sexta-feira, 10 de abril de 2009

Calabouço das Peças: Edição de Páscoa

Ontem, montamos a edição especial de véspera de Feriado e como não podia deixar de ser em eventos longos, rolou a famosa partida de Through the Ages, Full, com 4 jogadores. E ao contrário dos jogos com os paulistas, acabou durando bem mais do que cinco horas. (Acredito que 8h, aproximadamente).

Quando eu cheguei lá, Tinha uma mesa formada de Keythedral, o Through the Ages já estava rolando e tinha uma vaga estratégia no Saint Petersburg que tava rolando com o MGM, a patroa (cujo nome me foge agora) e o Cacá, força islâmica gamer. Eu só tinha jogado ele duas vezes, uma com o Bouzada e Wykthor, dois uber-viciados no jogo e outra só com o Wykthor. Tinha tomado uma coça federal e nem consegui "aproveitar" o jogo direito. A partida foi bem legal, com a galera correndo atrás de pontos de vitória enquanto eu fazia uma engine altamente capitalista selvagem com os workers e os nobres ganhando dinheiro. Consegui comprar um carinha que dá 1 de grana por trabalhador que você tenha. O fluxo de caixa acabou me ajudando a pular de um longínquo último pra primeira posição, gerando aquele "efeito mosca-morta" que a galera adora sacanear. Acabei vencendo, apertado o MGM, com o Cacá logo atrás e a patroa do MGM acabou ficando um pouco para trás pois não lembrou das regras dos nobres diferentes! Foi uma partida bem legal, com todo mundo aprendendo.

Nisso, o Victor comprou o Napoleão no Through the Ages e o Bouzada reclamava constantemente que ficaria em último, depois de ter três guerras declaradas à ele.

A patroa do MGM teve que ir embora, então a Cecília e o Zé chegaram e montamos mais uma partida de Witch's Brew. É um jogo que eu continuo achando bem divertido de jogar e ele tem sido bem "útil" na hora de "algo rápido com tomada razoável de decisões" em menos de 1h. Como o Cacá ainda não conhecia o jogo e eu tinha certeza que ele ia gostar, acabei puxando. O jogo foi marcado pela tentativa de jogar o que a galera "não tinha". E o pessoal percebeu bem a importância de não ser líder e acabou criando aquele efeito, "líder só se for o último ou o cara com pouca carta na mão". É bem legal que a "orgânica" do jogo é totalmente determinada pelos jogadores. Se tive partidas em que a galera encheu as burras de dinheiro, dessa vez grana era muito escassa e o povo foi atrás d poção desde o começo do jogo. Acabou na última rodada, só eu e Zé, meio faroeste. Eu com 4 cartas na mão e ele uma. E justamente a única carta que me daria ponto de vitória, ele tinha, me derrubando, selando a vitória do Cacá sobre mim, por 21 a 19 com o MGM um pouco atrás, o Zé e a Cecília respectivamente em 4º e 5º lugar.

A Galera do Keythedral debandou, Cacá, Zé e Cadu queriam puxar o Cave Troll, como eu não sou muito fã do jogo, deixei eles jogarem e desci pra ver que lá embaixo estava rolando uma partida de Saint Petersburg, puxei a Cecília e a Isabel para uma learning session do Fruit Fair, minha última aquisição e um jogo que virou meu xodó apesar do tema bobinho. Aguardem um remake interessante que eu e o Errante, da Ilha, estamos fazendo :)

INTERMISSION by Cacá: Vou aproveitar o post do Fel e falar um pouco sobre a partida de Cave Troll. Na mesa éramos eu (tentando quebrar uma escrita), Cadu (dono e detentor de mais de 300 partidas), MGM (franco-atirador) e Zé (100%).

A partida começou comigo e o MGM num lado do tabuleiro e o Zé e o Cadu se "estudando" do outro lado, já no primeiro scoring eles escaram na dianteira deixando o "lado b" para trás. Mas eu tava conseguindo me posicionar bem no tabuleiro e já na segunda pontuação dei uma encostada.

Foi aí que o Ogre berserker começou a matar meus personagens pelo puro prazer de ver sangue-azul espalhado no tabuleiro, isso podia ter acabado com a minha partida se eu não tivesse conseguido uma terceira pontuação e ainda fechar o jogo na mesma rodada, com isso sacramentei a vitória com o Zé pouco atrás, Cadu em terceiro e MGM na lanterna. Voltamos ao post normal

O Fruit Fair tem mecânicas interessantes. São 4 árvores, com 4 frutos diferentes. Você começa com 2 colhetores e dois jardineiros que plantam as frutas. Você planeja, secretamente, para onde eles vão, todo mundo colhe as frutas, seguindo a ordem do turno e depois , as frutas plantadas voltam pras árvores. A sacada é que você troca as frutas por pontos de vitória. E quem tiver a maioria em cada uma delas, ganha um bônus excelente...empate, ninguém leva. Então rolam decisões interessantes sobre a hora certa de comprar pontos, abdicar dos benefícios, além do que, as árvores começam a esvaziar, então o planejamento fica mais complicado. A figura da capa, o Guaxinim tem um papel importante de dar descontos na aquisição dos vps , a caminhonete, você não precisa planejar, o imigrante ilegal, você colhe uma fruta a mais e o outro tile, é para determinar starting player.

Nessa partida, eu foquei uma parte do jogo no ônibus e depois no starting player, sou péssimo de planejamento. A Cecília ficou o jogo inteiro com o Guaxinim, praticamente, consegui roubá-lo no finalzinho da partida, comprando bastante vp e ganhando com uma certa folga dela e da Isabel em uma partida relativamente rápida mas bem disputada até o finalzinho.

O Cave Troll acabou, elas desceram e eu me juntei à mesa deles que tinha acabado de terminar. Então rolou aquela velha dúvida do "jogo pra 5". Sugeri o próprio Fruit Fair, o Imperial e até o Agricola mas acabou vencendo o Age of Empires III que eu admito ser um bom jogo mas não é muito meu gênero, acho Frankenstein demais. Decidi que ia ignorar o novo mundo e tentar jogar focado na grana já que o Conquista do Império Inca não tinha saído. Acabei passando boa parte do jogo com 2 pontos. O Cadu , como já declarado, especialista-mor no jogo, dominou o novo mundo com os missionários e um punhado de especialistas extras. No final da 2a era, ele tinha 40 pontos, a galera na casa dos 20-30 e eu, com 2 pontos! Consegui comprar dois bons prédios da era III e angariar duas vitórias à base de Warfare no novo mundo, fazendo uns 70 e poucos pontos no final do jogo, garantindo minha "vitória simbólica" pq o Cadu ficou na casa dos 120 em primeiro (mas ele não conta mais), o Zé terminou logo atrás de mim, o Cacá um pouco mais atrás e o MGM em último.

Nesse meio tempo, a galera do Through the Ages terminou a partida, com a vitória do Americano, pouca coisa na frente do Bouzada que, mesmo chorando muito, só perdeu pq tomou uma aggression daquelas de ganha 7, perde 7 pontos de cultura. Eles ainda jogaram uma partida de Glory to Rome, com a vitória do Vitor.

Para fechar a noite, o Vítor, bêbado de sono, o Americano, bêbado de cerveja, eu, Bouzada e Arthur, sóbrios fomos jogar o Fruit Fair (de novo). Com 5 jogadores, presenciamos um fenômeno estranho. O Vitor, que a essa altura do campeonato já estava pra lá de Bagdá, jogando de forma semi-randômica, acabou comprando uma ficha de ponto de vitória, logo no começo, ficando sem fruta alguma. Como ele era o último a jogar, acabou ficando sem conseguir colher fruta nenhum e entrou no "buraco negro" do último lugar. O Arthur ficou apaixonado pelo Starting Player e passou boa parte do jogo em primeiro, eu tentei usar o caminhão, devidamente roubado pelo Bouzada e acabei me aproveitando de alguns momentos chaves para comprar vps sem cair no buraco negro. Resultado, sobraram 3 medalhas, eu acabei ganhando, apertado do Arthur, com o Bouzada atrás e os bêbados relegados às últimas posições.

Foi um dia legal, casa cheia, muita gente jogando, em breve colocaremos as fotos do evento ;)

Abrax,

Fel

3 comentários:

RaDyZyK disse...

Me cadastra no blog que posto as fotos heheh!

Cacá disse...

Fala Arthur, me passa um mail que eu te coloco... :D

Maneiro o post Fel... Coloquei um "adendo" sobre a partida de Cave Troll, depois tem só que "ilustrar" com as fotos que a gente tirou...

Abraços...

Cadu disse...

Primeiro parabéns ao Fel pelo post e pelo jogo das frutinhas...

Segundo, parabéns para o Cacá que destroçou no Cave Troll com uma jogada fulminante na última rodada tirando a vitória do Zé Colméia.
Este jogo tem disso, de repente o muda tudo e pega todos de surpresa.

Quanto ao Age III ele está longe de ser um Frankstein como o Fel costuma dizer. Ele usa primordialmente duas mecânicas: alocação de trabalhadores e controle de área. Além disso não se pode afirmar que o set colletion de trade goods seja uma mecânica por si só.

Onde está o Frankstein, Fel? Ou será que você é mosca-morta até para comentar um jogo?

[começa aqui um comentário para irritar o Bouzada]
Quanto ao seu segundo lugar parecer uma vitória eu discordo, visto que você jogou com a Holanda que históricamente só não é melhor que a Espanha do Zé Colméia.

[]s,

Cadu.