sábado, 12 de julho de 2008

Maratona Gamer

Antes de mais nada um aviso, o report das duas últimas semanas encontra-se no blog do Cacá "E aí tem Jogo?"

http://eaitemjogo.blogspot.com/

Nessa semana, o Calabouço conseguiu um novo recorde: 22 horas ininterruptas de jogo. Mas vamos por partes. Aproveitando as férias, a galera toda apareceu pontualmente às 19h. Antes das 8 das noites já havia uma mesa (cheia) de Age of Empires 3 com Bouzada, Franklin, Vitor, João Torres e Americano (a grande estrela do jogo). Na mesa ao lado uma mesa de Andrés. Eu, André Amiúne e André Jiu-Jitsu ou André do Boné além do Arthur jogando Galaxy Trucker depois de muito tempo encalhado injustamente e logo em seguida formou-se uma terceira mesa de Power Grid com Carlos, Cadu, Guilherme e Rodrigo (que quase não aparece). Um pouco mais tarde, apareceu o Cacá e o Warny e segundo más línguas, rolou um clima lá embaixo nas duas partidas que jogaram sozinhos, com friozinho e luz fria de Race for the Galaxy.
A partida de Ages rolava calorosamente com inúmeras repetições do nome do Americano. Em geral pelo caos provocado por ele durante a partida. Segundo boatos, fez uma estratégia dos soldados cegos que atiravam onde quer que desembarcavam já que sua nação e seu controlador estavam sob efeito da Vodka que fazia aniversário no Calabouço.
No Galaxy Trucker, do Vlaada Chvátil, o cara do Through the Ages e ídolo nº1 do Bouzada (Dizem até que ele tem um pôster do cara na parede junto com o jogo) as naves estavam enfrentando muitos problemas com os piratas e as chuvas de meteoritos que toda hora destruíam nossas cargas, matavam nossas crianças e estupravam nossas mulheres em pleno espaço sideral mesmo que ninguém tivesse criança nem mulheres à bordo. O jogo é dividido em duas partes: A construção das naves com direito à ampulheta e tudo, lembrando bastante o Carcassone na colocação dos tiles para montar sua nave, seguindo diversas restrições. Depois a viagem que nada mais é do que a resolução de uma série de cartas, em geral, com algum desastre que devemos enfrentar para entregar a carga no final da mesma. São três viagens, cada vez mais longas e perigosas (e consequentemente) com naves maiores.
O Power Grid rolava com o natural sentimento de vingança e marcação entre Guilherme e Cadu de vidas passadas, mais precisamente no período nórdico quando os dois se degladiavam em Midgard gerando conflitos pelas usinas e pelo urânio.
A penúria do Galaxy Trucker acabou com uma vitória apertado do André Jiu-Jitsu sobre o Arthur em uma recuperação fantástica depois da sua nave perder todas as turbinas e não conseguir completar a primeira viagem.
O Power Grid acabou com a vitória do Carlos depois de uma infrutífera guerra entre o Cadu e o Guilherme. Lá embaixo, uma vitória para cada lado, troca de telefone e a promessa de novos jogos entre Cacá e Warny.
Acabado o Power Grid e o Galaxy Trucker começamos um Don Pepe ( O Grande Chefão) aqui no Brasil e que eu comprei na Submarino.com e ao lado rolou um Kingsburg super disputado entre o Rodrigo, Cadu, Arthur e os outros dois Andrés. O Grande Chefão ficou marcado pelo clima de máfia e disputa entre as famílias. O jogo é altamente caótico, com player elimination mas é bem divertido. Como não podia deixar de ser, Guilherme , depois de perder seu Don Corleone, foi marcar a família Laranja que , infelizmente, era controlada por mim. O Warny, que se fazia de desentendido, conseguiu o monopólio das pizzarias e acabou ganhando.
No Kingsburg, o Arthur acabou vencendo apertado o Cadu seguindo uma estratégia meio militar com direito à Crane e tudo. O Cadu fez a estratégia da Embassy que eu acho muito legal mas nunca consegui fazer direito.
Depois de muito "Porra americano!", o Age of Empires acabou com a vitória do Bouzada apesar da matança generalizada dos colonos pelo Americano que , para seguir a temática, jogou com os ingleses (Apesar de o Bouzada dizer que não passa dos "vermelhos").
A essa altura, mais ou menos uma da manhã, Carlos e André Jiu-Jitsu abandonaram o Barco. Novas três mesas se armaram. A Game of Thrones com o Bouzada, Cadu, Cacá e eu; Brass com João Torres, Warny e Vitor e o Guilherme conseguiu gente para jogar o Attribute (Franklin, Americano e Rodrigo). Foi uma learning session do A Game of Thrones para mim e sempre fui péssimo jogador de qualquer jogo de porrada, nesse não seria diferente. Fiquei mais perdido que cego em tiroteio e apesar de achar o jogo inteligente, fui socado e acabei perdendo em uma vitória relâmpago do Cadu. Depois do jogo , rolou uma discussão sobre o balanceamento do jogo e a posição favorável de algumas facções. Não opinei por ter sido meu primeiro jogo mas para ele ter acabado tão rápido, mesmo com o Bouzada e o Cacá que são bons e experientes jogadores , há algo suspeito (não desmerecendo a vitória do Cadu) mas ele mesmo concordou.
Terminado o Attribute e o A Game of Thrones, Franklin e Cacá foram embora. Acabou rolando uma segunda partida de Age of Empires III com o mesmo Americano, Cadu, Guilherme e Bouzada. Eu e o Arthur jogamos duas partidas de Race for the Galaxy, a 1a com o Galactic Federation e a 2a com os goods azuis. A 2a partida foi a maior pontuação somada que já vimos em um jogo, vitória minha por 69 a 57! O Vitor e o Warny, dois inveterados jogadores de Race jogavam às pressas o Brass para poder participar da Race Fest. O Brass acabou anos depois, com a vitória do Vitor. É um jogo que eu gosto bastante, econômico e meio demorado mas bem euro com a assinatura do Martin Wallace que é um grande designer na minha opinião. A galera na ânsia para jogar Race (mais ou menos 4 e meia da manhã) mas tínhamos 5 jogadores. Decidi explicar o King of Siam para o João Torres enquanto eles jogavam Race.
O King of Siam é um jogo pouco conhecido , bem rápido e com muitas decisões no meio tempo. É daqueles jogos que nas primeiras partidas, você não tem a menor idéia do que está fazendo. Essa foi minha 6a partida e acho que finalmente consegui esboçar alguma estratégia enquanto jogava. Acabei vencendo , em um jogo que demorou meia hora mais ou menos. As duas partidas de Race acabaram, uma com a vitória do Vitor e outra do Warny, dois mega-viciados no jogo.
Ainda joguei uma partida contra ambos e o Arthur e acabei não conseguindo montar nenhuma estratégia e amargando um último lugar. É interessante notar que o Race para dois e para 4 jogadores é completamente diferente. Jogar dois roles ao mesmo tempo faz uma diferença absurda.
Enquanto isso, no Age of Empires III , os ânimos estavam à flor da pele , graças as jogadas de caráter duvidoso de um Americano que , em entrevista após o jogo, afirmou "Fui para o Beatdown, é assim que eu jogo". Depois do Age of Empires já era quase 8 da manhã e 8 combatentes resistiram bravamente. Mas se você pensa que acabou, está enganado. No alto da falta da lucidez, Arthur e Bouzada propuseram uma partida de Through the Ages. Americano topou prontamente e eu, depois de muito ponderar , após mais de 12 horas de jogatina, acabei topando. Esse jogo entraria para a história, com uma explicação de um jogo que demora 10h, começando às 8 da manhã, depois de 13 horas ininterruptas de jogo. Fui na minha avó, tomei um banho, café da manhã e , inacreditavelmente, voltei, para a minha 8a e mais atípica partida de Through the Ages já jogada. Não que isso fosse novidade, afinal, Americano jogando é a certeza da incerteza. Este adotou a ultra estratégia militar sacrificando toda a população em nome da belicosidade. Oito horas e meia depois, depois de muitas aggressions (em geral em cima do Bouzada) e de duas wars seguidas (ainda que infrutíferas) declaradas pelo Americano, acabei vencendo, com uma pontuação pífia, cerca de 160 pontos ( contra os 240 que normalmente ocorrem ao final de um jogo). Vale notar que até os rounds finais do jogo, o máximo que a galera chegou foi 12 no culture rating e por mais da metade do jogo , o Americano ficou com 0 no rating de cultura e uma astronômica força militar que chegou perto dos 50 com o apoio da Air Force e do Napoleão. Cambaleando, cansados, sujos e sem dormir, fomos nós, 4 sobreviventes para suas casas com a certeza de um novo recorde para o Calabouço!

Até a Próxima,

André Felipe

2 comentários:

Cacá disse...

Só tem doente nessa porra. hehehehehehe

Pena que além de trabalhar no dia seguinte se eu faço uma porra dessas chego em casa e a patroa misturou todas as pecinhas de jogos que eu tenho e ainda colocou na portaria do prédio (junto com as minhas roupas).

Quinta que vem tem mais (espero que já tenha croissant de chocolate de novo). hehehhehehe.

Cadu disse...

André,
Muito bom o session Report. O Calabouço de quinta também foi muito bom.

Quinta que vem estaremos de volta.

[]s,

Cadu