Antes de mais nada um aviso, o report das duas últimas semanas encontra-se no blog do Cacá "E aí tem Jogo?"
http://eaitemjogo.blogspot.com/
Nessa semana, o Calabouço conseguiu um novo recorde: 22 horas ininterruptas de jogo. Mas vamos por partes. Aproveitando as férias, a galera toda apareceu pontualmente às 19h. Antes das 8 das noites já havia uma mesa (cheia) de Age of Empires 3 com Bouzada, Franklin, Vitor, João Torres e Americano (a grande estrela do jogo). Na mesa ao lado uma mesa de Andrés. Eu, André Amiúne e André Jiu-Jitsu ou André do Boné além do Arthur jogando Galaxy Trucker depois de muito tempo encalhado injustamente e logo em seguida formou-se uma terceira mesa de Power Grid com Carlos, Cadu, Guilherme e Rodrigo (que quase não aparece). Um pouco mais tarde, apareceu o Cacá e o Warny e segundo más línguas, rolou um clima lá embaixo nas duas partidas que jogaram sozinhos, com friozinho e luz fria de Race for the Galaxy.
A partida de Ages rolava calorosamente com inúmeras repetições do nome do Americano. Em geral pelo caos provocado por ele durante a partida. Segundo boatos, fez uma estratégia dos soldados cegos que atiravam onde quer que desembarcavam já que sua nação e seu controlador estavam sob efeito da Vodka que fazia aniversário no Calabouço.
No Galaxy Trucker, do Vlaada Chvátil, o cara do Through the Ages e ídolo nº1 do Bouzada (Dizem até que ele tem um pôster do cara na parede junto com o jogo) as naves estavam enfrentando muitos problemas com os piratas e as chuvas de meteoritos que toda hora destruíam nossas cargas, matavam nossas crianças e estupravam nossas mulheres em pleno espaço sideral mesmo que ninguém tivesse criança nem mulheres à bordo. O jogo é dividido em duas partes: A construção das naves com direito à ampulheta e tudo, lembrando bastante o Carcassone na colocação dos tiles para montar sua nave, seguindo diversas restrições. Depois a viagem que nada mais é do que a resolução de uma série de cartas, em geral, com algum desastre que devemos enfrentar para entregar a carga no final da mesma. São três viagens, cada vez mais longas e perigosas (e consequentemente) com naves maiores.
O Power Grid rolava com o natural sentimento de vingança e marcação entre Guilherme e Cadu de vidas passadas, mais precisamente no período nórdico quando os dois se degladiavam em Midgard gerando conflitos pelas usinas e pelo urânio.
A penúria do Galaxy Trucker acabou com uma vitória apertado do André Jiu-Jitsu sobre o Arthur em uma recuperação fantástica depois da sua nave perder todas as turbinas e não conseguir completar a primeira viagem.
O Power Grid acabou com a vitória do Carlos depois de uma infrutífera guerra entre o Cadu e o Guilherme. Lá embaixo, uma vitória para cada lado, troca de telefone e a promessa de novos jogos entre Cacá e Warny.
Acabado o Power Grid e o Galaxy Trucker começamos um Don Pepe ( O Grande Chefão) aqui no Brasil e que eu comprei na Submarino.com e ao lado rolou um Kingsburg super disputado entre o Rodrigo, Cadu, Arthur e os outros dois Andrés. O Grande Chefão ficou marcado pelo clima de máfia e disputa entre as famílias. O jogo é altamente caótico, com player elimination mas é bem divertido. Como não podia deixar de ser, Guilherme , depois de perder seu Don Corleone, foi marcar a família Laranja que , infelizmente, era controlada por mim. O Warny, que se fazia de desentendido, conseguiu o monopólio das pizzarias e acabou ganhando.
No Kingsburg, o Arthur acabou vencendo apertado o Cadu seguindo uma estratégia meio militar com direito à Crane e tudo. O Cadu fez a estratégia da Embassy que eu acho muito legal mas nunca consegui fazer direito.
Depois de muito "Porra americano!", o Age of Empires acabou com a vitória do Bouzada apesar da matança generalizada dos colonos pelo Americano que , para seguir a temática, jogou com os ingleses (Apesar de o Bouzada dizer que não passa dos "vermelhos").
A essa altura, mais ou menos uma da manhã, Carlos e André Jiu-Jitsu abandonaram o Barco. Novas três mesas se armaram. A Game of Thrones com o Bouzada, Cadu, Cacá e eu; Brass com João Torres, Warny e Vitor e o Guilherme conseguiu gente para jogar o Attribute (Franklin, Americano e Rodrigo). Foi uma learning session do A Game of Thrones para mim e sempre fui péssimo jogador de qualquer jogo de porrada, nesse não seria diferente. Fiquei mais perdido que cego em tiroteio e apesar de achar o jogo inteligente, fui socado e acabei perdendo em uma vitória relâmpago do Cadu. Depois do jogo , rolou uma discussão sobre o balanceamento do jogo e a posição favorável de algumas facções. Não opinei por ter sido meu primeiro jogo mas para ele ter acabado tão rápido, mesmo com o Bouzada e o Cacá que são bons e experientes jogadores , há algo suspeito (não desmerecendo a vitória do Cadu) mas ele mesmo concordou.
Terminado o Attribute e o A Game of Thrones, Franklin e Cacá foram embora. Acabou rolando uma segunda partida de Age of Empires III com o mesmo Americano, Cadu, Guilherme e Bouzada. Eu e o Arthur jogamos duas partidas de Race for the Galaxy, a 1a com o Galactic Federation e a 2a com os goods azuis. A 2a partida foi a maior pontuação somada que já vimos em um jogo, vitória minha por 69 a 57! O Vitor e o Warny, dois inveterados jogadores de Race jogavam às pressas o Brass para poder participar da Race Fest. O Brass acabou anos depois, com a vitória do Vitor. É um jogo que eu gosto bastante, econômico e meio demorado mas bem euro com a assinatura do Martin Wallace que é um grande designer na minha opinião. A galera na ânsia para jogar Race (mais ou menos 4 e meia da manhã) mas tínhamos 5 jogadores. Decidi explicar o King of Siam para o João Torres enquanto eles jogavam Race.
O King of Siam é um jogo pouco conhecido , bem rápido e com muitas decisões no meio tempo. É daqueles jogos que nas primeiras partidas, você não tem a menor idéia do que está fazendo. Essa foi minha 6a partida e acho que finalmente consegui esboçar alguma estratégia enquanto jogava. Acabei vencendo , em um jogo que demorou meia hora mais ou menos. As duas partidas de Race acabaram, uma com a vitória do Vitor e outra do Warny, dois mega-viciados no jogo.
Ainda joguei uma partida contra ambos e o Arthur e acabei não conseguindo montar nenhuma estratégia e amargando um último lugar. É interessante notar que o Race para dois e para 4 jogadores é completamente diferente. Jogar dois roles ao mesmo tempo faz uma diferença absurda.
Enquanto isso, no Age of Empires III , os ânimos estavam à flor da pele , graças as jogadas de caráter duvidoso de um Americano que , em entrevista após o jogo, afirmou "Fui para o Beatdown, é assim que eu jogo". Depois do Age of Empires já era quase 8 da manhã e 8 combatentes resistiram bravamente. Mas se você pensa que acabou, está enganado. No alto da falta da lucidez, Arthur e Bouzada propuseram uma partida de Through the Ages. Americano topou prontamente e eu, depois de muito ponderar , após mais de 12 horas de jogatina, acabei topando. Esse jogo entraria para a história, com uma explicação de um jogo que demora 10h, começando às 8 da manhã, depois de 13 horas ininterruptas de jogo. Fui na minha avó, tomei um banho, café da manhã e , inacreditavelmente, voltei, para a minha 8a e mais atípica partida de Through the Ages já jogada. Não que isso fosse novidade, afinal, Americano jogando é a certeza da incerteza. Este adotou a ultra estratégia militar sacrificando toda a população em nome da belicosidade. Oito horas e meia depois, depois de muitas aggressions (em geral em cima do Bouzada) e de duas wars seguidas (ainda que infrutíferas) declaradas pelo Americano, acabei vencendo, com uma pontuação pífia, cerca de 160 pontos ( contra os 240 que normalmente ocorrem ao final de um jogo). Vale notar que até os rounds finais do jogo, o máximo que a galera chegou foi 12 no culture rating e por mais da metade do jogo , o Americano ficou com 0 no rating de cultura e uma astronômica força militar que chegou perto dos 50 com o apoio da Air Force e do Napoleão. Cambaleando, cansados, sujos e sem dormir, fomos nós, 4 sobreviventes para suas casas com a certeza de um novo recorde para o Calabouço!
Até a Próxima,
André Felipe
sábado, 12 de julho de 2008
Maratona Gamer
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2 comentários:
Só tem doente nessa porra. hehehehehehe
Pena que além de trabalhar no dia seguinte se eu faço uma porra dessas chego em casa e a patroa misturou todas as pecinhas de jogos que eu tenho e ainda colocou na portaria do prédio (junto com as minhas roupas).
Quinta que vem tem mais (espero que já tenha croissant de chocolate de novo). hehehhehehe.
André,
Muito bom o session Report. O Calabouço de quinta também foi muito bom.
Quinta que vem estaremos de volta.
[]s,
Cadu
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