sábado, 26 de julho de 2008

Jogos, Trapaças e um Glossário fumegante

Mais um Calabouço aconteceu nesta última quinta-feira, e como não podia deixar de ser tivemos o prazer da companhia de vários amigos e figuras ilustres dentre as quais não poderia deixar de citar: André “Cínico” Felipe (mais conhecido como Fel), Major Bouzada Ronque Fuça, Psicopata Americano (ou apenas “Americano”), Arthur, André Amiúne (é assim mesmo?), Carlos “O Expert em Power Grid” e uma turma animada do RPG que está sendo catequizada aos poucos para o universo dos boardgames.

Catan Bélico?

Como o Major Bouzada Ronque Fuça estava atrasado resolvemos começar uma partida de Catan com 4 jogadores: Cadu, Fel, Arthur e Americano. Eu pensei que fosse impossível o Americano fazer uma estratégia bélica no Catan, mas eu estava enganado. Para começar, em sua primeira rolada de dados, o Americano já tira 7 acionando o ladrão para dar prejuízo em alguém. Depois ele começa a comprar cartas de desenvolvimento seguidamente na esperança de montar o maior “Exército” e ganhar os dois pontos de bonificação. Foi difícil fazer ele entender que este “Exército” não era para atacar alguém.

Flea Circus

Enquanto jogávamos Catan chega o Bouzada, ávido por um tabuleiro, babando e farejando, quase amarelo, sintomas da abstinência lúdica de cerca de 4 horas (ele joga Bang! na faculdade apesar de não admitir). Ele estava tão necessitado que aceitou jogar “Flea Circus” com o Carlos. O Carlos, diga-se de passagem, é um exímio jogador de Power Grid, com 100% de aproveitamento vencendo sua única e sensacional partida realizada no Calabouço da semana passada. Valendo-se de sua fama recém adquirida Carlos diz para o Bouzada que só aceita jogar alguma coisa porque não tem outra mesa disponível.
Para quem não conhece o “Flea Circus” (Circo das Pulgas) é um jogo de autoria do Reiner Knizia onde jogadores representam pulgas que estão apresentando números circenses com o objetivo de atrair cães e gatos. Hummm?!!!

Galaxy Trucker

Cadu, Fel e Americano formaram um grupo para uma partida de Galaxy Trucker enquanto Major Bouzada Ronque Fuça preparava uma mesa para o Through the Ages. Americano garantiu presença.
O Galaxy Trucker é um jogo interessantíssimo onde o jogador tem que montar uma nave espacial para realizar uma viagem com o objetivo de resgatar mercadorias em planetas e entregá-las a salvo. Ao montar a nave o jogador pode colocar cabines para astronautas e alienígenas, geradores de escudos, canhões laser (os preferidos do Americano), compartimentos de carga, propulsores e baterias.
Ao montar minha primeira nave eu ainda estava na metade quando o Fel, com muita experiência no jogo, já havia terminado seu couraçado.
A nave do Fel estava perfeita e muito bem dividida. Escudos protetores para todos os lados, compartimentos de carga comum e radioativa, alienígenas confortavelmente estabelecidos e com regalias especiais, bateria de sobra, propulsores duplos e alguns canhões para eventuais surpresas.
A nave do Americano, sem nenhuma surpresa, só tinha canhões laser simples e duplos, alienígenas com especialidades militares e uma vontade fora do comum de encontrar piratas espaciais pelo caminho. Mesmo assim, em uma das viagens, o Americano perdeu todos os escudos e de nada adiantou sua nave ter tanto poder de fogo se não tinha nenhuma defesa.
Projetada com auxílio dos engenheiros da Minardi a nave do Cadu, com apenas duas baterias e o selo “Made in China”, sofreu com o ataque dos Piratas que destruíram toda a fuselagem externa deixando os compartimentos principais expostos (Hummm, nossa!!!). Os alienígenas, que só sobrevivem com o auxílio de câmaras especiais, estavam apavorados e rezando em todas as línguas conhecidas para que não saísse nos dados as coordenadas de sua localização.
Quando pensei que todo o tipo de tragédia já podia ter acontecido eis que surge uma chuva de meteoros e atinge o compartimento de carga de uma das naves mandando tudo, literalmente, para o espaço. O pior é que em um dos caixotes estava a encomenda da FairPlayGames que o Vitor havia feito. Vida ruim.

Kingsburg

Não satisfeito em ter nos dado uma surra no Galaxy Trucker, Fel resolve participar conosco de uma partida de Kingsburg com cinco jogadores: Fel, Cadu, Carlos (aquele, que ganha e não sabe que ganhou), Renato e André Amiúne (será que é assim mesmo?).
Já no primeiro ano Fel e Cadu, confiando que o rei enviaria soldados suficientes para a peleja, perdem o combate para os Orcs e a situação passa de difícil para Draculesca-Transilvânica. Carlos, macho pra caramba, não faz um soldado sequer a partir do segundo ano quando por mais uma vez os inimigos são os Orcs. Desta vez foi pior... Novamente o rei manda só UM grupo de camponeses para ajudar na batalha e o único que consegue sobreviver ao ataque é o André Amiúne (tá certa a pronúncia?). Cadu e Fel perdem o Market recém-construído e dois valiosos recursos. A macheza do Carlos continua mesmo perdendo sua Capela. Renato não acredita no que aconteceu e fica até meio desanimado. O Americano, jogando Through the Ages, tá rindo sozinho do outro lado.
Mas a principal surpresa estava para o último ano. Dragões estavam preparados para consumir os desnutridos camponeses, que estavam sobrevivendo apenas dos salgadinhos que o Arthur vende no Calabouço enquanto o André Amiúne (é este mesmo o nome?), liderava com uma vantagem de 11 pontos para o Cadu que havia se recuperado bem de duas derrotas para os Orcs. A vitória do André só estaria ameaçada se o rei novamente fosse econômico ao enviar soldados para as províncias. E foi exatamente o que aconteceu. O rei só enviou um regimento e o André sofreu uma devastadora derrota que o fez perder 5 pontos enquanto seus adversários Cadu e Renato se aproximavam no placar. No entanto, mesmo com a ajuda dos dragões contratados pelo Americano, André venceu com 34 pontos enquanto o Cadu conseguiu incríveis 33 depois do desastre que foi a partida. O André Felipe, a partir do terceiro ano, não tirou mais do que 10 na combinação dos dados e terminou a partida com também incríveis... 13 pontos. Desta vez quem foi surrado foi o Fel. Esta foi a partida mais bizarra de Kingsburg que eu já participei.

Kingdoms

Fel, Cadu e Rodrigo (da turma da Mônica... ops... quero dizer... da turma do RPG) reuniram-se para jogar Kingdoms. Já eram umas 4:30 quando começamos enquanto na outra mesa a partida de Through the Ages continuava a todo vapor.
No Kingdoms os jogadores tentam fazer o máximo de pontos possíveis evitando o dragão (ele de novo!) e os pontos negativos que vão surgindo durante o jogo. É um jogo rápido e divertido, vale a pena conferir.
O Fel, com certa experiência no jogo, venceu facilmente as duas partidas fazendo uma pontuação bem acima da dos seus adversários.

Race for the Galaxy

Eram 6:30 da manhã quando resolvemos jogar a última partida da noite (ou seria dia?) e o escolhido foi o Race for the Galaxy, novamente com Cadu, Fel e Rodrigo (da turma do Chaves... ops... quero dizer... da turma do RPG).
Fel já jogou Race for the Galaxy várias vezes e tentou, logo de cara, fazer a estratégia da mineração amparado pelo seu planeta natal. Rodrigo (que só tem RPG na cabeça) não estava entendendo p#$#%# nenhuma do jogo e foi o fator caos da partida. Cadu conseguiu um bom timing nas etapas de colonização e desenvolvimento e acabou vencendo a partida com 38 pontos, seguido do Fel que fez 37 pontos e do Rodrigo com 24.
Fel saiu triste por ter perdido a partida do Race. Ele, junto com o Warny e o Vitor, formam o “Eixo do Mal” do Race for the Galaxy cuja superioridade não poderia ser ameaçada. Mas também não dá para ganhar tudo...

Through the Ages

São 07:00 da manhã. Termina a partida de Through the Ages. Bouzada, Arthur e o Nobre perderam para a estratégia belicosa do Americano. Desde então o mundo corre sérios apuros...

Glossário

Com muita honra que nós do Calabouço recebemos a menção do Fabio Tola em seu post na BG-BR. Ele muito bem alertou sobre a falta de um glossário para os termos mais difíceis que utilizamos em nossos session reports. Por isso colocamos a disposição de nossos leitores o referido glossário, não fugindo é claro do objetivo de nossos reports que é divertir.

Em ordem alfabética (e por coincidência de belicosidade também)

Americano => Sujeito magro e franzino mas extremamente perigoso no que diz respeito a jogos de pancadaria. Conseguiu a proeza de fazer mais soldados do que o disponível no Age of Empires. Seu ponto fraco é justamente o sua maior característica: a estratégia militar. Você já imaginou alguém fazendo estratégia militar no Hacienda? Não duvide pois o Americano é capaz.

Bouzada => Parece um termo mais é um nome. Originador de outro termo: bouzando. Sujeito que nunca dorme e vive de jogar tabuleiro e das jogatinas noite adentro. De dia, se não tiver na faculdade ou numa jogatina, ele se refugia em sua cripta onde fica estudando os manuais dos jogos de tabuleiro modernos.

Bouzando => Sinônimo de “Analisys Paralisys”, porém elevado à décima potência...

Camilo Caverna => Antigo refúgio do Deputado Camilo Sujeira. Disseram que ele está de mudança levando a Camilo Caverna para Realengo...

Cubra Valente => Qualquer civil do tabuleiro. Pode ser um meeple do Carcassone, um Merchant do Age of Empires, um Knight do Game of Thrones, tampinhas de garrafa dos sapateiros de Catan do Cacá... etc.

Cubriagem => São todas as ações, geralmente questionáveis, realizadas pelos jogadores de tabuleiro que comandam cubras valentes. Exemplo de cubriagem: Vitor Zavandor, em uma partida de Through the Ages, destrói a “Universidade de Carolina” do Cadu que estava quase finalizada. Isso tudo para ganhar somente dois pontos (segundo o Fel gosta de lembrar). Isto é uma cubriagem.

Jogada Shamou da Semana => Shamou é protagonista das jogadas mais engraçadas do mundo dos tabuleiros. Principalmente quando tem uma garrafa de Tequila por perto. A “Jogada Shamou da Semana” foi um termo criado para premiar (ou não!) aquele jogador que tenta copiar o inigualável Shamou e suas jogadas inexplicáveis.

Rogério Edition => Rogério é um grande colecionador de jogos. Vez ou outra ele descobre umas preciosidades do mundo lúdico. Por ter muitos jogos, e estou sendo modesto, às vezes ele cria uma confusão na sua mente (já que são tantas mecânicas!) e ensina regras bem diferentes do que está escrito nos manuais. Todo mundo acha estranho quando joga a primeira vez com ele e o resultado é quase sempre uma conferida no livreto de regras. Toda vez que alguém ensina um jogo com alguma regra errada, isto é na verdade uma “Rogério Edition”.

Salles => Termo utilizado para definir uma derrota para qualquer jogador neutro.

Sapateiros de Catan => Qualquer jogo homemade, geralmente produzido pelo Cacá, que for armazenado numa moderna e etiquetada caixa de sapatos.

Vida Ruim => Este termo é mais recente. Quando alguém reclama de sua situação no jogo todos dizem em coro: Vida ruim. É melhor do que usar um f@#%-se...

Quinta-feira que vem tem mais Calabouço.

[]s,

Cadu.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Um Calabouço muito estranho...

O Calabouço das Peças sempre foi conhecido por sua constância, as figurinhas carimbadas e as previsões do dedo podre do Bouzada que ao afirmar categoricamente o vencedor, ele acaba perdendo. Eis que ontem, 24 de julho, as coisas saíram do eixo. Guilherme foi abduzido pelo mundo fantástico de Dophus e não aparece mais. Cadu chega cedo. Americano ganha no Through the Ages (!!!), Carlão dá uma aula de administração do Circo de Pulgas para o Bouzada, André Felipe (eu) fico em último no Kingsburg com 13 pontos com direto a 3 vezes somente 1 soldado de ajuda real.. Há algo de podre no reino de Kingsburg....ou melhor, do Calabouço.


Cheguei ao Calabouço, Americano, Arthur e Cadu começavam uma partida de Catan. Eu não sou fã do jogo, apesar da idolatria da galera. Não gosto muito de negociação e sou um péssimo jogador de Catan, nunca posiciono bem meus Settlements iniciais e SEMPRE me dou muito mal por isso.
O Americano, seguindo sua formação belicosa devido às inúmeras partidas de War antes dele encontrar a luz dos eurogames, fez uma estratégia de soldados no Catan. Acabou cheio de cartas, mas quem ganhou o jogo foi o Cadu e eu, para variar, amarguei a última posição (acho).

Nesse meio tempo , o Bouzada perdia e reclamava, não necessariamente nessa ordem, no Amazing Flea Circus, do Knizia. O jogo que ficou famoso por eu ter pago 2,50 dólares nele. Carlão mostrou como se administra um circo e saiu vitorioso. Acabando o Catan, chegou o Nobre, o André Amiúne e um grupo do Alessandro.

Montaram-se três mesas:

San Juan lá embaixo. Learning session ministrada pelo Alessandro.

Industria, o jogo com regras e caixa em inglês mas o tabuleiro em alemão.

E eu, Cadu e Americano (de novo) jogamos Galaxy Trucker. No report anterior, eu postei minha opinião sobre o Galaxy Trucker e mantenho. Acho um jogo excepcional e cada vez mais, eu vejo como é possível "controlar" um pouco a randomicidade com uma nave bem construída. Era learning session para ambos, ainda assim, o Cadu fez um ótimo primeiro e segunda viagem. O Americano, que só pensava no Through the Ages que iria começar em seguida, acabou sofrendo muitas avarias na construção da 2a nave, graças aos meteoritos e piratas anti-estadunidenses remanescentes da guerra fria que o perseguiram durante o jogo, inclusive, sabotando a nave na 3a viagem. Eu comentei durante o jogo e reitero aqui. Acho a 1a viagem , depois de um tempo, um pouco desnecessária. São poucos créditos, pouco espaço. Só recomendo para learning session mesmo. Penso em jogar usando a nave II, III e IIIA. Acho que seria uma experiência interessante, apesar dos meus constantes insucessos com a IIIA. Acabei ganhando, 87 a 75 do Cadu. O Americano, depois do boicote soviético, acabou com meros 15 créditos intergalácticos.

O Industria acabou com vitória do Bouzada e runner-up do Carlão.


O San Juan acabou com vitória do Alessandro.


Formaram-se novas 3 mesas:

Lá embaixo, Saboteur, com a adição do Rodrigo, Tábata e Henry que chegaram depois.

Through the Ages que iria até de manhã com Bouzada, que jogou dez das dez partidas que rolaram até agora com meu jogo e tem 50% de aproveitamento. Arthur, na sua 3a partida e nova cruzada bélica. Nobre, learning session e Americano, estrela da noite e que acabou entrando no Hall da Fama como 1º vencedor a fazer uma estratégia belicosa-kamikaze-60 de força-cientistas-entrem-em-tanques, consagrando de vez o Napoleão e mostrando que ele vale, sim, o papel que foi impresso.

E eu, Cadu, Carlão, André CRUZ (o sobrenome que ele não gosta e que , em homenagem póstuma ao Guilherme Pendraeg, será utilizada de agora em diante nos reports) e o Renato que não sabia , até então jogar. Mas como todo mundo, acabou gostando. O Kingsburg, sempre falei isso, fica bem fraco com 5 jogadores. Além do caos provocado pelo excesso de jogadores, o dado acaba se tornando mais relevante e o Market acaba sendo fundamental se você aspira vencer.
E foi trágico. Os Orcs fulminaram eu e Cadu nos dois primeiros anos. Com duas rolagens seguidas, do próprio Cadu, de 1. Renato foi para a estratégia militar, Carlão arrojou e partiu para a 1a fileira, dos pontos de vitória e o André CRUZ que se planejou melhor e sobreviveu aos 1os ataques, acabou ficando muito melhor que todo mundo com a sobrevivência do Market. O jogo continuou e , por alguma mandinga superior, acredito eu , da minha namorada que provavelmente não queria que eu jogasse, não consegui UM resultado sequer, acima de 10, do terceiro ano em diante. Com direito a 4, 5 e 6. Mas sem farm, pois 4 nos dados, com farm, só o Warny. Foi trágico. Perdi 4 das 5 batalhas. Market, goods , mulheres, crianças, perdi tudo. Os Outros do Lost, os Orcs, os Zombies e até o Red Dragon do Red Dragon Inn vieram para botar a pá de cal no meu caixão. E eu, que sou defensor ferrenho do jogo, da dificuldade de um iniciante vencer e de como os dados não tem tanta influência assim, acabei sendo traído por um dos meus favoritos. De toda forma, foi divertido e o André Cruz teve todos os méritos na vitória, com uma sólida estratégia militar e um certo rush para a linha da Statue no final do jogo. Detalhe interessante, no último ano, ele só perderia para o Dragão se rolasse UM no dado e , pela 3a vez , nas rolagens , o bendito um saiu. Acabou que o André ficou um ponto na frente do Cadu, 33 a 32. Renato logo atrás com 30, Carlão na casa dos 20 e eu com 13 pontos!


André Cruz e Carlos foram embora.

Alessandro, namorada e o amigo mineiro dele também.

Henry , Tábata e Rodrigo foram jogar Intrigue.

Eu, Cadu e Renato para uma segunda partida de Trucker. O Renato "assumiu" a nave do Americano, no final do jogo passado e acabou achando o jogo muito bom. Decidimos dar-lhe a oportunidade de jogar e de alimentar nosso vício pelo jogo :)

Enquanto isso, no Through the Ages:

"Arthur, você tá bem pra kct no jogo, já ganhou"

Bouzada, depois de perder o Michelangelo para um Assassinate.

"É Arthur, não vai ser dessa vez que você vai ganhar".

André Felipe, com maus presságios sobre o dedo podre do Bouzada para determinar o vencedor.

O Galaxy Trucker acabou atípico. O Cadu deu um olé na 1a viagem, pegou um monte de good, matou tudo que foi pirata e abriu uma boa dianteira. Eu tomei tiro, mulheres e crianças foram jogadas em pleno espaço sideral e meus aliens sufocados pela perda do seu suporte. Na 2a viagem, no entanto, acabou que as cartas estragaram um pouco. Saiu um monte de Open Space (eu com 8 de engine) e estação abandonada , navio abandonado e eu fazendo um Holocausto de cubras em pleno espaço sideral para ganhar os goods radioativos. Acabou que eu pontuei, praticamente sozinho e abri uma boa vantagem para o Cadu. Na 3a viagem, Renato e Cadu montaram muito bem suas naves, mas eu, no vício e com a prática, acabei terminando primeiro e me beneficiando de cartas logo no início. O Cadu , que estava muito bem, foi tostado nas zonas de combate por fazer sua nave que foi apelidada de Rubinho Barrichelo I. Renato que estava mal, se recuperou bem na 3a viagem. No entanto, no final do jogo, acabei monopolizando os goods radioativos e terminei o jogo com 97 créditos, contra 30 e poucos do Renato e do Cadu que ficaram bem equilibrados.


Enquanto isso, no Through the Ages:

"FORÇA DE COMBATE!"

Bouzada, vendo Americano com Air Forces, Napoleão , 60+ de força contra 20 e pouco do Bouzada, depois de ter uma war over technology declarada contra ele.

"Cadê o Gandhi?"

Jogadores , preocupados com a ascensão bélica,insana , 60+ de Americano que demitia ensandecidamente Alquimistas para que entrassem em Tanques e fossem recrutados pela Air Force.

O Henri e a Tábata ainda jogaram uma partida de UWO (não confundir com UNO jogo o qual o Americano é considerado um dos melhores jogadores do Brasil, quiçá do Mundo.) UWO é um joguinho leve para 2 que o Arthur ensinou e eu tenho também e acho bem divertido.

Com a partida do casal, além do Through the Ages, eu, Cadu e Rodrigo, jogamos duas partidas do Kingdoms. Um jogo bem simples, totalmente atemático (com direito ao surgimento repentino de montanhas) e que eu gosto muito pela relação custo-benefício: Rápido e com várias decisões difíceis. O primeiro jogo foi muito equilibrado, até o final, e eu ganhei apertado do Cadu, com uns 20 e poucos pontos a mais. O segundo jogo, foi um pouco atípico, sob efeito do sono, desejo de vingança e farpas trocadas, Cadu e Rodrigo acabaram se auto-destruindo e me deixaram vencer com mais de 100 pontos de diferença. 290 e alguma coisa contra 190 do Cadu.


Para finalizar a noite e deixar Warny e Victor com dor-de-cotovelo, era obrigatório jogar um Race for the Galaxy. Ruim para o Rodrigo, fazendo uma learning session , quase 12h de jogo depois, bêbado de sono. O jogo foi atípico. Nem eu nem Cadu conseguimos encaixar uma estratégia. Eu tentei mineração mas não consegui o Mining League. Para piorar, no final, uma shamouzice terrível. Não vi que o Trade League não contava windfall (E estava escrito, bem claro, na carta mesmo depois de tê-la vista sendo usada pelo Warny e pelo Victor inúmeras vezes. Acabei baixando no final e me custando o jogo. 38 a 37 para o Cadu.

No final do dia, 7 partidas muito boas, mesmo com o desastre do Kingsburg que tava mais para In the Year of the Dragon do que outra coisa. Vitória (com sobras) do Americano provando definitivamente que o poderio bélico tem sim, seu valor e , novamente, um Calabouço de casa cheia, muitas partidas e um ar de novos tempos através das eras ;)

Até a próxima.

PS: Nota do Autor:
Eu vejo UM MONTE de gente falando que lê. Então comentem desgraça!

PS2: Esse Report está publicado na comunidade do Orkut:

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=39365822

entrem, acessem e participem.

Até o próximo Calabouço, despedida de férias, espero vocês por lá.

André Felipe

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Final de semana Lúdico (Parte II)

Abaixo encontra-se o session report de sábado e link para o session report de 5a feira. Antes de irmos embora, o Vitor pediu que eu fizesse um report da jogatina de hoje também e como foi, realmente, muito legal, acabei topando.

No Domingo, o Warny não poderia jogar por alguns motivos: Um Show de alguma banda desconhecida, comer verde-folhosos e hortaliças em geral além de ter que marcar sua série na academia. Após muita negociação ele acabou mudando de idéia e fomos para a casa do Vitor, no Leblon, jogar.

Três viciados não poderiam começar com outra coisa se não... Race for the Galaxy! O Victor fez uma estratégia de settle com o Contact Specialist, o Warny (de novo) a estratégia da mineração e eu, genes goods. Eu sempre me dou muito mal com genes goods e, até então, tinha sido a minha pior pontuação jogando. Nesse jogo, no entanto, eu abri com um windfall verde e como tinha o Old Earth, consegui uma boa vantagem , vendendo por 5 logo de cara. Acabei pegando um Galactic Federation como 4a building e aí ficou bom para mim. O Warny não conseguiu o Mining League (eu segurei até a última rodada) eu peguei a building de 6 pra genes goods, além de outras buildings para pumpar a Federation. O Warny baixou a que dá 2 pontos por production world enquanto o Victor ganhava quilos de pontos com o 2x vp consume. Acabei ganhando, 50 pontos a 43 pro Vitor e o Warny 41. Jogo muito equilibrado e bem disputado, por três pessoas com mais de 25 jogos de experiência cada um.


Depois fomos para o Stone Age. Mais escaldados que da learning session. Warny, novamente com estratégia de ferramenta, Victor foi para os Cubras vendo que eu e Warny não estávamos brigando pelo Motel e eu comecei atrás de cabanas e set de cartas e acabei me "adaptando ao jogo" quando as cartas ficaram concorridas e fui atrás da food. Acabei com 7 cubras, sem pagar food por turno. No entanto, no último turno, decidido a acabar com o jogo, achei que já tivesse o símbolo daquela building pro set. Detalhe, ela dava uma carta que era a última do set. Essa jogada me custou a bagatela de 28 pontos e mais 28 pro Vitor que agradeceu bastante. O jogo foi excelente e , novamente, muito disputado. Acabei com 213 pontos, Vitor por volta de 204 e Warny um pouco atrás. Depois do jogo, a certeza: Vou comprar.


Jogamos o belíssimo Louis XIV depois. Eu sou fã de controle de área do Kramer e os demais, em geral, me agradam muito também. Até o Midgard que o pessoal fala mal , eu adoro. Foi minha learning session e achei a mecânica do jogo excelente mas fiquei desapontado com a pontuação final dos brasões ser tão randômica. O jogo é muito bem amarrado, cheio de decisões e bastante propício à AP mas, de modo geral, muito bem elaborado. O final do jogo, ser decidido por brasões que, ao contrário do Tikal, você não teve nem a chance de escolher me pareceu um pouco fora do lugar. Acho que 1 ponto por brasão tava ótimo. Mesmo assim, foi super apertado. 54 para o Warny, 52 para o Vitor e 50 para mim. Jogaria de novo. Apesar de meus jogos favoritos serem longos, acho ótimo tomar muitas decisões em 1h e meia.


Depois do Louis XIV, Galaxy Trucker! O Vitor está apaixonado pelo jogo e eu entendo o porquê. É muito bom você ir evoluindo enquanto construtor de trucker das galáxias. Sentir suas naves cada vez melhores e resistindo aos eventos. Foi learning session para o Warny e ele ficou um pouco perdido no começo mas depois acabou pegando bem o jogo e construindo boas naves na 2a e na 3a viagem. A 1a viagem foi marcada pelo open space E a minha ausência de alien de propulsão. Acabei ganhando uma boa grana com abandoned station e alguns goods radioativos. na 2a viagem, uma combat zone pegou o vitor desprevenido e muitos tiros depois ele acabou um pouco debilitado. Eu estava com mais ou menos 60 créditos, Warny na casa dos 50 e Vitor um pouco atrás. Abrimos muitos planetas e foi um festival de goods. Na 3a viagem, o Vitor fez uma belíssima nave, quase uma warship com mais de 10 forças de canhão. Só que como toda nave de guerra, era pesada e um pouco lenta. Ter ficado para trás lhe custou preciosos goods. No final, o Warny foi vítima de uma Combat Zone e eu paguei por ter sacrificado meus cubras com -4 goods e menos 12 créditos por ter menos. Acabei chegando na frente e ganhando os importantes 12 créditos e os 6 de menos conectores expostos. Cheio de good vermelho e bônus dos conectores nas três rodadas, acabei fazendo uma pontuação que até então nunca tinha visto, 106 créditos ! O Vitor continuou sua saga vascaína de vices com ótimos 70 e tantos créditos e o Warny com surpreendentes 70+ créditos para a primeira vez que jogou. Sendo que na 5a feira, eu ganhei justamente com 78 créditos. A ordem dos eventos e efeito das cartas pode ser mais generoso ou mais cruel, gerando uma incrível rejogabilidade e claro, muitas horas de diversão :)


Para fechar a noite com chave de ouro, do mesmo jeito que começamos: Race for the Galaxy! Dessa vez, o Warny fez uma das 3 estratégias que sempre faz: Militar. O Victor acabou caindo naquele caso que citei no outro report, fez explore pra 8 cartas umas 4 vezes e não conseguiu achar o prédio de 6 que precisava. Amargou uma última posição com pouco menos de 30 pontos. O Warny fez Galactic Imperium E New Galactic Order enquanto eu comecei de mineração, fui pra novelty good e ainda peguei um Galactic Federation no meio do caminho para fazer o Free Trade Association e o Mining League. Baixei, em determinado momento, um Drop Ships (+3 no Militar) que eu adoro para fazer o windfall que vende good dele mesmo por 5 cartas e acabou sendo útil no final do jogo para fazer a 13a construção na última rodada. Galactic Federation é muito bom, não é quebrado como alguns gostam de dizer mas ajuda bastante. Acabei ganhando o jogo, com uma vantagem pequena sobre o Warny. E o Vitor quebrou sua sequência de vices. Foi uma ótima noite. É muito legal jogar com gamers que não são tão ávidos por vencer. As partidas rolam de forma mais agradável e torna tudo muito melhor. 5a feira tem mais. Dessa vez, com report.

Espero ter sido mais informativo dessa vez, aguardo feedback ;)

André Felipe

Final de semana Lúdico (Parte I)

O Report de 5a feira encontra-se no blog do Cacá, eu, infelizmente, só joguei uma partida de Galaxy Trucker que na verdade foi uma learning session para o Vitor, Rodrigo e o próprio Cacá. Os detalhes podem ser encontrados lá:

http://eaitemjogo.blogspot.com/

O Tola postou na BG-BR (e eu concordo com ele) que o blog é puro session report da forma mais engraçada possível. Vou tentar dar mais profundidade e deixar a parte engraçada pro Cadu :) Feedback será muito bem-vindo.

Neste final de semana, rolou uma ótima (e dupla) jogatina. O sábado começou mal. Eu, Arthur e Renato partimos para a Point HQ, em Ipanema, para participar de um campeonato de D&D Miniatures depois da dobradinha que eu e Arthur fizemos no último torneio que teve (e primeiro que participamos). No entanto, o organizador achou que faltaria quórum e acabei jogando só uma partida, com outro Arthur, que está iniciando no hobbie. Apesar do desastre, deixamos o Renato jogando Pokémon e fomos para a jogatina, com o Rodrigo Gonzalez (espero não ter escrito o nome dele errado).


Na 5a feira, o pessoal se apaixonou pelo Galaxy Trucker então decidimos repetir a dose, para minha alegria. O Galaxy é um jogo extremamente controverso, pois muita gente acha ele dice fest, caótico e afins. No entanto, a experiência na construção de naves e planejamento são totalmente recompensados nas viagens. E se você jogar conforme as regras , podendo ver as cartas que virão, a estratégia aumenta mais ainda. No nosso grupo, há uma house rule que proíbe ver as cartas antes. Tira um pouco da diversão já que uma das partes legais é ser surpreendido por smugglers, epidemias e outras catástrofes. Acho que, do mesmo jeito que em Kingsburg, ou em Stone Age, a sorte é bem contornável e está longe de definir o vencedor. Construir canhões laterais protegendo peças importantes da nave, proteger seus goods colocando as storages em partes mais centrais, sacrificar cubras expostos, ter shield nos quatro lados, 5 de canhão para a 1a, 7 para a segunda e 10 para a terceira viagem. 6, 8 e 10 cubras para as abandoned stations são só algumas das muitas coisas que você tem para pensar. E rápido.

Jogamos com a variante que teríamos 4 viagens ao invés de 3. (E me arrependo profundamente disso). Após a 3a viagem e hipotético final do jogo (odeio variantes ¬¬) eu tinha cerca de 70 créditos, contra 62 do Arthur, Vitor e Rodrigo na casa dos 50. Na 4a viagem, sem seguro e sem guardar peças, fui massacrado por meteoros, tiros na Combat Zone e afins, perdendo todos os meus goods, mulheres, crianças e o jogo. Vitor e Rodrigo acabaram empatados em 90 e poucos créditos e eu consegui um placar negativo, completando a viagem com um tripulante e a nave despedaçada.


Em seguida, jogamos o Phoenicia, o filhote do Zavandor. Apesar de não ser igual o Vitor Zavandor e ter "The Scepter of Zavandor" tatuado no braço, eu gosto muito do jogo. Top 3, atrás de Through the Ages e Twilight Imperium respectivamente. O Phoenicia foi criado pelo Tom Lehmann, do Race for the Galaxy e para mim, é uma versão light e muito fraca do Zavandor. O jogo enfrenta o problema de "Runaway leader" declarado pelo dono do jogo e Runaway leader , o próprio Vitor. Foi uma vitória sem sal e pré-definida do Vitor depois do terceiro turno (em um total de 9 ou 10). Amarguei um último lugar longe do terceiro. Ultimamente, foram poucos os jogos novos que joguei e não gostei. No máximo, mais ou menos, como foi o caso do In the Shadow of the Emperor. E o agravante é que, os jogos que sou muito ruim, tipo o "In the Year of the Dragon", normalmente me atraem . Não foi o caso dessa vez, infelizmente.


Depois do Phoenicia, não podíamos deixar de jogar Race for the Galaxy, figurinha certa onde quer que eu, Vitor ou Arthur estejamos. Eu já falei, conversando com o Vitor e o Warny, duas "autoridades" no jogo, que acho o jogo para dois muito mais "controlável" do que para 3 ou 4 jogadores. Você depende menos das shamouzices que os oponentes podem cometer, são só duas pessoas comprando e segurando as cartas e ,ao escolher dois roles ,você acaba comprando mais carta e sendo menos dependente das draws. Na maratona de jogos que rolou no Calabouço cuja session report foi escrita pelo Cadu aqui embaixo, o próprio Vitor-Vossa-Majestade-Maratonista-das-Galáxias Caminha, fez 28 pontos em um jogo e, em seguida, quase 70. Eu e Warny, jogamos Race, religiosamente, toda segunda-feira, anotando resultados. Salvo raríssimas exceções, a pontuação tem uma média de 40 pontos para cada lado e não há muita diferença de pontos. Coincidência ou não, fomos jogar e o Warny, para variar um pouco, fez a estratégia da mineração, graças ao Mining League que ele segurou o jogo todo e ganhou fácil, controlando bem a partida. Eu dividi a última posição com o Rodrigo, depois que minha estratégia de Alien perdeu o fôlego, mesmo depois de ter um Alien Rosetta Institute e o Alien Tech Institute logo de cara.


Finalmente jogamos o que, para mim, foi a grande estrela da noite: Stone Age. O Victor tinha jogado e adorado o jogo, lá na Ludus e tive a oportunidade de jogar , depois de ter perdido a chance na 5a feira. Ele acabou comprando do Filipe Diniz, aqui do RJ mesmo e agora nós temos uma cópia \o/. Bem, é lindo. Desde o acabamento dos componentes até o jogo. Você não se sente pressionado, é "gostoso" de jogar e há bastante "gordura" para um gamer queimar. Conceitos básicos como qual caminho seguir, fazer o que ninguém está fazendo, seguir por starvation, cubras, comida, ferramentas, sets de cartas ou cabanas? Como combinar? E se você tirar 1 e 1 quando precisar daquele um gold que tá faltando para a hut? Antecipar o final do jogo? Vai deixa o oponente fazer multiplier x8 do que ele quer? As opções são muitas, a rejogabilidade também. A regra é simples, a duração é ideal, cerca de 2h, você não sente o tempo passar. E me lembra um pouco o Kingsburg no sentido de ser um gateway excelente para introduzir as pessoas ao hobbie. Um jogaço que já está a caminho do acervo aqui do Calabouço. Acabou o jogo com uma vitória do Warny que fechou um set de 8 cartas e um bocado de ferramentas. Eu acabei em segundo, com uma estratégia de starvation, 9 cubras no end-game, 4 pontos atrás do Warny e a vontade de jogar novamente. O Victor fez um bocado de cabanas mas o Rodrigo, sabiamente, cortou um multiplier x3 de cabanas e acabou deixando ele na 3a posição e o próprio Gonzalez em último.


Depois desse jogaço, fomos todos muito felizes para casa, sem saber que o dia seguinte reservaria uma jogatina tão boa quanto a de sábado!

(Continua no próximo post....)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

FALTOU CHUCRUTE NO CALABOUÇO

Os Americanos só entraram para a guerra quando foram atacados pelos japoneses no episódio de Pearl Harbor... entretanto eu acredito que não avisaram ao Americano (do Calabouço) que a guerra já acabou...

Este Session Report será a "versão dos fatos" através do ponto de vista de cada um... inclusive do Famigerado Americano das Guerras.

(19:00h) A IDA...

CADU

Saindo do trabalho para ir a faculdade. Depois disso Cadu toma rumo para o Calabouço sem imaginar o que o espera.

BOUZADA

Saindo de uma jogatina para ir ao Calabouço. Atende o telefone e marca outra jogatina para logo depois do Calabouço. Bouzada aproveita para ver na agenda se existe um dia para dormir.

VITOR

Saindo do consultório médico onde atendeu 50 pacientes receitando sempre partidas de Zavandor para as mais variadas enfermidades.

ANDRÉ FELIPE, GUILHERME e WARNY

Gritando ARTHURRRRR... no lado de fora do Calabouço.

AMERICANO

Passou o dia inteiro assistindo várias vezes a estes dois filmes: "Rambo IV" e "Psicopata Americano" em sua preparação para o Calabouço de daqui a pouco.

(19:30h) NO CALABOUÇO

CADU

Jogando Power Grid com o Gonzalez, Guilherme e o Carlos. Vitória do Carlos, jogando muito bem, mesmo sem saber disto.

ANDRÉ FELIPE

Preparando a mesa de Race for the Galaxy após emocionante partida do Galaxy Trucker.

BOUZADA

Tentando entender as jogadas do Americano em partida psicodélica de Age of Empires III.

AMERICANO

Levando o Bouzada a loucura (Cruzes!!!), usando artimanhas jamais imaginadas com suas jogadas nada convencionais.

(22:00h) AINDA NO CALABOUÇO

CADU

Perdendo no Kingsburg por 1 ponto para a estratégia ultra-militar do Arthur.

ANDRÉ FELIPE

Jogando Race for the Galaxy....

BOUZADA

Se descabelando (na mesma partida de Age of Empires) com a belicosidade do Americano que ataca até com menos soldados que o adversário.

AMERICANO

Recapitulando os ensinamentos do mestre Rambo...

(00:30h) HERÓIS PERMANECEM NO CALABOUÇO

CADU

Jogando "A Game of Thrones" com o Bouzada, Cacá e André Felipe.

BOUZADA

Voltou a sorrir numa mesa sem Americanos...

ANDRÉ FELIPE

Deixou o setup do Race for the Galaxy preparado.

AMERICANO

Lendo a biografia de Silvester Stallone.

(02:00h) A ÚLTIMA DO CALABOUÇO – AGE OF EMPIRES III COM AMERICANO.

Começa uma partida de Age of Empires com Cadu, Americano, Bouzada e Guilherme. Americano monta um exército tão impressionante que faltou soldados para suprir a demanda. Americano assassina 2 cubras do Bouzada e 4 cubras do Cadu em uma mesma colônia e não faz nenhum ponto com isso, alem de impedir a pontuação no local. Nem o Shamou tem tanta criatividade!!! Cadu fica muito irritado com o Americano e não faz questão de esconder isso. Guilherme faz piada com a situação. Guilherme toma bronca do Cadu. Cadu tá ficando cada vez mais p#$%#$ com o Tio Sam. Bouzada pergunta novamente se o Americano entendeu as regras. André Felipe está jogando Race for the Galaxy. Vitor está procurando alguém para jogar Zavandor. Chacinas estão acontecendo sucessivamente em "New Spain", "Virginia" e demais colônias no Novo Mundo, e o Americano envolvido em todas elas. André Felipe começa nova partida de Race for the Galaxy. Guilherme bate recorde de trade goods. Cadu continua irado. Bouzada começa a repetir sua famosa frase "Mas o quê é isso?!". Americano só quer matar, não importa onde isso vai dar. Arthur foi buscar fornada com 17 salgados. Guilherme tá se divertindo com o instinto assassino do Americano. Cadu vence o jogo. André Felipe está jogando Race for the Galaxy. Americano ficou feliz com seu desempenho, penúltimo lugar. Bouzada chama Cadu de Bin Laden e o acusa de ameaçar o Americano como estratégia. Americano realmente achou que era um jogo de guerra. Faltou chucrute no Calabouço. Fim de festa. Cadu tem que ir para o trabalho. Bouzada tem que ir para o Through the Ages. Americano tem que ir para a ... deixa pra lá.

(06:30) MENÇÕES HONROSAS.

GLAUCIO

Em Realengo. Decorando um novo texto para responder às piadas doVitor.

CARLOS SALLES

Perdendo para o neutro em algum lugar no RJ.

DEPUTADO CAMILO SUJEIRA

De mudança para Realengo...

ROGÉRIO

Inventando regras novas para partidas com Americanos.

[]s,

Cadu.

sábado, 12 de julho de 2008

Maratona Gamer

Antes de mais nada um aviso, o report das duas últimas semanas encontra-se no blog do Cacá "E aí tem Jogo?"

http://eaitemjogo.blogspot.com/

Nessa semana, o Calabouço conseguiu um novo recorde: 22 horas ininterruptas de jogo. Mas vamos por partes. Aproveitando as férias, a galera toda apareceu pontualmente às 19h. Antes das 8 das noites já havia uma mesa (cheia) de Age of Empires 3 com Bouzada, Franklin, Vitor, João Torres e Americano (a grande estrela do jogo). Na mesa ao lado uma mesa de Andrés. Eu, André Amiúne e André Jiu-Jitsu ou André do Boné além do Arthur jogando Galaxy Trucker depois de muito tempo encalhado injustamente e logo em seguida formou-se uma terceira mesa de Power Grid com Carlos, Cadu, Guilherme e Rodrigo (que quase não aparece). Um pouco mais tarde, apareceu o Cacá e o Warny e segundo más línguas, rolou um clima lá embaixo nas duas partidas que jogaram sozinhos, com friozinho e luz fria de Race for the Galaxy.
A partida de Ages rolava calorosamente com inúmeras repetições do nome do Americano. Em geral pelo caos provocado por ele durante a partida. Segundo boatos, fez uma estratégia dos soldados cegos que atiravam onde quer que desembarcavam já que sua nação e seu controlador estavam sob efeito da Vodka que fazia aniversário no Calabouço.
No Galaxy Trucker, do Vlaada Chvátil, o cara do Through the Ages e ídolo nº1 do Bouzada (Dizem até que ele tem um pôster do cara na parede junto com o jogo) as naves estavam enfrentando muitos problemas com os piratas e as chuvas de meteoritos que toda hora destruíam nossas cargas, matavam nossas crianças e estupravam nossas mulheres em pleno espaço sideral mesmo que ninguém tivesse criança nem mulheres à bordo. O jogo é dividido em duas partes: A construção das naves com direito à ampulheta e tudo, lembrando bastante o Carcassone na colocação dos tiles para montar sua nave, seguindo diversas restrições. Depois a viagem que nada mais é do que a resolução de uma série de cartas, em geral, com algum desastre que devemos enfrentar para entregar a carga no final da mesma. São três viagens, cada vez mais longas e perigosas (e consequentemente) com naves maiores.
O Power Grid rolava com o natural sentimento de vingança e marcação entre Guilherme e Cadu de vidas passadas, mais precisamente no período nórdico quando os dois se degladiavam em Midgard gerando conflitos pelas usinas e pelo urânio.
A penúria do Galaxy Trucker acabou com uma vitória apertado do André Jiu-Jitsu sobre o Arthur em uma recuperação fantástica depois da sua nave perder todas as turbinas e não conseguir completar a primeira viagem.
O Power Grid acabou com a vitória do Carlos depois de uma infrutífera guerra entre o Cadu e o Guilherme. Lá embaixo, uma vitória para cada lado, troca de telefone e a promessa de novos jogos entre Cacá e Warny.
Acabado o Power Grid e o Galaxy Trucker começamos um Don Pepe ( O Grande Chefão) aqui no Brasil e que eu comprei na Submarino.com e ao lado rolou um Kingsburg super disputado entre o Rodrigo, Cadu, Arthur e os outros dois Andrés. O Grande Chefão ficou marcado pelo clima de máfia e disputa entre as famílias. O jogo é altamente caótico, com player elimination mas é bem divertido. Como não podia deixar de ser, Guilherme , depois de perder seu Don Corleone, foi marcar a família Laranja que , infelizmente, era controlada por mim. O Warny, que se fazia de desentendido, conseguiu o monopólio das pizzarias e acabou ganhando.
No Kingsburg, o Arthur acabou vencendo apertado o Cadu seguindo uma estratégia meio militar com direito à Crane e tudo. O Cadu fez a estratégia da Embassy que eu acho muito legal mas nunca consegui fazer direito.
Depois de muito "Porra americano!", o Age of Empires acabou com a vitória do Bouzada apesar da matança generalizada dos colonos pelo Americano que , para seguir a temática, jogou com os ingleses (Apesar de o Bouzada dizer que não passa dos "vermelhos").
A essa altura, mais ou menos uma da manhã, Carlos e André Jiu-Jitsu abandonaram o Barco. Novas três mesas se armaram. A Game of Thrones com o Bouzada, Cadu, Cacá e eu; Brass com João Torres, Warny e Vitor e o Guilherme conseguiu gente para jogar o Attribute (Franklin, Americano e Rodrigo). Foi uma learning session do A Game of Thrones para mim e sempre fui péssimo jogador de qualquer jogo de porrada, nesse não seria diferente. Fiquei mais perdido que cego em tiroteio e apesar de achar o jogo inteligente, fui socado e acabei perdendo em uma vitória relâmpago do Cadu. Depois do jogo , rolou uma discussão sobre o balanceamento do jogo e a posição favorável de algumas facções. Não opinei por ter sido meu primeiro jogo mas para ele ter acabado tão rápido, mesmo com o Bouzada e o Cacá que são bons e experientes jogadores , há algo suspeito (não desmerecendo a vitória do Cadu) mas ele mesmo concordou.
Terminado o Attribute e o A Game of Thrones, Franklin e Cacá foram embora. Acabou rolando uma segunda partida de Age of Empires III com o mesmo Americano, Cadu, Guilherme e Bouzada. Eu e o Arthur jogamos duas partidas de Race for the Galaxy, a 1a com o Galactic Federation e a 2a com os goods azuis. A 2a partida foi a maior pontuação somada que já vimos em um jogo, vitória minha por 69 a 57! O Vitor e o Warny, dois inveterados jogadores de Race jogavam às pressas o Brass para poder participar da Race Fest. O Brass acabou anos depois, com a vitória do Vitor. É um jogo que eu gosto bastante, econômico e meio demorado mas bem euro com a assinatura do Martin Wallace que é um grande designer na minha opinião. A galera na ânsia para jogar Race (mais ou menos 4 e meia da manhã) mas tínhamos 5 jogadores. Decidi explicar o King of Siam para o João Torres enquanto eles jogavam Race.
O King of Siam é um jogo pouco conhecido , bem rápido e com muitas decisões no meio tempo. É daqueles jogos que nas primeiras partidas, você não tem a menor idéia do que está fazendo. Essa foi minha 6a partida e acho que finalmente consegui esboçar alguma estratégia enquanto jogava. Acabei vencendo , em um jogo que demorou meia hora mais ou menos. As duas partidas de Race acabaram, uma com a vitória do Vitor e outra do Warny, dois mega-viciados no jogo.
Ainda joguei uma partida contra ambos e o Arthur e acabei não conseguindo montar nenhuma estratégia e amargando um último lugar. É interessante notar que o Race para dois e para 4 jogadores é completamente diferente. Jogar dois roles ao mesmo tempo faz uma diferença absurda.
Enquanto isso, no Age of Empires III , os ânimos estavam à flor da pele , graças as jogadas de caráter duvidoso de um Americano que , em entrevista após o jogo, afirmou "Fui para o Beatdown, é assim que eu jogo". Depois do Age of Empires já era quase 8 da manhã e 8 combatentes resistiram bravamente. Mas se você pensa que acabou, está enganado. No alto da falta da lucidez, Arthur e Bouzada propuseram uma partida de Through the Ages. Americano topou prontamente e eu, depois de muito ponderar , após mais de 12 horas de jogatina, acabei topando. Esse jogo entraria para a história, com uma explicação de um jogo que demora 10h, começando às 8 da manhã, depois de 13 horas ininterruptas de jogo. Fui na minha avó, tomei um banho, café da manhã e , inacreditavelmente, voltei, para a minha 8a e mais atípica partida de Through the Ages já jogada. Não que isso fosse novidade, afinal, Americano jogando é a certeza da incerteza. Este adotou a ultra estratégia militar sacrificando toda a população em nome da belicosidade. Oito horas e meia depois, depois de muitas aggressions (em geral em cima do Bouzada) e de duas wars seguidas (ainda que infrutíferas) declaradas pelo Americano, acabei vencendo, com uma pontuação pífia, cerca de 160 pontos ( contra os 240 que normalmente ocorrem ao final de um jogo). Vale notar que até os rounds finais do jogo, o máximo que a galera chegou foi 12 no culture rating e por mais da metade do jogo , o Americano ficou com 0 no rating de cultura e uma astronômica força militar que chegou perto dos 50 com o apoio da Air Force e do Napoleão. Cambaleando, cansados, sujos e sem dormir, fomos nós, 4 sobreviventes para suas casas com a certeza de um novo recorde para o Calabouço!

Até a Próxima,

André Felipe