sexta-feira, 31 de outubro de 2008

E O MOSCA MORTA ATACA NOVAMENTE...

Cheguei por volta de 19h40 na Caverna das Peças, onde todos os participantes já estavam no local. Antônio Marcelo e Baiano aprendiam
Caylus com André Felipe. Mal podiam esperar pelos planos maléficos do cínico "Mosca Morta Dissimulada", identidade quase não-secreta de André, que já espalhava que não conseguia explicar direito, pois só jogara umas 2 partidas. Conseqüentemente, seria um mero espectador na partida! Mas não foi bem isso o que aconteceu...

CAYLUS - O JOGO

No Caylus, você tenta desenvolver uma cidade próxima à construção do castelo do Rei. Seus trabalhadores coletam recursos que podem ajudar tanto no castelo quanto em outras construções que dão pontos de vitória. Há uma diversidade incrível de opções estratégicas e cada partida se torna diferente, uma vez que cada jogador é responsável pelo desenvolvimento e colocação dos benefícios no tabuleiro. Decisões difíceis acontecem o tempo inteiro, pois muitos benefícios só são conseguidos através de construções dos adversários, que ganham pontos de vitória caso alguém os utilize. Além disso, equilibrar grana e pontos de vitória também não é tarefa fácil. E ainda tem dois cubras (provost e bailiff) que podem ser realocados, interferindo a ativação de construções e acelerando ou não o andamento da partida. Sem dúvida, um dos jogos mais estratégicos que existem, que conquista sobretudo o público mais gamer.

CAYLUS - A PARTIDA

Eu comecei optando pelo caminho do dinheiro no favor real. Investi mais no castelo, ganhando muitos pontos de vitória por casa e favores reais.
Antônio Marcelo resolveu construir tiles que foram procurados por todo o jogo, o que gerou muitos pontos para ele. Baiano ficava juntando
grana e sempre passando a vez antes dos outros, fazendo com que ficasse mais caro a colocação de trabalhadores pelos jogadores. Ele ainda decidiu encarnar o Victor Zavandor, correndo atrás de pontos de vitória desde o começo do jogo. Quanto ao Fel, decidiu juntar muito dinheiro e pouco ponto de vitória, o que foi suficiente para sua identidade quase não-secreta aparecer: Não tenho mais chances de vitória, estou em último! E isso no começo do jogo! Aos poucos, foi construindo residências, aumentando sua cota de dinheiro por turno e comprando ouro
e outros recursos para então surpreender mais uma vez, com sua arma ultra-mortífera! Comprou o castelo que dá 25 pontos de vitória e ficou a apenas 1 ponto de diferença para mim, que era o "que liderava para uma vitória certa", segundo o próprio. Fiz uma construção que trocava tecidos por pontos de vitória. O Mosca-Morta, muito sorridente e já com seu tradicional "agora acho que tenho chances", coloca seu trabalhador nessa construção, lamentando: "Estou dando ponto para o Warny!", expressão que se repetiria várias vezes. No final, qual não foi sua surpresa ao notar que a troca permitida pela construção não era dois recursos quaisquer por pontos. O erro fez com que perdesse os pontos necessários para a vitória, segundo ele. E ainda falou que eu fui o responsável por ter explicado errado o benefício! E depois sou eu que reclamo!!!
No final, fiz 75 pontos contra 70 do Fel. Antônio Marcelo com pouco mais de 50, ficou em terceiro, com o Baiano em quarto. O que importa é que todos gostaram da partida, que imortalizou o Caylus como jogo-mascote do Triunvirato das Peças. Afinal o jogo tem Castelo, Calabouço e Torre!

AGRICOLA - O GOLPE FINAL!

Fomos para uma partida de Agricola. Foi a primeira vez que joguei com 4 jogadores. A partida foi travada no final, até pela escassez de madeira e disposição das ações ao longo dos turnos. Eu baixei a carta "Axe" logo no início (que me possibilitava construir quarto de madeira por 2 de madeira e 2 de junco) e comecei a juntar esse material. Tentei me estabilizar na comida, baixando um Minor que, toda vez que eu pegava um grão, me dava um adicional, além de comprar o forno mais valioso que assava até 2 grãos por 4 de comida. Mas não consegui plantar e assar, pois o Baiano estava com essa estratégia, fazendo vários fields e grãos todo turno. Antônio Marcelo era o rei da Minor Improvement e Ocupation. E dessa vez se preocupou em fazer o terceiro membro da família mais cedo que todos. Fel Mosca Morta continuou suas lamentações, ainda mais quando eu fiz 2 quartos de madeira e 4 estábulos na mesma ação. "Ele vai ganhar!". Não se falou nada quando ele construiu vários pastos, pegou 5 ovelhas de uma vez só, criou gado muito cedo, plantou grãos e vegetais, além de ser o único em boa parte do jogo que tinha cinco ações por turno. Sem falar que pelo fato de que o "Starting Player" ficou quase todo o jogo comigo ou com o Antônio Marcelo, ele quase nunca era o último a jogar. Eu estava com uma boa vantagem, mas tive que gastar grão pra alimentar a família, já que não conseguia plantar. Enquanto isso, Fel se desenvolvia a passos largos, dando o golpe final que havia faltado no Caylus. Resultado: Fel com 55 pontos (recorde!), Warny com 38, Antônio Marcelo com 29 e Baiano com 22. E a Mosca Morta atacou novamente...

Personagens:

André "Mosca Morta Dissimulada" Felipe - Também conhecido como Fel, o Mosca Morta costuma se lamentar o jogo todo, apostar que vai chegar em último, e na última rodada dizer "acho que tenho alguma chance" pra fazer o recorde absoluto de pontos dos jogos. Outra arma do ser tirânico é atacar os outros com palavras inglesas incompreensíveis.

Warny Marçano - Por mais que uma jogada seja favorável, esse que vos fala tem que reclamar sempre. A não ser quando chega o final da partida, na hora em que os pontos são contados e devidamente anotados!

Antônio Marcelo - Dono da Caverna das Peças e dos sete (ou seriam oito? ou nove?) gatos que habitam o local lúdico. Mas ultimamente o Mosca Morta tem dominado o lugar, agricolamente falando.

Baiano - O contador de histórias das jogatinas! Sua próxima meta é fazer o deck T do Agrícola com cartas em homenagem a Tolkien e ao Senhor dos Anéis.

Victor Zavandor - O mestre de vários jogos, o Maratonista das Galáxias ainda estava em overdose de Agricola. Mas sua obsessão por pontos de vitória logo no começo foi bem representada pelo Baiano no Caylus.


Warny Marçano

3 comentários:

Fel disse...

Em minha defesa, quero Auditoria do Cadu para as próximas partidas de Caylus e gravações. "Tapetão" no Board Game , digo, jogos de tabuleiro modernos, é algo que só o Deputado Camilo Sujeira seria capaz de fazer.

Sem mais,

Fel

Cadu disse...

Ô Mosca Morta...Vai ficar de palhaçadinha é...

Antonio Marcelo disse...

São 6 Gatos !!! 6 !!!