sábado, 22 de dezembro de 2007

Session Report: Calabouço das Peças: 13/12/2007

Session Report: Calabouço das Peças: 20/12/2007

Em mais um épico Calabouço, no dia 20 compareceram os seguintes heróis: Eu (Guilherme), Arthur, Victor “Zavandor”, Flávio Jandorno, Daniel “Tia do Salgado”, Warny, Carlos e Bruno.


Blue Moon

Comecei a jogatina ensinando Blue Moon para o Arthur e para o Daniel. No final da explicação apareceu o Flávio.

Como o jogo era para 2, decidimos não jogá-lo e partimos para a partida de Fallen Lands.

Conquest of the Fallen Lands

Flávio começou a explicar o jogo. A primeira coisa que se nota é a qualidade dos componentes, que parecem feitos em casa, e a arte também não é algo tão bom, mas não chega a ser ruim. De qualquer forma, nada que prejudique o jogo.

O jogo em si é bom, mas eu realmente não achei nada maravilhoso. A mecânica é uma espécie de cerco de área, as regras são bem simples, e com as regras avançadas o jogo fica bem gamer.

Os jogadores têm que conquistar terrenos, só que ao conquistar os terrenos eles passam a dar suporte aos terrenos adjacentes. Como os jogadores só podem se mover para tiles adjacentes (a não ser que paguem uma taxa absurda), rola uma boa briga para fechar o campo dos outros jogadores.

Começamos a partida e eu comecei relativamente bem, me aproveitando do suporte do Daniel conquistei um tile difícil. Como alegria de pobre dura pouco, sofri represálias do Daniel e do Arthur, enquanto o Flávio se expandia sem confrontos com ninguém.

Algumas rodadas depois, o Arthur tinha me fechado por cima, e o Daniel pelo lado. Depois de muito esforço consegui uma saída pela esquerda pelo canto do mapa, onde finalmente consegui travar o Daniel.

Arthur e Flávio estavam em uma boa briga pelas partes superiores e inferiores do mapa.

Como minha briga com o Daniel tinha exaurido os meus recursos (e o dele), disputávamos pelo penúltimo lugar, já que achávamos que o primeiro seria do Flávio e o segundo do Arthur, com possíveis chances de ser o contrário.

Fim de jogo, classificação:

1º: Arthur
2º: Flávio
3º Guilherme
4º Daniel

Saint Petersburg

Enquanto jogávamos Fallen Lands, chegaram o Victor “Zavandor” e o Warny. Eles sentaram numa mesa para jogar St. Peter.

Para quem não conhece, St. Peter é um jogo de administração de recursos, onde você tem trabalhadores que geram dinheiro, prédios que geram pontos de vitória, nobres que geram ambos e alguns upgrades.

Logo no início do jogo, ouvi um comentário do Victor, falando “fudeu”. Já percebi até o que aconteceu: O Warny comprou o nobre MISTRESS OF CERIMONIES na primeira rodada. Geralmente, quando um compra a MISTRESS na primeira rodada o outro jogador perde.

Mesmo assim o Victor ganhou o Warny e ficou sacaneando uns 30 minutos porque tinha ganhado.

For Sale

Assim que terminamos a partida de Fallen Lands, chegou o Carlos. Éramos 5, mas o Daniel resolveu fazer os salgados.

Decidimos jogar algo rápido, e optamos por For Sale.

Expliquei o jogo em 5 minutos, a partida durou 10 minutos no total.

For Sale é um jogo de leilão. Entre jogos que sejam apenas de leilão, o For Sale é o meu favorito. Ele funciona da seguinte forma:

Existem duas fases, uma de imóveis e uma de cheques. O jogo começa na fase de imóveis da seguinte forma: Abrem-se o número de cartas de imóveis igual ao número de jogadores. Um jogador começa dando um lance. Na sua vez um jogador aumenta um lance ou passa, pega a menor carta da mesa e metade do seu lance, arredondado para baixo.

Depois que os jogadores pegam as cartas, começa o leilão dos cheques. Abre-se um número de cartas de cheques igual ao número de jogadores. Cada jogador abaixa uma carta de imóvel fechada. Após os jogadores revelarem suas cartas de imóveis, a maior carta pega o maior cheque, a segunda maior carta pega o segundo maior cheque, e assim segue. Quem tiver mais dinheiro ganha no final do jogo.

Como sempre, o jogo é bem caótico, mas muito divertido. Vitória do Flávio, com 73 pontos, seguido do Arthur, com 72 pontos.

Ca$h n’ Gun$

Depois que terminamos o For Sale e a outra mesa terminou o St. Petersburg, decidimos jogar algo com os 6 jogadores. Decidimos jogar o Ca$h n’ Gun$, que não via a mesa já fazia algum tempo, e é um dos meus jogos favoritos.

O C&G é um jogo de blefe, meio termo entre Party Game e Gamer’s Game. Tem bastante de blefe e planejamento.

Cada jogador é um gangster, que acabou de assaltar um banco. O jogo dura 8 rodadas. Em cada rodada, é revelada uma quantia em dinheiro. Os jogadores podem desistir da partilha ou arriscar levar um tiro de outro jogador.

Os jogadores têm poderes especiais. Alguns são médios, mas tem alguns muito bons. De qualquer forma, nada que desbalanceie muito o jogo. Na regra avançada (que é a que nós sempre jogamos) um dos jogadores é um policial infiltrado.

Os dois jogos foram muito divertidos, e demoraram cerca de 20 minutos cada um. No primeiro, vitória do Warny (policial), porque ele não entendeu muito bem a regra, e virou a carta de policial quando tinha saído da partilha. Resolvemos anular a vitória e jogar outra vez.

O que eu gostei muito nessa partida foi que eu peguei um poder que eu nunca tive a chance de usar, e na terceira rodada, matei o Carlos e fiquei com a pistola e as cartas dele. Fiquei com 2 decks e 2 armas.

Na segunda partida, vitória do Carlos, também como policial. Ele ficou quietinho no canto dele, embora o Flávio tinha percebido que ele era o policial na primeira rodada. Arthur – o elemento de caos no jogo (ele sempre jogava uma carta aleatória) – tinha cismado que o policial era o Warny, e o perseguiu até o final do jogo. Foi uma bela vitória para o Carlos!

Phoenicia

Depois do C&G, o Warny e o Flávio foram embora, e o Daniel voltou com os salgados. Ficamos 5 pessoas, e decidimos jogar Phoenicia, depois de muita insistência do Victor Zavandor.

Para quem já jogou Zavandor, Phoenicia não é muito diferente. A mecânica é basicamente a mesma, com algumas poucas diferenças. Na minha opinião, é o “Zavandor Júnior”, mas o jogo é relativamente mais simples e acho que a faltou a mecânica de ordem de jogada, com bônus e acréscimos, o que faria o jogo muito mais rico.

Após a explicação, o Carlos desistiu do jogo, então desfizemos o setup para 5 e fizemos o setup para 4. Assim que o Victor terminou o setup, chegou o Bruno. Victor explicou o jogo mais uma vez e refez o setup para 5. Começamos o jogo.

Realmente fiquei um pouco sem idéia do que fazer. Acho que foi uma sensação geral. Tentei me focar na caça e na produção. No final do jogo eu terminei em último lugar, mas com a maior produção do jogo.

Daniel tentou minerar, sem muito sucesso, depois de disputar o monopólio do minério com o Arthur. Terminou em penúltimo lugar.

Arthur tentou focar em mineração. Teve uns atritos com o Daniel nos leilões, o que o prejudicou um pouco. Também quase não conseguiu peões extras.

Bruno jogou muito bem, para um não-gamer. Seguiu na agricultura e comprando o máximo de cartas que pode nos leilões. Terminou em segundo lugar.

Victor Zavandor se focou em fazer roupas. Depois de um turno de 20 minutos disparou na frente no último turno. Foi uma boa vitória!

Gostei bastante do Phoenicia, é a essência do Zavandor, mas demora metade do tempo.

Saint Petersburg

Depois do Phoenicia, eu estava com vontade de jogar Inkognito. Como infelizmente eu não achei uma caneta, decidimos jogar St. Petersburg. Ensinei ao Bruno o jogo, e começamos.

O primeiro jogo foi relativamente tranqüilo. Arthur tentou ganhar o jogo com prédios, Victor foi mais híbrido, e o Bruno não conseguiu se planejar em sua primeira partida. Consegui fechar 10 nobres no total, passando o Arthur e fiquei alguns pontos atrás do Victor.

Na segunda partida, o jogo foi extremamente travado, do jeito que eu gosto.

Arthur e Victor tentaram usar uma estratégia híbrida, Bruno tentou segui-los mas não conseguiu acompanhar o ritmo, pois estava um jogo bem difícil.

Na segunda rodada eu não consegui comprar 1 carta para a mesa, pois os prédios eram caros demais, e os trabalhadores e nobres não chegavam em mim. No início da quarta rodada, após não conseguir comprar um trabalhador pela segunda vez, comprei a Academy, e me foquei nos prédios.

Fim de jogo: Venci com 40 e poucos pontos de vitória, seguido pelo Victor, Arthur e Bruno em último. Foi um dos jogos mais disputados que eu já joguei.

Contatos Cósmicos

Depois do St. Peter, esvaziamos a estante procurando algum jogo que apetece. Decidimos jogar Cosmic Encounter (versão caseira, baseada na original da EON).

Como CE é top 5 para mim, vou relatar bem o jogo:

Cada jogador começa com 5 planetas em um sistema, e cada planeta tem 4 naves. Os jogadores recebem também cartas e um poder especial. Alguns poderes são esdrúxulos, outros são bem fortes.

Um turno acontece assim: Um jogador pega uma nave do Warp (uma espécie de cemitério) e coloca em uma de suas bases.

O jogador vira uma carta para saber qual jogador ele atacará. Ele escolhe um dos planetas para atacar. Se quiserem, o atacante e o defensor chamam aliados, depois cada jogador (apenas o atacante e o defensor) joga uma carta.

Depois se soma o número de naves com o valor das cartas, o maior vence. Se for o defensor, nada acontece, mas os aliados defensores recebem recompensas (uma nave do Warp ou uma carta). Se o atacante vencer, ele e os aliados atacantes ganham aquela base. O lado perdedor vai todo para o Warp.

O primeiro jogador a conquistar 5 bases fora de seu sistema vence o jogo.

O jogo em suma é isso, é relativamente simples e muito divertido. O que bagunça tudo é que os poderes são muito desbalanceados.

Começamos o jogo e distribuímos os poderes: 3 para cada jogador, e ele escolhia um desses. Enquanto o Arthur fazia o setup, eu explicava as regras ao Bruno.

Bruno escolheu o poder do Vírus (ele multiplica as naves ao ataque, ao invés de somar), Arthur escolheu o Zumbi (as naves dele nunca morrem, sempre voltam), Victor escolheu o Vulch (sempre que alguém usar uma carta pokémon, ele recebe a carta), e eu escolhi o Filantropo (eu posso doar cartas para os outros).

Começou o jogo, e juntaram todos no Vírus. Afinal, é um poder poderoso demais. No meio do jogo, ele tinha apenas poucas naves.

Victor, além de me ajudar a pancar o Vírus (Bruno), estava tentando uma vitória sozinho. Teve uma hora que o Victor mandou 4 naves para o Warp usando um acordo, apenas para tirar o Mobius Tubes (liberta todas as naves no Warp) da mão do Vírus. Victor conseguiu fechar 4 bases, mas perdeu uma para o Bruno depois.

Arthur, como sempre, seguiu sua filosofia: “Você não precisa dar um passo à frente: basta que os outros dêem um passo para trás”. Jogou um Mobius Tubes para libertar as naves do Vírus, para ver se alguém notava que ele estava na mesa. Nós notamos.

Bruno, depois de se recuperar, começou a ganhar bases. Quando ele fechou a quarta base e eu também fechei a quarta base, optamos por uma vitória conjunta. Foi uma das melhores partidas de Contatos que eu já joguei!

Cloud 9

Depois do “Contatos”, estavam todos morrendo de sono, e eu queria jogar algo. O Arthur falou que no máximo ele jogava um Cloud 9 e iria dormir. Ótimo. É o um dos meus fillers favoritos!

Ensinamos a regra ao Bruno (que não é gamer, foi a primeira vez dele no Calabouço).

O Cloud 9 é um jogo de análise de risco e muitas risadas. O jogo é o seguinte: os jogadores estão em um balão que sobe e desce. No turno de cada jogador, aquele jogador é o capitão, e cabe ao capitão fazer o balão subir.

O capitão rola um numero de dados (6 faces: 2 faces em branco, e 4 faces com cada uma tendo um balão em uma das quatro cores) estabelecido pela casa em que o balão está. Após os dados serem rolados, os jogadores (menos o capitão) dizem se ficam no balão ou se pulam fora e ganham o número de pontos de vitória igual à casa que eles estão. Após isso, o capitão descarta as cartas das cores que apareceram no dado e o balão sobe. Se o capitão não tiver as cartas, o balão cai e ninguém que está no balão ganha pontos de vitória. O jogo termina no final da rodada em que um jogador atinge ou passa 50 pontos de vitória. O jogador com mais pontos de vitória vence o jogo.

Pra variar um pouco, vitória minha, já que apesar de ser meu, eu quase nunca ganho o jogo.

Final de noite, todos cansados e fomos para casa.

Tem Calabouço na próxima quinta e tem Descent no domingo!

Se você quiser ser relatado aqui nos reports, apareça no Calabouço! Todos são mais do que bem-vindos.

Abraços a todos e até quinta-feira!

5 comentários:

Anônimo disse...

Você não precisa dar um passo à frente: basta que os outros dêem um passo para trás”.

Essa teoria e perfeita ^^. Muito bom o report.

Cacá disse...

Tá cada vez melhor nessa de escrever reports... hehehehehehe... Ano que vem vou aparecer mais vezes no Calabouço, é bom pra dar uma variada nos jogos... hehehehehehhe

Warny Marçano disse...

Muito legal o report, dessa vez vc ta explicando mais os jogos também hehe
Só acho que minha vitória não poderia ser anulada pq alguém mais virou novamente a carta em uma rodada, compensando o meu engano na rodada posterior hehe
Abraço!

Guilherme Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Guilherme Rodrigues disse...

De qualquer forma, Warny, isso tirou você da lista de possíveis traidores, o que te beneficiou no fim do jogo.
Por isso que jogamos outra vez, foi um jogo impossível de definir quem seria o vencedor.