segunda-feira, 21 de julho de 2008

Final de semana Lúdico (Parte I)

O Report de 5a feira encontra-se no blog do Cacá, eu, infelizmente, só joguei uma partida de Galaxy Trucker que na verdade foi uma learning session para o Vitor, Rodrigo e o próprio Cacá. Os detalhes podem ser encontrados lá:

http://eaitemjogo.blogspot.com/

O Tola postou na BG-BR (e eu concordo com ele) que o blog é puro session report da forma mais engraçada possível. Vou tentar dar mais profundidade e deixar a parte engraçada pro Cadu :) Feedback será muito bem-vindo.

Neste final de semana, rolou uma ótima (e dupla) jogatina. O sábado começou mal. Eu, Arthur e Renato partimos para a Point HQ, em Ipanema, para participar de um campeonato de D&D Miniatures depois da dobradinha que eu e Arthur fizemos no último torneio que teve (e primeiro que participamos). No entanto, o organizador achou que faltaria quórum e acabei jogando só uma partida, com outro Arthur, que está iniciando no hobbie. Apesar do desastre, deixamos o Renato jogando Pokémon e fomos para a jogatina, com o Rodrigo Gonzalez (espero não ter escrito o nome dele errado).


Na 5a feira, o pessoal se apaixonou pelo Galaxy Trucker então decidimos repetir a dose, para minha alegria. O Galaxy é um jogo extremamente controverso, pois muita gente acha ele dice fest, caótico e afins. No entanto, a experiência na construção de naves e planejamento são totalmente recompensados nas viagens. E se você jogar conforme as regras , podendo ver as cartas que virão, a estratégia aumenta mais ainda. No nosso grupo, há uma house rule que proíbe ver as cartas antes. Tira um pouco da diversão já que uma das partes legais é ser surpreendido por smugglers, epidemias e outras catástrofes. Acho que, do mesmo jeito que em Kingsburg, ou em Stone Age, a sorte é bem contornável e está longe de definir o vencedor. Construir canhões laterais protegendo peças importantes da nave, proteger seus goods colocando as storages em partes mais centrais, sacrificar cubras expostos, ter shield nos quatro lados, 5 de canhão para a 1a, 7 para a segunda e 10 para a terceira viagem. 6, 8 e 10 cubras para as abandoned stations são só algumas das muitas coisas que você tem para pensar. E rápido.

Jogamos com a variante que teríamos 4 viagens ao invés de 3. (E me arrependo profundamente disso). Após a 3a viagem e hipotético final do jogo (odeio variantes ¬¬) eu tinha cerca de 70 créditos, contra 62 do Arthur, Vitor e Rodrigo na casa dos 50. Na 4a viagem, sem seguro e sem guardar peças, fui massacrado por meteoros, tiros na Combat Zone e afins, perdendo todos os meus goods, mulheres, crianças e o jogo. Vitor e Rodrigo acabaram empatados em 90 e poucos créditos e eu consegui um placar negativo, completando a viagem com um tripulante e a nave despedaçada.


Em seguida, jogamos o Phoenicia, o filhote do Zavandor. Apesar de não ser igual o Vitor Zavandor e ter "The Scepter of Zavandor" tatuado no braço, eu gosto muito do jogo. Top 3, atrás de Through the Ages e Twilight Imperium respectivamente. O Phoenicia foi criado pelo Tom Lehmann, do Race for the Galaxy e para mim, é uma versão light e muito fraca do Zavandor. O jogo enfrenta o problema de "Runaway leader" declarado pelo dono do jogo e Runaway leader , o próprio Vitor. Foi uma vitória sem sal e pré-definida do Vitor depois do terceiro turno (em um total de 9 ou 10). Amarguei um último lugar longe do terceiro. Ultimamente, foram poucos os jogos novos que joguei e não gostei. No máximo, mais ou menos, como foi o caso do In the Shadow of the Emperor. E o agravante é que, os jogos que sou muito ruim, tipo o "In the Year of the Dragon", normalmente me atraem . Não foi o caso dessa vez, infelizmente.


Depois do Phoenicia, não podíamos deixar de jogar Race for the Galaxy, figurinha certa onde quer que eu, Vitor ou Arthur estejamos. Eu já falei, conversando com o Vitor e o Warny, duas "autoridades" no jogo, que acho o jogo para dois muito mais "controlável" do que para 3 ou 4 jogadores. Você depende menos das shamouzices que os oponentes podem cometer, são só duas pessoas comprando e segurando as cartas e ,ao escolher dois roles ,você acaba comprando mais carta e sendo menos dependente das draws. Na maratona de jogos que rolou no Calabouço cuja session report foi escrita pelo Cadu aqui embaixo, o próprio Vitor-Vossa-Majestade-Maratonista-das-Galáxias Caminha, fez 28 pontos em um jogo e, em seguida, quase 70. Eu e Warny, jogamos Race, religiosamente, toda segunda-feira, anotando resultados. Salvo raríssimas exceções, a pontuação tem uma média de 40 pontos para cada lado e não há muita diferença de pontos. Coincidência ou não, fomos jogar e o Warny, para variar um pouco, fez a estratégia da mineração, graças ao Mining League que ele segurou o jogo todo e ganhou fácil, controlando bem a partida. Eu dividi a última posição com o Rodrigo, depois que minha estratégia de Alien perdeu o fôlego, mesmo depois de ter um Alien Rosetta Institute e o Alien Tech Institute logo de cara.


Finalmente jogamos o que, para mim, foi a grande estrela da noite: Stone Age. O Victor tinha jogado e adorado o jogo, lá na Ludus e tive a oportunidade de jogar , depois de ter perdido a chance na 5a feira. Ele acabou comprando do Filipe Diniz, aqui do RJ mesmo e agora nós temos uma cópia \o/. Bem, é lindo. Desde o acabamento dos componentes até o jogo. Você não se sente pressionado, é "gostoso" de jogar e há bastante "gordura" para um gamer queimar. Conceitos básicos como qual caminho seguir, fazer o que ninguém está fazendo, seguir por starvation, cubras, comida, ferramentas, sets de cartas ou cabanas? Como combinar? E se você tirar 1 e 1 quando precisar daquele um gold que tá faltando para a hut? Antecipar o final do jogo? Vai deixa o oponente fazer multiplier x8 do que ele quer? As opções são muitas, a rejogabilidade também. A regra é simples, a duração é ideal, cerca de 2h, você não sente o tempo passar. E me lembra um pouco o Kingsburg no sentido de ser um gateway excelente para introduzir as pessoas ao hobbie. Um jogaço que já está a caminho do acervo aqui do Calabouço. Acabou o jogo com uma vitória do Warny que fechou um set de 8 cartas e um bocado de ferramentas. Eu acabei em segundo, com uma estratégia de starvation, 9 cubras no end-game, 4 pontos atrás do Warny e a vontade de jogar novamente. O Victor fez um bocado de cabanas mas o Rodrigo, sabiamente, cortou um multiplier x3 de cabanas e acabou deixando ele na 3a posição e o próprio Gonzalez em último.


Depois desse jogaço, fomos todos muito felizes para casa, sem saber que o dia seguinte reservaria uma jogatina tão boa quanto a de sábado!

(Continua no próximo post....)

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