão divertidos. Asilo político do Americano. Esconderijo secreto do Cacá. Para o Shamou ainda é um mistério visto que ele sempre erra o caminho. Para o Arthur uma oportunidade de vender seus experimentos culinários... enfim... um local agradável para uma reunião de amigos.


Tabuleiro do Zavandor. Foto BGG.

Quando cheguei o Fel estava ludibriando o Nobre e o Rodrigo no Scepter of Zavandor, um jogo onde cada um assume o papel de aprendizes de magos e ficam colecionando pedras preciosas para realizar seus truques mágicos. Que coisa linda e singela!!! Chegou-se a dizer que só estavam jogando isto porque o Victor avisou que não viria.

Na parte superior do Calabouço estavam o Bouzada, Leonardo e o Rogério começando uma partida de Cavum. Com a fama do Rogério se estendendo internacionalmente, acredito que deva ter rolado umas duas ou três "Rogério Edition's" durante a explicação das regras.


Zoom no Cavum. Foto BGG.

Juntei-me ao grupo de desabrigados lúdicos Renato, Arthur e André Boné para uma partida de Cave Troll. O Arthur assumiu muito bem o seu papel e começou a importunar todo mundo enviando seus adventures para as salas controladas pelos adversários. Destaque para a vitória do André Boné que com uma jogada final conseguiu 66 pontos de uma só vez saindo do último para o primeiro lugar.


Malditos Trolls do Cave Troll. Foto BGG.

Enquanto isso o Cavum continua.

Para o Age of Empires III junta-se a nós o Zé Colméia enquanto o Arthur fica de fora para salvar sua gata que estava presa atrás de um armário na casa do vizinho.... HUMMM?????
A façanha lhe rendeu vários arranhões e a admiração incondicional do Antônio Marcelo, que gasta centenas de reais por mês com Whiskas.


Novo mundo colonizado no Age III. Foto BGG.

A partida, no entanto, foi um genocídio já que Portugal (Cadu) incorporou o estilo Americano de ser e enviou 9 soldados fazendo extermínio em três localidades do novo mundo, causando pânico geral e queda de bolsas em pleno século XVI. Os espanhóis (Zé Colméia) lamentaram a morte de toda uma geração promissora instalada no Caribe enquanto a França (André Boné) colocava em suas colônias 7 cubras para cada soldado português. Os holandeses (Renato) fizeram dinheiro o jogo todo, usando até de pirataria. Terminaram milionários porém sem colônias promissoras no Novo Mundo.

O Cavum termina e começa o Nexus Ops com a participação de um newbie, o Daniel. O Daniel chegou dizendo que queria jogar Banco Imobiliário... hummm??? Quase foi linchado, apedrejado e guilhotinado na cadeira elétrica. Tinha gente já ligando para o Cacá que adora um evento assim. Seu livramento se deu porque o Fel agora é defensor do Monopoly, garoto-propaganda e fiel consumidor do produto. Ele não permitiu que o Daniel fosse excomungado do mundo lúdico justo em sua estréia no Calabouço.


O "monolito" super protegido no Nexus Ops. Foto BGG.

Já a tal partida de Nexus Ops se deu em homenagem ao feriado de São Jorge, que matou um dragão e ficou famoso. Nesta partida os candidatos a matadores de dragões, além do Daniel, foram o Bouzada, o Leonardo e mais um cubra que não lembro quem era. Melhor para o Leonardo que entende tudo de dragão e não permitiu que o Bouzada cuspisse fogo por estas bandas.

Depois os grupos se juntam para uma partida de Saboteur. Neste jogo um grupo de anões está escavando túneis para chegar ao local onde se encontram pepitas de ouro. Entre os anões está um grupo de sabotadores secretos que tem a missão de impedir que os demais cumpram a tarefa. Depois de explicadas as regras o Rodrigo pergunta quais dos anões parecem bonzinhos. Cada vez eu tenho mais certeza de que esse sujeito precisa de alguma terapia.

Destaque para o Nobre, que em sua primeira jogada como sabotador já deixou claro para todos os demais quem ele era de fato. Para todos menos para ele que achou que estava blefando muito bem. Outro destaque foi o Bouzada querendo enganar como sabotador, mas implorando ao Nobre que o ajudasse com as picaretas e lamparinas danificadas.


A mina dos anões do Saboteur. Foto BGG.

O Arthur, outro sabotador (tinha que ser), bem que tentou mas os anões sinceros, honestos e trabalhadores venceram os sabotadores nas três empreitadas e o Cadu e Rodrigo dividiram a vitória com 8 pepitas cada um. Interessante também foi ver como ninguém confia no Fel, Mosca Morta reconhecida até no Camboja, que mesmo sendo um anão cumpridor de suas obrigações legais era alvo constante dos seus colegas trabalhadores. Vida ruim!

Partimos para o Attribute. Nele um dos jogadores declara um tema e os demais devem colocar atributos para este tema. Os jogadores recebem ovelhas negras ou ovelhas brancas, e devem escolher se os atributos escolhidos para o tema serão pertinentes ou não baseados nestas ovelhas (que birutice!!!). Se o jogador achar que o atributo escolhido por um adversário tem haver com o tema então ele "se associa" através de um tapa (coisa de doido!!!) para ganhar pontos.


As ovelhinas (?) do Attribute. Foto BGG.

A partir daí aconteceram as coisas mais bizarras possíveis. Os que tem ovelhas negras não querem associação com ninguém, e por isso para o Fel o Padre Marcelo Rossi é azul, para o Arthur um vinho de 12 anos é anal-retentivo (hummm?), para o Nobre amarelo é uma circunferência, para o Bouzada os Albinos são cidadãos do Zimbábue, para o Daniel pular de um prédio é uma coisa super natural e bacana, e para o Rodrigo os Ursinhos Carinhosos são reais e maravilhosos. Tô dizendo que esse garoto precisa de terapia.

Eram quase 01:00 da madruga. Fui para casa com a sensação de que nem o Shamou poderia superar o que ocorreu por aqui hoje. Mas aí já é pedir demais!!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Matando dragões... e elfos, e orcs, e bruxos...



Fala galera, nesta quinta vai rolar outro Calabouço especial, dessa vez começando as 14:00h e novamente sem hora para terminar.

Como é esperado um consumos grande de bebidas a entrada vai custar 6,00 pratas, e os salgados continuam 2,00 (com o Pão-de-Queijo de 70g a 1,00). Só para vocês terem uma idéia do cardápio, taí a lista de salgados: Croissant Frango com requeijao / Croissant Quatro-Queijos / Croissant Peito de Peru com Mussarela / Croissant Queijo com Presunto / Croissant de Chocolate e Folheado Nordestino (de Carne-Seca com Requeijão).

Esperamos novamente o comparecimento da galera, como sempre as prateleiras de jogos vão estar cheias, mas quem quiser levar alguma coisa diferente esteja à vontade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Antes tarde do que nunca.....

Lista de presença da edição do Calabouço de Páscoa.

Arthur / Americano / Bouzada / Vitor Zavandor/ Cadu / Nobre / Ney / Paulo / MGM / Laine / Cacá / Fel / Zé / Cecilia / Bel / Guilherme / Vitor MD / Andre Boné / Renato

Photos just in time (editadas por que estavam grandes pra cacete):


Bouzada (primeiro plano), Cecília, Laine e Fel.


Zé, MGM, Cacá e Cadu no Cave Troll.


Americano (na porta), Bouzada jogando TTA solo
(supervisionado pelo Victor).



Mesa de St. Peter com André, Peitola, Renato e mais um.


St. Peter no comecinho.


Keythedral rolando.


O bom e velho Trough the Ages.


Uma mesa com o divertido Witch's Brew.


Bouzada, MGM, Zé, Cecília, Fel e a careca do Cacá.

Abr. 16 - Ternos cantores, pscicopatas opacos e farois supervalorizados

Ontem rolou um Calabouço diferente, com uma galera mais disposta a se divertir rolaram muitos "fillers" antes do povo se interessar por algo mais pesado.

A noite começou com uma partidinha de DOG, as duplas eram eu/Rocco e Arthur/Zé. Eu e Rocco praticamente demos um passeio, o Zé ainda esboçou alguma reação, mas o Arthur não tava jogando nada (hehehhehe), acabamos vencendo.



Depois começou a chegar um galerão e partimos para um For Sale. Esse é um jogo de leilão com duas fases, na primeira temos prédios que variam de 1 a 30 pontos, eles são dispostos na mesa e o jogador da vez faz um lance, os jogadores seguintes podem aumentar o lance ou pegar o prédio de valor mais baixo na mesa.

Depois de zerados os prédios começam as revendas deles, abrem-se os checões e nós usamos os valores dos prédios para definir a ordem de quem pega os de maior valor.

A nossa partida correu bem na primeira rodada com o Arthur "bidando" o prédio mais alto, mas logo em seguida o Rocco resolveu que ao invés de se interessar pelo prédio de maior valor ia fazer uma oferta no farol, então isso quase virou regra. No final o Fel "mosca-morta" ganhou a partida.



Aí com mais gente no Calabouço, resolvemos pegar um Attribute. Esse é um dos jogos mais loucos que eu já joguei, você recebe uma série de 5 atributos e uma ovelha (?!?), o jogador da vez escolhe um tema e os outros usam um desses atributos para seguir o tema (se sua ovelha for "positiva") ou ser totalmente contrário (se você tiver uma ovelha negra).

Aí entra a mecânica "tapão", onde depois dos atributos abertos você tem que escolher um ou se abster, caso você escolha um que siga o tema ganha ponto, se não perde, e isso acontece com a carta que você colocou também.

Tudo muito bem explicado, agora os problemas. O jogo é em inglês, e nem todo mundo tá familiarizado com certas palavras (e tem umas bem difíceis), outra coisa, as pessoas simplesmente viajam na maionese e surgem coisas como : Tema: pscicopatas / atributo: opaco; Tema: terno / atributo: cantor; Tema: tiroteio / atributo: inocentes.



Enfim o jogo é uma zona, mas diverte. Jogamos uma antes da escolha "pesada" da noite e outro pra fechar a noite (antes d'eu ir pra casa pelo menos), na primeira ganhou (se é que existe isso no jogo) Danko e na segunda o Ney.

Para não dizer que foi uma noite completamente "não-gamer", depois do primeiro Attribute abriram-se duas mesas de heavy-games, na primeira Age of Empires III e na segunda comigo, Fel, Zé, Ney e Alessandro rolou um Imperial.

Esse jogo é bom pra caralho, super bem bolado e tenso. Na mesa dos cinco só eu e o Fel já tínhamos jogado, mas a galera pegou o espírito do jogo rápido. As estratégias foram as mais variadas, o Alessandro e eu tentamos um esquema WAR e saimos expandindo, só que nesse jogo só tem abutre, o Fel e o Ney aproveitaram e pegaram o controle das nações que estavam em expansão e fizeram uma taxação bombada. O Zé ficou no esquema "um homem, uma nação", não foi incomodado, mas acabou também não evoluindo muito.



No final depois de algumas reviravoltas o Fel ganhou se utilizando do maldito poder de persuasão ("noooossa, como o Zé vai ganhar dinheiro se fizer isso", "nooooossa, o Cacá vai se dar bem se fizer aquilo") e ficou com a primeira colocação 2 pontos na frente do Ney por conta de um último investor que rolou, eu consegui o terceiro lugar, com o Alessandro e o Zé fechando a lista.

Ainda rolou uma mesa "light" com Palavras Cruzadas, foi uma boa noitada de jogos onde a diversão prevaleceu.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Calabouço de Páscoa apresenta: Coelhos Suicidas, Choradeira do Bouzada e Frutas do Fel

Eu estava muito empolgado com o Calabouço de Páscoa, já que fazia tempo que não dava as caras por aqui. Foi legal ouvir lindas histórias sobre a distribuição de ovos de plutônio que o Cacá mandou para os candidatos a coelhos-bomba no Oriente Médio. Emocionante também o relato do Shamou, enviado por vídeo já que ele não compareceu ao Calabouço, que inspirado no GreenPeace fez rapel na ponte Rio-Niterói em defesa dos roedores famintos ao redor do planeta pedindo mais jogadores para o Notre Dame. Também foi legal conhecer a “saborosa” novidade que o Arthur preparou... suco sabor cacau... humm???

Ao chegar encontro o Americano, Arthur, Bouzada e Victor numa partida de Through the Ages, como de costume. O Americano gosta muito destes jogos de guerra, que tem agressões, intrigas, destruição de Universidades da Carolina, genocídios etc. No entanto o que mais chama atenção no jogo é ouvir a choradeira do Bouzada dizendo que vai ficar em último, que não tem a menor chance de se recuperar no jogo e blá, blá, blá. A partida ainda não estava na metade, portanto muita choradeira ainda estava por vir.

Preparamos uma partida de Keythedral, com as participações de Nobre, Rodrigo, Paulo e Cadu. O jogo se passa numa terra imaginária onde estão construindo uma Catedral onde os habitantes poderão rezar pela recuperação psíquica do Americano. Depois de um detalhado setup onde os jogadores literalmente montam o tabuleiro, o jogo tem início.
Durante a partida os trabalhadores de cada jogador irão ser alocados nos campos adjacentes às suas cabanas com o objetivo de produzir os recursos que serão utilizados na construção da já mencionada catedral: pedra, água, madeira, comida e vinho.
O vinho tem um papel interessante já que é utilizado pelos trabalhadores mais exigentes no final da construção, e também para subornar cubras safados que por dois barris de vinho removem cerca dos adversários. As cercas são construídas nos campos com o objetivo de previnir a invasão dos trabalhadores adversários. O Shamou ia gostar disso!!!
A partida foi decidida no final, com todos tendo chance de vitória em um placar apertado. O Rodrigo esteve mal na partida mas se recuperou e quase ganhou. O Paulo foi bem durante todo o jogo sempre mantendo uma produção decente. O Nobre, por uma questão de timing, não ganhou o jogo por pouco quando tinha chances de adquirir uma construção decorativa que valia 12 pontos. Vitória do Cadu por apenas 3 pontos em relação ao Paulo. Em terceiro ficou o Rodrigo seguido do Nobre.

Nobre, Rodrigo e Paulo foram comprar ovos de chocolate e deram lugar ao Zé Colméia, MGM e o já famoso ídolo da música pop islâmica, Cacá. Preparamos o Cave Troll, jogo da mais alta cubriagem que se pode ter notícia. Zé Colméia, 100% neste jogo até então, tomou a dianteira fazendo a primeira pontuação larga do jogo, seguido pelo MGM. Cacá e Cadu amargavam uma baixa pontuação dominando a zona oeste da masmorra o que não rendia nada praticamente. Foi aí que o MGM se revelou o “caos-man” do jogo, barrando até o Arthur e suas jogadas destruidoras. Ele colocou o Orc em jogo e saiu assassinando os heróis do Cacá e do Cadu que encontrava pela frente, e isso aconteceu quando o Zé Colméia dominava o marcador. Logo em seguida, movido por uma ganância sem medidas, o Cadu perde o juízo e com o seu Orc elimina o Bárbaro do Cacá. Aí o Cacá jurou vingança, e quando isso acontece ele faz o Americano parecer um rato de laboratório. A devastação veio com um Cave-Troll suicida, aparições, Knights eliminando orcs e uma jogada final que, muito bem planejada pelo Cacá, que fez com que o Zé Colméia amargasse sua primeira derrota no jogo, perdendo os 100% adquiridos quando venceu sua primeira e única partida até então. Essa história de 100% me fez lembrar do Rodrigo “Desaparecido” Ramos...

Cadu ficou em terceiro lugar, um ponto a frente do MGM que não sabia que tinha Troll num jogo chamado “Cave Troll”... é, vamos fingir que faz sentido.

Depois chega o Fel para se juntar ao nosso grupo, o que resulta numa discussão acalorada de qual jogo é melhor para o momento: Agrícola, Manila ou Imperial?
Enquanto eles discutiam montei a mesa de Age of Empires III, disse que o Fel podia jogar com a Holanda e ainda avisei em voz alta que o Cacá estaria jogando com a França, nação preferida do Bouzada.

Falando em Bouzada podíamos ouvir sua voz lamentando, sempre reclamando que não tinha a menor chance de vencer a partida do Through the Ages. Esse filme, ou melhor dizendo tática, nós conhecemos bem.

Começa a partida de Age, onde novamente o “caos-man” MGM utiliza a inspiração de seu mentor Arthur para causar pânico no novo mundo com atitudes agressivas de warfare. Cacá passou o jogo todo tentando conseguir, ao menos, um navio mercante para melhorar seu comércio ilegal de armas. Zé Colméia até jogou bem, mas o suco de cacau que o Arthur serviu atrapalhou a mente dele e acabou se confundindo na pontuação das nações. O Fel tinha boas construções adquiridas e conseguiu no final uma pontuação razoável explorando a escravidão em Nova Granada. Cadu venceu mesmo depois das ameaças de invadir o Brasil feitas pelo Cacá.

Depois disso o Fel, envergonhado com a derrota e chamando o Age III de Frankenstein, foi jogar um jogo de frutas, sei lá. Disso eu me recuso a comentar.

Terminou a partida do Through the Ages. Vitória do Americano, expert em jogos agressivos. E apesar de toda a choradeira promovida pelo Bouzada, ele quase venceu no final ficando a poucos pontos do primeiro lugar.

Calabouço de Páscoa é assim: choradeira do Bouzada, novidade do Arthur, Cacá com sede de sangue, Americano idem.... ou seja... nem precisava ser de Páscoa... isso é puro Calabouço mesmo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Calabouço das Peças: Edição de Páscoa

Ontem, montamos a edição especial de véspera de Feriado e como não podia deixar de ser em eventos longos, rolou a famosa partida de Through the Ages, Full, com 4 jogadores. E ao contrário dos jogos com os paulistas, acabou durando bem mais do que cinco horas. (Acredito que 8h, aproximadamente).

Quando eu cheguei lá, Tinha uma mesa formada de Keythedral, o Through the Ages já estava rolando e tinha uma vaga estratégia no Saint Petersburg que tava rolando com o MGM, a patroa (cujo nome me foge agora) e o Cacá, força islâmica gamer. Eu só tinha jogado ele duas vezes, uma com o Bouzada e Wykthor, dois uber-viciados no jogo e outra só com o Wykthor. Tinha tomado uma coça federal e nem consegui "aproveitar" o jogo direito. A partida foi bem legal, com a galera correndo atrás de pontos de vitória enquanto eu fazia uma engine altamente capitalista selvagem com os workers e os nobres ganhando dinheiro. Consegui comprar um carinha que dá 1 de grana por trabalhador que você tenha. O fluxo de caixa acabou me ajudando a pular de um longínquo último pra primeira posição, gerando aquele "efeito mosca-morta" que a galera adora sacanear. Acabei vencendo, apertado o MGM, com o Cacá logo atrás e a patroa do MGM acabou ficando um pouco para trás pois não lembrou das regras dos nobres diferentes! Foi uma partida bem legal, com todo mundo aprendendo.

Nisso, o Victor comprou o Napoleão no Through the Ages e o Bouzada reclamava constantemente que ficaria em último, depois de ter três guerras declaradas à ele.

A patroa do MGM teve que ir embora, então a Cecília e o Zé chegaram e montamos mais uma partida de Witch's Brew. É um jogo que eu continuo achando bem divertido de jogar e ele tem sido bem "útil" na hora de "algo rápido com tomada razoável de decisões" em menos de 1h. Como o Cacá ainda não conhecia o jogo e eu tinha certeza que ele ia gostar, acabei puxando. O jogo foi marcado pela tentativa de jogar o que a galera "não tinha". E o pessoal percebeu bem a importância de não ser líder e acabou criando aquele efeito, "líder só se for o último ou o cara com pouca carta na mão". É bem legal que a "orgânica" do jogo é totalmente determinada pelos jogadores. Se tive partidas em que a galera encheu as burras de dinheiro, dessa vez grana era muito escassa e o povo foi atrás d poção desde o começo do jogo. Acabou na última rodada, só eu e Zé, meio faroeste. Eu com 4 cartas na mão e ele uma. E justamente a única carta que me daria ponto de vitória, ele tinha, me derrubando, selando a vitória do Cacá sobre mim, por 21 a 19 com o MGM um pouco atrás, o Zé e a Cecília respectivamente em 4º e 5º lugar.

A Galera do Keythedral debandou, Cacá, Zé e Cadu queriam puxar o Cave Troll, como eu não sou muito fã do jogo, deixei eles jogarem e desci pra ver que lá embaixo estava rolando uma partida de Saint Petersburg, puxei a Cecília e a Isabel para uma learning session do Fruit Fair, minha última aquisição e um jogo que virou meu xodó apesar do tema bobinho. Aguardem um remake interessante que eu e o Errante, da Ilha, estamos fazendo :)

INTERMISSION by Cacá: Vou aproveitar o post do Fel e falar um pouco sobre a partida de Cave Troll. Na mesa éramos eu (tentando quebrar uma escrita), Cadu (dono e detentor de mais de 300 partidas), MGM (franco-atirador) e Zé (100%).

A partida começou comigo e o MGM num lado do tabuleiro e o Zé e o Cadu se "estudando" do outro lado, já no primeiro scoring eles escaram na dianteira deixando o "lado b" para trás. Mas eu tava conseguindo me posicionar bem no tabuleiro e já na segunda pontuação dei uma encostada.

Foi aí que o Ogre berserker começou a matar meus personagens pelo puro prazer de ver sangue-azul espalhado no tabuleiro, isso podia ter acabado com a minha partida se eu não tivesse conseguido uma terceira pontuação e ainda fechar o jogo na mesma rodada, com isso sacramentei a vitória com o Zé pouco atrás, Cadu em terceiro e MGM na lanterna. Voltamos ao post normal

O Fruit Fair tem mecânicas interessantes. São 4 árvores, com 4 frutos diferentes. Você começa com 2 colhetores e dois jardineiros que plantam as frutas. Você planeja, secretamente, para onde eles vão, todo mundo colhe as frutas, seguindo a ordem do turno e depois , as frutas plantadas voltam pras árvores. A sacada é que você troca as frutas por pontos de vitória. E quem tiver a maioria em cada uma delas, ganha um bônus excelente...empate, ninguém leva. Então rolam decisões interessantes sobre a hora certa de comprar pontos, abdicar dos benefícios, além do que, as árvores começam a esvaziar, então o planejamento fica mais complicado. A figura da capa, o Guaxinim tem um papel importante de dar descontos na aquisição dos vps , a caminhonete, você não precisa planejar, o imigrante ilegal, você colhe uma fruta a mais e o outro tile, é para determinar starting player.

Nessa partida, eu foquei uma parte do jogo no ônibus e depois no starting player, sou péssimo de planejamento. A Cecília ficou o jogo inteiro com o Guaxinim, praticamente, consegui roubá-lo no finalzinho da partida, comprando bastante vp e ganhando com uma certa folga dela e da Isabel em uma partida relativamente rápida mas bem disputada até o finalzinho.

O Cave Troll acabou, elas desceram e eu me juntei à mesa deles que tinha acabado de terminar. Então rolou aquela velha dúvida do "jogo pra 5". Sugeri o próprio Fruit Fair, o Imperial e até o Agricola mas acabou vencendo o Age of Empires III que eu admito ser um bom jogo mas não é muito meu gênero, acho Frankenstein demais. Decidi que ia ignorar o novo mundo e tentar jogar focado na grana já que o Conquista do Império Inca não tinha saído. Acabei passando boa parte do jogo com 2 pontos. O Cadu , como já declarado, especialista-mor no jogo, dominou o novo mundo com os missionários e um punhado de especialistas extras. No final da 2a era, ele tinha 40 pontos, a galera na casa dos 20-30 e eu, com 2 pontos! Consegui comprar dois bons prédios da era III e angariar duas vitórias à base de Warfare no novo mundo, fazendo uns 70 e poucos pontos no final do jogo, garantindo minha "vitória simbólica" pq o Cadu ficou na casa dos 120 em primeiro (mas ele não conta mais), o Zé terminou logo atrás de mim, o Cacá um pouco mais atrás e o MGM em último.

Nesse meio tempo, a galera do Through the Ages terminou a partida, com a vitória do Americano, pouca coisa na frente do Bouzada que, mesmo chorando muito, só perdeu pq tomou uma aggression daquelas de ganha 7, perde 7 pontos de cultura. Eles ainda jogaram uma partida de Glory to Rome, com a vitória do Vitor.

Para fechar a noite, o Vítor, bêbado de sono, o Americano, bêbado de cerveja, eu, Bouzada e Arthur, sóbrios fomos jogar o Fruit Fair (de novo). Com 5 jogadores, presenciamos um fenômeno estranho. O Vitor, que a essa altura do campeonato já estava pra lá de Bagdá, jogando de forma semi-randômica, acabou comprando uma ficha de ponto de vitória, logo no começo, ficando sem fruta alguma. Como ele era o último a jogar, acabou ficando sem conseguir colher fruta nenhum e entrou no "buraco negro" do último lugar. O Arthur ficou apaixonado pelo Starting Player e passou boa parte do jogo em primeiro, eu tentei usar o caminhão, devidamente roubado pelo Bouzada e acabei me aproveitando de alguns momentos chaves para comprar vps sem cair no buraco negro. Resultado, sobraram 3 medalhas, eu acabei ganhando, apertado do Arthur, com o Bouzada atrás e os bêbados relegados às últimas posições.

Foi um dia legal, casa cheia, muita gente jogando, em breve colocaremos as fotos do evento ;)

Abrax,

Fel

terça-feira, 7 de abril de 2009

Edição especial pré-Páscoa


Foto meramente ilustrativa.

Essa quinta-feira o Calabouço abrirá à partir das 16:00h e não tem hora para acabar (tendo em vista o feriado de sexta).

Como já é de costume teremos as fornadas de salgado (R$ 2,00), pão-de-queijo (R$ 1,00) e a taxa de entrada (R$ 5,00) para a manutenção e compra de descartáveis, esperamos a galera em peso.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Abr. 02 - Casa cheia e empate quádruplo

Ontem mesmo com o dilúvio que caiu à de tardinha aqui no Rio rolou um Calabouço com casa cheia, três mesas animadas onde rolou de tudo um pouco.

Quando eu cheguei Arthur e Rocco estavam numa disputada partida de D&D Miniatures e Americano e um outro cara (que eu não lembro o nome) estavam jogando o World of Warcraft TCG o Fel e o Zé estavam de bobeira então puxamos para "esquentar" um Castle for all Seasons.


Casa cheia mesmo com o chuvareu.

Esse jogo tem visto bastante mesa nas jogatinas, muito pela velocidade dele e pela fator dele ser muito "gostoso" de jogar, e embora a impressão da baixa rejogabilidade ainda estar no ar, acho que ele ainda tem algum gás antes de ir para os "classificados do Fel".

Na partida eu tentei construir e aproveitar meu mestre de obras para ganhar ponto dos outros, mas fiz umas jogadas de cartas bem ruins que travaram muito minha partida, o Fel atacou de pontos das casas, que se mostrou uma estratégia vencedora dessa vez, com o Zé nas torres em segundo e eu com alguns pontinhos à mais na prata em último.


Castle for all Seasons já no final.

Depois disso o Bouzada já tinha chegado e ele conseguiu nos convencer a jogar o GOA. Esse foi um dos primeiros jogos que eu conheci, mas justo por isso ainda não tinha jogado (afinal pra quem só tinha jogado Catan ouvir as regras do GOA já cansa), mas o jogo é bacana.

Esse é um jogo onde você a cada rodada participa de um leilão onde aparecem vários tiles que servem entre outras coisas para conseguir esperciarias, colonos e navios que vão servir para você avançar num quadro de melhorias e com isso ganhar pontos de vitória. Outra forma de conseguir esses pontos são com as descobertas de novos mundos (que também servem para você conseguir mais produtos).


O tabuleiro central onde rolam os leilões do GOA.

O Bouzada sabia o "caminho das pedras" e acabou ganhando com uma diferença de mais de 20 pontos para mim e o Zé que ficamos em segundo, o Fel ficou pouca coisa atrás em último.

Para terminar a noite "gamer" (já que nas outras mesas rolavam animadas partidas de Palavras Cruzadas e Perfil) puxamos um Dominion.

Juntos na mesa deviam ter mais de 300 partidas então era pra ser um jogo bem equilibrado, optamos por um setup onde cada jogador escolheria duas cartas e as duas últimas seriam sorteadas, então cada um tentou "puxar a sardinha" pro seu lado e pensar nas combos em que jogam melhor.


O setup inicial da partida de Dominion.

A partida foi mais demorada que a de costume pois a grana não estava rolando como devia, e com a "garden" na mesa isso é meio prato cheio, e eu tentei tirar proveito disso ao máximo comprando a maioria. O resto da galera conseguiu comprar pontos de outra maneira.

Jogo terminado com 3 pilhas exauridas, contagem de pontos e os quatro fecharam com 39 pontos, nas mais de 300 partidas contabilizadas isso nunca tinha acontecido, mas mostrou o equilíbrio (se não tiver um "chapel" na mesa) entre o povo. No desempate Bouzada/Fel em primeiro e eu/Zé em segundo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Resenha : Die Macher



Você já se imaginou passando algumas horas com um jogo que trata das eleições alemãs?
Pois é, pode não parecer muito atraente não é mesmo? Mas não se engane. Die Macher é um jogo excepcional!!! Complexo, divertido, desafiador, estratégico, Die Macher é tudo isso e um pouco mais. Vale a pena conferir!!!

Tema

Particularmente o tema das eleições me atrai bastante. Partidos, comícios, pesquisas, opinião pública, plataforma política, influência da mídia, alianças, coligações e outros elementos estão presentes em Die Macher, e muito bem implementados. O jogo é bastante temático abordando cada um destes elementos com uma fidelidade impressionante. Claro que as eleições na Alemanha não seguem o mesmo padrão brasileiro, mas isso não faz com que o interesse pelo tema diminua.

Nota (5/5)Um tema muito bem implementado. Fidelíssimo.

Componentes

Os componentes são de boa qualidade mas nada de muito impressionante. O jogo possui centenas de cartas divididas em vários decks: opinião pública, pesquisas, estados, plataforma política, ações dos gabinetes dentre outros. Uma ressalva é que as cartas de opinião pública e plataforma política são parecidas e as vezes confundem-se os decks, mas nada de muito preocupante.

Para cada jogador existem marcadores de madeira para stands de comícios, popularidade do partido, quantidade de voto no estado, controle da mídia e membros do partido. São marcadores coloridos, com formas diferentes para cada finalidade e cumprem bem o seu papel.

O jogo acompanha alguns tabuleiros representando o cenário político nacional e os estados onde está se realizando as eleições. Também existem dois dados especiais que são utilizados apenas em alguns eventos aleatórios trazendo um pouco do elemento sorte, mas que não comprometem em momento algum.

Os componentes não são muito atraentes e é necessário uma mesa relativamente grande para acomodar tudo, mas cumprem o seu papel fielmente sem desperdício.



Nota (3/5)Componentes com boa qualidade, resistentes e que cumprem seu papel fielmente. Possui centenas de cartas e não se trata de um jogo visualmente bonito, necessitando de uma área de jogo relativamente grande.

Mecânica

A mecânica é muito bem amarrada e é o grande atrativo do jogo. Um turno completo possui cerca de 8 fases específicas. Uma das fases, por exemplo, utiliza cartas do deck denominado “Shadow Cabinet” que de forma simplificada representa as ações que os partidos executam nos bastidores.
Também existem fases de leilão para determinar o primeiro a jogar, e para a publicação ou não de pesquisas de opinião pública.

O jogador tem uma visão de até 4 estados (início do jogo) onde estão ocorrendo as eleições, sendo que um deles será apurado no final do turno corrente. Cada uma das fases do jogo são cruciais para o sucesso das eleições e o jogador pode atuar em qualquer dos estados disponíveis no momento, sempre procurando melhorar sua situação em relação a opinião pública e em contrapartida piorando a opinião dos adversários.
Essa flexibilidade faz com que as atenções não fiquem concentradas apenas no estado em que a eleição está ocorrendo o que torna o planejamento a longo prazo algo imprescindível para alcançar a vitória.

Nota (4/5)O Die Macher possui mecânicas inteligentes e bastante funcionais. O jogo é muito bem implementado e apesar de ser bastante complexo ainda cabe um pouco de sorte nos lançamentos de dados e nas cartas de preferências populares em cada estado.

Replay

O fator replay em Die Macher dependerá bastante do grupo, pois apesar de ser um excelente jogo e de prender bastante a atenção dos jogadores durante a partida ele é também bastante complexo e principalmente demorado o que afasta grande parte dos jogadores.

No entanto se o grupo aprecia jogos neste nível de complexidade o tempo de jogo não for um obstáculo então Die Macher é uma ótima pedida para um replay.

Nota (3/5)Muitas fases e uma boa dose de complexidade certamente afastará os jogadores mais casuais. O tempo excessivo de jogo também pode ser um fator negativo para alguns.



Variantes


O jogo não apresenta variantes significativas. O que existe de fato é a possibilidade de jogá-lo em sua versão “full” com eleição em 7 estados durante a partida ou, para jogos mais rápidos, em sua versão “short” com eleição em 5 estados.

Nota (3/5) Para jogos mais rápidos os jogadores, em comum acordo, podem optar por eleições em uma quantidade menor de estados.

Diversão

Die Macher é um jogo que será melhor apreciado pelos chamados “heavy-gamers”. Isto não quer dizer que um jogador mais “light” não vá identificar as qualidades do Die Macher, no entanto a grande quantidade de coisas a controlar e a concentração que exige tornam o jogo bastante tenso, o que pode não ser muito divertido para alguns.

Mas como o fator diversão pode ser muito subjetivo me arrisco a dizer que para outros são justamente estas características de “jogo pesado” que o tornam divertido.



Outra coisa interessante é que as regras não são tão difíceis de assimilar, o que é complexo no jogo é a tomada de decisões. Isto pode ser um ponto positivo em atrair um grupo maior de jogadores.

Nota (3/5)A diversão está na competitividade e na grande quantidade de coisas para controlar. Não será apreciado por jogadores que gostam de partidas rápidas ou de jogos mais leves.

Conclusão

Die Macher não é um jogo simples, leva-se em torno de 45 a 60 minutos para explicar todas as regras e fases do jogo e não deve agradar a todos. Tem um tema interessante e muito bem implementado, mas que também não é novidade. É um jogo complexo o que pode afastar muita gente, mas por outro lado atrai aqueles que gostam de um verdadeiro desafio.

Nota (4/5)