sexta-feira, 23 de maio de 2008

Calabouço Especial do Feriado

Feriado de Corpus Christi

Feriado de sol, 22 de maio de 2008. Dia de jogatina no Calabouço das Peças, que vale a pena ressaltar está mais bonito e organizado. Já fazia um certo tempo que eu não participava do evento. Fiquei surpreso quando, ao chegar, percebi que o local estava com umas 30 pessoas jogando em diversos grupos. Não me lembro de ter encontrado tantas pessoas assim no Calabouço.

Quando cheguei fui recebido por um grupo de fanáticos pelo Fórmula Dé que quase me espancaram por não ter trazido o jogo. O André, Arthur e Cia estavam jogando Kingsburg. Gláucio ameaçava..., quero dizer, jogava Cuba com um grupo de incautos que nunca mais teriam uma vida normal novamente. Carlos “Clans” Salles, Luciano e Estevam jogavam Amyitis o que me fez relembrar de uma explicação, feita pelo Guilherme, sobre o jogo:

- É o seguinte galera: nós somos um bando de baba_ovo do rei Nabucodonosor que resolveu construir um jardim do tamanho da cidade de São Paulo só para agradar a vagabunda da Amyitis.

Com uma introdução destas todos ficariam curiosos com o jogo mesmo que ele fosse uma bomba. Falando em bomba tivemos a presença de nosso mais ilustre membro da Al-Qaeda lúdica, Cacá. Ele trouxe em sua mala jogos novos, jogos velhos, um pacote de estalinhos (para distribuir para as crianças) e um dispositivo C4 para o caso de querer se encontrar mais cedo com as 4500 virgens se for contrariado durante alguma partida.

Age of Empires III

Começamos com o Age of Empires III, excelente jogo, para aquecer as turbinas. O Vítor, cujo lema é “eu amo minha esposa e o Zavandor”, consultou seu manual de piadas repetidas só para declarar que caravelas não tinham turbinas. Na mesa para disputar o Novo Mundo estavam: Cadu, Bouzada, Estevam, Carlos “Neutro” Salles e o Luciano.

Depois da explicação o jogo flui normalmente com as nações procurando desenvolver suas economias para manter o alto custo de suas expedições. Sem entender que era melhor fazer conjuntos iguais de “trade goods”, o Capitão “Bouzada Colombo Doído” fez uma coleção de todos os trade goods do jogo. Com esta economia o máximo que ele conseguia era mandar dois bebuns para o novo mundo junto com os ratos nos porões dos navios.

Foi neste momento, por mera coincidência, que chega o ilustríssimo Shamou que tinha acabado de ter uma recaída depois de 2 sessões seguidas de testemunhos positivos no Alcoólicos Anônimos. Sob os efeitos do Etanol ele chegou a declarar que estava muito feliz em retornar a “Masmorra das Peças”.

Bouzada, atordoado pelo teor alcoólico do bafo do Shamou, começou a declarar que ia colocar todos os seus cubras valentes no Box da “Discovery Channel”. É que os colonizadores espanhóis já estavam cansados de assistir sessão da tarde e então arrumaram uma GatoNet lá pelos idos de 1500. Para quem já confundiu “Windfall” com “Waterfall” isso é até compreensível.

O Carlos, que estava jogando para que ninguém fizesse o conjunto de trade goods iguais, só percebeu bem depois que assim ele também não faria nenhum conjunto de trade goods iguais.

O Novo mundo já estava cheio de colonizadores e padres bombados pelo Monastério, convertendo tudo que era nativo com as promessas do Deputado Camilo Sujeira da qual o Bouzada era o porta-voz. Foi neste cenário que o mesmo “Bouzada Colombo Doído” resolveu enviar seus soldados para matar todo mundo, ou melhor dizendo, matar os cubras do Cadu. O Carlos se safou da carnificina porque só haviam padres na Inglaterra e o Bouzada não quis matar nenhum clérigo no feriado religioso.

No final vitória do Bouzada por 1 ponto de diferença em relação ao Cadu, isso tudo porque os Holandeses (comandados pelo Luciano) resolveram não prejudicar os espanhóis empatando maioria na Florida (essa foi Florida!!!).

Bootleggers

O Vitor já estava saltitante querendo jogar o Bootleggers, jogo de gangsters com alta dose de traições, canalhices, extorsões e ameaças de dar inveja até mesmo ao Cacá. Aceitamos o desafio e preparamos as famílias com o Vitor, Bouzada, Cadu e André. Não seria uma partida amistosa, sem dúvida.
O Vitor foi o primeiro a abrir um bar e tomou logo a dianteira vendendo cachaça ilegal pra todo mundo. Shamou ia gostar deste jogo. Depois foi a vez do Bouzada e do André abrirem em sociedade o boteco dos desesperados. Por último o Cadu conseguiu alvará de funcionamento para seu boteco também. Ele tratou de firmar um acordo de cavalheiros com o André para gerar receita em qualquer bar que o Vitor não controlasse. Quando o André teve a chance de tirar o domínio do Vitor enviando seus capangas para o bar dele, o André mudou de idéia e enviou todo mundo para comer “ovo colorido” e “pé-de-galinha na banha” no boteco do Cadu. Cadu, que é totalmente vingativo, jurou ajudar o Vitor a vencer o jogo. Nem foi preciso pois o Vitor tinha o bar dele próprio a disposição para a galera cair na manguaça. Já na rodada seguinte ele venceu sem precisar da ajuda de ninguém enquanto os adversários discutiam se a jogada do André tinha sido regular, ruim, péssima, horrível, tenebrosa ou “Shamouzada”.

Midgard

A partida seguinte foi de um jogo chamado Midgard. E lá estavam novamente Bouzada, Vitor, Cadu, André e o Guilherme de “contra-peso” (põe contra-peso nisso!!!). André estava preocupado com a possível vingança meta-jogo do Cadu, mas quem espalhou o terror das jogadas destrutivas foi o Guilherme. Eu acredito que os Vikings do Guilherme eram todos daltônicos, pois trocavam constantemente o alvo dos seus ataques atingindo somente os verdes. E o Cadu estava com os verdes!!! Coincidência da peste!!!

A história do jogo é a seguinte: Vikings estão invadindo vilarejos, provavelmente de Midgard (oohhh!!!), sendo que alguns destes vilarejos estão “amaldiçoados”. Todos os vikings das regiões amaldiçoadas irão para o limbo felizes da vida por terem morrido gloriosamente em batallha. Lá no limbo eles ganham 1 ponto de vitória e ressurgem em vida novamente, porém muito p$#%@ da vida pois irão para as galés onde terão que repetir todo o processo de “invasão x alma penada no limbo x ressurreição” novamente.

Ao final tivemos a vitória do Bouzada que traduziu com a seguinte frase o seu sucesso: fui o que menos foi parar no limbo!

Enquanto isso...

Enquanto isso, na mesa ao lado, a galera estava passando por um momento de dúvida na partida de “Blue Moon City”. O jogo havia sido explicado detalhadamente pelo Gláucio, mas segundo um dos jogadores, que preferiu não se identificar para evitar represálias, eles jogaram mais de 90% do jogo sem saber para quê estavam acumulando as famosas escamas de dragão.

Nexus Ops

Minha última chance de sair do zero era a próxima partida que seria de Nexus Ops. Cacá, Bouzada, Artur e Cadu disputariam o valioso rubium numa lua distante, que de tão distante só perdia em parsecs para Realengo.
O mais notável nesta partida foi a eliminação por completo do Cacá e do Artur. Não sobrou uma unidade sequer para contar história. No fim vitória apertada do Cadu, aos 45 do segundo tempo, por 12 a 11. O Cacá, apesar da extinção de sua espécie, terminou com 10 pontos enquanto o Artur conseguiu apenas 4 pontos.

Que venha o próximo!!!

Mais um dia agradável no Calabouço das Peças. Que venha o próximo feriado com muito sol, pois mesmo que nos forcem a ir a praia levaremos nossos tabuleiros. E o pessoal da Sibéria ainda reclama do frio...

[]s,

Cadu.

2 comentários:

Guilherme Rodrigues disse...

uhuehue Muito bom!
E não tenho culpa de meus vikings são vingativos e sedentos por vingança!!!

Cacá disse...

Era uma questão de dizimar a raça por um bem maior... só que a tua mão ontem nos dados tava muito melhor que a minha (que costuma ser bem boa)...

Ótima resenha de novo... vê se não some tanto tempo... =D