quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Starcraft, Drags Zergs e Tatuís

Starcraft, Drags Zergs e Tatuís!
Quando vi o e-mail do Guilherme convidando para uma partida de Starcraft não pensei duas vezes, “Tô Dentro”. Cinco exploradores convidados confirmaram presença: Guilherme só jogou porque é o dono do jogo, Bouzada joga tudo mesmo, Arthur é o dono da casa, Bandit é uma enciclopédia de Starcraft e eu nem sabia o que era Protoss até hoje (pensei que fosse algum comprimido para enxaqueca).
Quando cheguei o setup já estava preparado, dez planetas conectados por “vias espaciais”, dezenas de miniaturas, counters, cartas e um “feeling” muito parecido com o Twilight Imperium.
Após um sorteio justo eu e o Bandit, ilustre representante do “Esquadrão Johnny Quest”, ficamos com os Terrans, Guilherme e Arthur com os Protoss e Bouzada com os Zergs.
Quem pensava que o início do jogo seria com os famosos “castelinhos de areia” enganou-se “Guilhermemente”... ops... redondamente. Foi uma belicosidade só. Trairagem, guerra fria, politicagem, picaretagem, etc.
Guilherme começou com uma estratégia defensiva, criando unidades em seu planeta natal para expandir futuramente. Bouzada fez o contrário. Com suas “Zergs drag-queens” começou a invasão de dois planetas vizinhos. Bandit respondeu invadindo com tudo um planeta entre os sistemas do Guilherme e do Bouzada. Ficaram três planetas em seqüência com Protoss, Terrans e Zergs na vizinhança. Cadu começou sem saber o que estava fazendo e já fez uma jogada sem sentido ao colocar ordem de mobilidade dentro de seu próprio planeta. Nada demais para uma primeira partida, fato este que não se repetiu. Arthur, 15200 horas de vôo no Starcraft, investiu rapidamente em novos prédios para ter acesso a unidades mais potentes de seus comandados marombeiros.
Na segunda rodada o Bouzada já tomou um contra-ataque dos Terrans com invasões simultâneas de Cadu e Bandit que impiedosamente baniram as Zergs Drags dos planetas vizinhos causando um “Ohhhh” em toda a comunidade galáctica. Nem Cacá com alguns “Zergs-Bombas” teria feito melhor.
Cadu já havia invadido um planeta que o Guilherme estava de olho. Arthur continuava se expandindo sem ninguém ameaçando, Bandit comprou briga feia com Bouzada. Bouzada, para retirar a atenção a suas unidades decadentes, dizia que o Arthur já era o vencedor do jogo. Guilherme, agindo de forma econômica, resolveu enviar um único Archon para detonar um Wraith e um Marine do Cadu. E conseguiu sem muito esforço.
A pancadaria começou a correr solta. Arthur e Guilherme começaram uma disputa particular para ver quem sobrepunha mais ordens do adversário no turno. Bouzada agora dizia que o Cadu é quem iria ganhar já na próxima rodada. Cadu nem sabia disto. Bandit continuava latindo em tudo que era canto da galáxia incomodando toda a vizinhança. Guilherme estava já terminando um lindo castelinho de areia.
O jogo “político” do Bouzada começou a funcionar e o Arthur resolveu me invadir com todas as usas forças, incluindo Dragoons e os já famosos “Tatuís” (Reapers). Para não fazer feio resolvi invadir os planetas do Arthur também. Guilherme “Aproveitador” resolveu invadir os planetas do Cadu e do Arthur se valendo da situação. Bouzada começou a sorrir e Bandit começou a chorar.
Blade Cadu, o “Caçador de Tatuís”, foi invadido mas levou um Dragoon com ele. Depois conseguiu invadir um planeta do Arthur deixando sem chance o Reaper que tava doidão, “cheirando” um poço de gás, lá no interior de um planeta que não fez a menor diferença pra nenhum dos dois.
Bouzada montou uma comitiva de aberrações Zergs e na falta de unidades pra comprar queria ele mesmo subir no tabuleiro. Bandit, num golpe de sorte, eliminou duas “Madonnas” com ataques fulminantes de Marines. Nesse ponto Bouzada continuava alegando que o Cadu venceria o jogo nesta rodada o que fez com que todas as atenções se voltassem para os humanos, que já estavam passando sérios problemas de corrupção nas verbas militares que o governo disponibilizava. Bandit fez o que pôde, construiu tudo quanto foi unidade, para depois concluir que a Goliath era a melhor para as cartas que tinha. Mas ele não construiu nenhuma Goliath (????). Quando Guilherme descobriu que o Bouzada ia ganhar culpou o Bandit por não ter impedido, mas ao menos se gabou de ter feito o mais bonito castelo de areia do jogo. Cadu e Arthur já tinham decidido se enfrentar mesmo e o Arthur acabou sendo o jogador que não conseguiu concluir uma invasão. Ele teve que voltar para casa derrotado pelos humanos que estavam muito p@#@#s com os Tatuís que se valiam dos fanáticos High Templars para conseguir êxito. Bouzada agora já dava gargalhadas e batia no Bandit (caim, caim) sem nenhuma piedade. O castelinho do Guilherme ficou pronto e muito bonitinho.
Para terminar com dignidade planejei a construção de um BattleCruiser, mas fui traído por um funcionário público que faltou ao trabalho e a nave ficou sem o trem de pouso. Tive que trocar por milícias marines que fizeram greve por melhores salários e dormiram em serviço. Vitória das Drags Zergs, com Protoss do Arthur em segundo e Protoss do Guilherme em terceiro, com direito a prêmio de “Castelinho Nota Dez”.
E a decadência da raça humana se traduz também nos boardgames com Bandit e Cadu amargando os últimos lugares, porém com o orgulho de terem “atazanado” a vida de todo mundo mesmo sendo rotulados de mal-educados, beberrões, brigões e indisciplinados terráqueos.
Foi uma ótima reunião de amigos que sabem se divertir e são excelentes oponentes fazendo do jogo um verdadeiro desafio, e confirmando que Starcraft é um jogão sem dúvida. Tomara que a moda de transformar jogo de computador em boardgame continue. Que venha o Pitfall!!!

Cadu.

2 comentários:

Cacá disse...

tá sacramentado... Cadu é doente... Mas escreve bem... hehehehehehehehe

Guilherme Rodrigues disse...

huehueheuheue fantástico como sempre!

Agora, Pitfall: the Boardgame?

Prefiro Pong: The Boardgame!