quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Quem não tem Castelo, caça com Calabouço.

Texto de autoria do Cadu.

Na falta do castelo quem nos salva é a quinta-feira, dia de calabouço. Seis heróis decidem encarar o dia chuvoso e o coro do Vitor Zavandor para o seu jogo preferido. São eles: "Bouzada Ronque-Fuça", o próprio Zavandor, Cadu, Guilherme, Artur e Pedro. Esta foi uma edição especial do calabouço e começou as 15:00h.

Ao decidir por que jogo começar o Vitor já gritava: "Zavandor, Zavandor, Zavandor".
Começamos com uma partida de "Wildlife", um jogo de controle de área que o Bouzada estava em dúvida se era dele ou não (Bouzando até nisso!!). O jogo estava a tanto tempo sem ser jogado que o elástico que prendia as cartas derreteu e grudou no deck.

O Guilherme jogou com os crocodilos e venceu fácil com quase o dobro dos pontos dos demais jogadores. Uma de suas maiores crocodilagens foi dar habilidades de ataque nas montanhas para os seus répteis. Crocodilo tava atacando no Everest sem piedade nenhuma.

O Victor Zavandor jogou com os Mamutes, mesmo a contragosto do Bouzada e do Guilherme, e comprou briga feia com as Águias do Cadu por um pedaço de terra, que não valia nada, nas estepes. Ele comentou sutilmente que no Zavandor não tem nada destas brigas e vinganças sem sentido.

Bouzada, venenoso como sempre, jogou com as serpentes e infestou tudo quanto era deserto com um monte de Najas Sapateiras feitas sob encomenda pelo Cacá. Ele reclamou muito das cartas, dizendo que se tivesse "condições lúdicas" teria impedido a vitória do Guilherme.

Artur não teve muito sucesso em sua empreitada com os humanos. Em determinado momento do jogo decidiu por fazer uma "estratégia nova" superfaturando os leilões para ver no que ia dar. Deu examente o último lugar, quase com pontuação negativa. Criticado pelo Guilherme ele perdeu a calma e atirou uma bola de papel molhado que atingiu em cheio o meio do tabuleiro (variante do UGA UGA?). O alvo era o Guilherme mas a mira do Artur é tão boa quanto as jogadas do Shamou.

Pedro jogou com os ursos pardos. Os ursos eram mansos demais e não atacavam ninguém, mas também não eram atacados. Ficaram de figurantes o jogo todo esperando o momento certo para entender as regras.

Depois de 5 horas de vida selvagem o grupo se divide em dois para jogar Louis XIV e St Petersburg. Vitor, que estava jogando o St Petersburg, disse que preferia mesmo era jogar o "São Zavandor" do Cacánizia, que na opinião dele é levemente mais interessante.

No Louis XIV o Artur, que era o iniciante no jogo, tomou a dianteira e foi implacavelmente perseguido pelo Cadu e pelo Bouzada. Mesmo assim, na contagem de pontos, todos aguardavam a vitória do Artur. Foi então que Pedro anunciou sua conquista sem nenhum alarde e para
espanto dos demais que não se preocuparam com ele o jogo todo. A turma tava achando que ele ainda estava se fazendo de "urso".

A contragosto do Vitor, que queria jogar Zavandor, o jogo seguinte foi o "For Sale" para ver se o Bouzada ganhava alguma coisa. O que se viu foi Bouzada se "descabelando" repetindo a frase "Mas o que é isso?!" o tempo todo.

Início da noite, e depois de muito insistir o Vitor conseguiu convencer a todos para uma partida de "Scepter of Zavandor". E com uma variante que incluía um novo "caminho do conhecimento". Neste novo caminho, testado e aprovado pelo próprio Vitor, o participante ganhava pedras e cartas conforme ia completando o seu estudo. O Cacá, que não pôde ir pois estava em missão suicida, também enviou o seu caminho do conhecimento para o Vitor. Na versão do Cacá o estudante de magia ganharia tampinhas de refrigerante a cada matéria completada. Se completar todo o estudo o felizardo tem o direito de receber um "sapateiro" a sua escolha por rodada. O Vitor descartou esta idéia, pois depois de estudá-la exaustivamente concluiu que
este caminho seria muito poderoso e daria a vitória para o primeiro que completá-lo.

Bouzada, o rei das frases de efeito, resolveu intervir na explicação do Vitor com a seguinte observação:
- Vitor, é mais didático dar explicações sobre as gemas nos buracos na hora certa.

Segundo o deputado "Camilo Sujeira" um comentário desses só poderia vir de alguém com muito conhecimento de causa, e apesar de discordar do colega ele faz questão de dizer que respeita a sua opinião.

Guilherme, disfarçado de "Jaba the Hutt", fumava um cigarro a cada cinco minutos e ficava rindo do Bouzada que não conseguia ganhar um leilão sequer dos artefatos.

Artur fez um coquetel a base de café, coca-cola e pó de guaraná pra galera agüentar 7 horas de Zavandor na cuca.

Pedro voltou ao seu estado de urso.

Cadu fez papel de figurante no grupo intermediário, não ameaçou ninguém.

Como jogos de tabuleiro não podem, em hipótese alguma, ser divertidos, a turma inventou um grito de guerra toda vez que alguém não conseguia troco de 1 na partida.

Vitor venceu por um ponto, deixando Bouzada em segundo e o Guilherme em terceiro exatos dois pontos atrás. Era o trem da alegria.

O relógio apontou 5 da manhã. Todo mundo cansado enquanto o Vitor estava em estado de extrema felicidade dizendo que faria tudo de novo. Aí já seria uma crocodilagem maior que a do Guilherme.

Bouzada, surpreendentemente, disse: - "Jogatina agora nem tão cedo. Só de noite".

Vida longa ao calabouço, mesmo quando ele está com poucos prisioneiros.

Obs: Estamos fazendo exame anti-doping depois das partidas no calabouço. Após os resultados foi anunciada a suspensão do Bouzada que usou algum produto "didático" para controlar a queda de cabelos dos buracos das gemas...

[]s,

Cadu.

2 comentários:

Cacá disse...

Doente Cadu... você é um sujeito doente... hehehehehehhe

Guilherme Rodrigues disse...

ahUAHuAh
Doente, mas o texto é maravilhoso
Destaque às tampinhas de garrafa hehehe