Mais uma 5a feira no Calabouço, dessa vez com a presença ilustre do Rogério, explicador oficial de regras aqui no RJ e conhecido por sua precisão na hora de explicar um jogo. Além dele, Rodrigo González, jogador profissional de Notre Dame e 01 do BSW e o Guilherme Pendraeg que voltou depois de muito tempo costurando no Dophus e hoje é um estilista famoso no mundo virtual (Boa parte da comunidade lúdica carioca está aderindo à pederastia).
A casa encheu rápido. Bouzada, Americano, André Amiúne e Arthur começaram uma partida de Stone Age enquanto eu, Guilherme, Vitor e Warny jogamos Galactic Emperor. Lá embaixo, Rogério, Filipe, Carlos, González Notre Dame e André Boné, começaram o que seria mais tarde o Twilight Cuba.
No Stone Age, eu só ouvia o pessoal dizendo que queria uma comida. No Cuba, a estratégia da água não venceu. E o Galactic Emperor, provou ser um jogo despretensioso e divertido. Acho que para os fãs do Ameritrash é um prato cheio. A learning session demorou quase 3h, mas tenho certeza que com jogadores menos bouzadores (leia-se Warny e em menor escala o Wyktor) o tempo de partida possa chegar a 1h30 (com 4 jogadores). A porrada é inevitável e a negociação também. Jogamos sem negociação pq a galera é Euro e odeia player interaction abusiva. Mas realmente, negociar é preciso. E não dá pra fazer Castelinho de Areia. A quantidade de naves é limitada e só através da porrada você consegue os pontos de vitória e os impérios para vencer.
O Guilherme era o pirata espacial e ficou roubando metal da galera. O Warny fez uma jogada no início do jogo contra o Victor, estilo Universidade Carolina e , adotando a filosofia Cadu de jogar, acabou rolando uma guerra fria entre os dois. Enquanto isso, eu fui montando a Invencível Armada com soundtrack de Star Wars e o Império Contra-Ataca. A guerra com o Warny acabou enfraquecendo o Victor que foi encurralado no mapa mas foi usando da sua influência política para me afastar do mapa. (O role do Regente é bom pra kct). No final das contas, acabei ganhando com 40 e poucos pontos, um pouco a mais que o Guilherme. O jogo acabou por vps. A qualidade dos componentes e o tamanho do tabuleiro levou a galera a apelidar o jogo, carinhosamente de TI de pobre. E é por aí. Eu, que levanto a bandeira do Euro, fiquei satisfeito com o jogo. E jogaria de novo, com negociação dessa vez. Acho que se a Fantasy Flight fizesse uma 2a edição ia ser um jogaço :P
Em seguida, jogamos Stone Age. Eu, Wyktor e Warny. O Through the Ages começou com Nobre , Arthur, Americano e Bouzada. E algo histórico aconteceu. Bouzada negligenciou o Michelangelo em prol do Barbarrossa. Logicamente, ele pegou o Shakespeare mais tarde e começou a apontar o dedo podre para a galera , dizendo que o Arthur ou o Americano ia ganhar, dando a si próprio 50% de chance de vencer.
O Stone Age continua sendo um jogo muito bem cotado pela galera daqui. E discordo dos que dizem que tem pouca rejogabilidade. Além de ter muitas variáveis, novas tendências homossexuais pré-históricas vão sendo descobertas como o Wykthor usando ferramenta, de 4, nas cabanas. Com ambiguidade. E como eu disse no report passado. Respeito as tendências homossexuais A.C de todo mundo. Logo no início do jogo, consegui juntar 4x shaman. O Wykthor foi para as ferramentas dentro da cabana e o Warny que largou a vida de padre pederasta celibatário, entrou na Love Hut e ficou tomando comida todo turno, sempre seguido da fatídica pergunta "Quantas comidas você quer?". Sendo que, em momento de revelação, ele tomou uma atitude muito bonita e revelou. Quero comida, SIM. Acho legal quando as pessoas assumem sua pederastia sem medo de preconceito. No meio do jogo, apareceram três símbolos diferentes. Dando sopa, peguei os três. Como eu estava com 4x shaman e 8 cubras, acabei seguindo os símbolos e as cabanas dando uma pontuação de 219 pra mim , ao final do jogo, contra 190 e uns quebrados do Wykthor , cujas pinturas rupestres dele entretendo-se com as ferramentas puderam ser vistas ao final do jogo, quando era mais de meia-noite e era possível jogar board games para maiores de 18 anos. Foi uma boa partida, apesar de eu, inexplicavelmente ter vencido o professor, tutor e autoridade do jogo , que já foi reconhecido até na Ilha do Tabuleiro, o lugar onde as pessoas compram jogos por preços super baixos.
Enquanto isso, lá embaixo, Rodrigo, covardemente, faz uma learning session de Notre Dame e termina com mais pontos que todos os outros jogadores somados, elevado ao quadrado e duplicado novamente.
Rolaram umas partidas de Kingdoms também, já que o Rodrigo-RPG é viciado mas perdeu para o Daniel, que nunca tinha jogado.
No San Juan, o Rodrigo ganhou do Guilherme com 4 jogadores e o mesmo teve que surrá-lo em uma partida para 2 jogadores e, posteriormente, no Confrontation, com uma regra que ele só explicou na hora de vencer.
O Franklin chegou, Warny foi embora e montamos um jogo de Galaxy Trucker que eu, confesso, estou um pouco enjoado. Foi uma partida legal, com muito meteoro, eu construíndo a Rubinho I, II e III. Enquanto o Victor fazia verdadeiros tanques de guerra intergalácticos que em nada lembravam um cargueiro espacial. Jogamos sem as cartas de expansão , pois o Cacá, para variar, furou. Ou melhor, trocou o Calabouço por uma outra jogatina e foi declarado persona non-grata pelos frequentadores da casa. O Victor acabou vencendo e mostrando o porquê de ser considerado uma lenda da ficção científica.
Enquanto isso , no Through the Ages, Americano , inexplicavelmente, não conseguia adotar uma postura militar, até fazer outra revolução camponesa, mandando seus fazendeiros juntarem-se às forças aéreas no melhor estilo Independence Day seguindo a temática estadunidense e "Beatdown, Mané" que cerceia os jogos que o Americano participa.
Com a partida do Franklin e do González, eu e Victor, fomos jogar Race for the Galaxy , só para variar. Eu, fui aprender mais, pois sempre há algo de novo para se aprender com Vossa Majestade maratonista das galáxias. Acabei ganhando duas partidas, um com novelty/militar e a outra com novelty. Eu tô meio de saco cheio de good azul, mas vem na mão. É chato. Depois , o Victor deu uma aula de exploração mineral, já que é médico do trabalho da Vale do Rio Doce e teve uma vitória acachapante com goods marrons. É como diz a lenda: Victor com Mining League, a gente tenta não perder de muito.
Foi bonito ver a casa cheia de novo, galera jogando e fazer a estréia do Galactic Emperor. Semana que vem tem Wealth of Nations e Princes of Florence ;)
Até lá:
*Nota do Autor: O Ministério Lúdico adverte: Não misture Vodka Kamaroff, board games e escadarias de alta periculosidade. Cecília vulgo player roxo , também conhecida por sua compulsão por falar, outrora narradora de corridas de jóquei, 100 metros rasos ou 50 metros livres, protagonizou cenas antológicas na história do Calabouço como dormir ao lado da piscina e uma queda que foi imortalizada em fotografia. Além é claro, de quase derramar Vodka no Kingdoms e sempre falar que a bebida "tá fraquinha". Americano, outro grande apreciador de Kamaroff, não conseguia ficar sentado por mais de cinco minutos enquanto jogava Through the Ages para deleite do Bouzada.
Glossário: Twilight qualquer-jogo. Quando um jogo demora 3 ou 4x mais do que o escrito na caixa ou o que costuma demora, vira Twilight Cuba, Twilight Kingsburg e por aí vai...
"Filosofia Cadu de Jogar": Sempre que algum jogador fizer alguma jogada muito agressiva contra você, abandone seu plano de jogo e faça tudo para que ele seja eliminado, destroçado do jogo, de forma pífia e miserável.
"Jogada Universidade Carolina": Em um jogo de Through the Ages, que demorou 10h, O Victor fez uma jogada contra o dono da casa e anfitrião, Cadu que o tirou completamente do jogo, com apenas 1h de jogo para ganhar 3 pontos de vitória. (Dos 200 que ele fez). Destruindo a Universidade Carolina , fonte de ciência, essencial ao desenvolvimento do jogo e núcleo do plano de jogo do Cadu. Isso fez com que o Cadu NUNCA mais conseguisse se reerguer além de gerar o total espanto, incredulidade e cara de babaca deste reportér que vos fala. Depois disso, toda jogada muito destrutiva contra outro jogador é acompanhada da frase "Caramba, pior que destruir a Universidade Carolina". É claro que é irônico, pois nunca uma jogada será tão destrutiva quanto destruir a Universidade Carolina do anfitrião, camarada e parceiro de jogo, Cadu.
"Beatdown, Mané": Filosofia de jogo na qual você não está interessado em ganhar. Somente em:
1) Irritar o Cadu
2) Evoluir militarmente, não importa como nem porque.
3) Irritar mais ainda o Cadu
4) Ganhar inexplicavelmente no Through the Ages do Bouzada, a lenda viva do jogo.
5) Deixar o Cadu puto da vida e declarar que nunca mais jogaria com o Americano
sábado, 16 de agosto de 2008
Máquina do Tempo
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10 comentários:
Hahaha muito bom.
Alguns comentários:
1) Dofus é com F, não com PH. http://games.levelupgames.uol.com.br/dofus/
2) Estilista não. Alfaiate.
3) Fiquei super sem-graça com a jogada "Caroliniana" do Warny, acho que rolou um mal-estar na mesa na hora. Super desnecessário. :/
4) Acho que valia mencionar o conceito de "Guerra Fria" do Warny no Galactic Emperor: "Guerra Fria é quando você mete uma base na cara do teu inimigo". Como não tenho cara de Estados Unidos e acho que embargo econômico não é divertido, tive que espancar o Warny.
5) Sobre o San Juan, eu estava apenas mostrando que é um jogo muito bom para 2 jogadores, muito melhor do que com 4.
6) E sobre o Confrontation, é isso que dá quando as pessoas não querem ouvir detalhes sobre as peças do jogo. Ainda deixei ele voltar o movimento e ganhei da mesma forma.
7) Essa semana também tem "Glory to Rome". E quero ver todos na mesa falando "Glória a Roma!"
BTW: Aprende a usar tags, tá chato ter que ficar logando pra por as tags (logar no google aqui em casa requer um despacho na encruzilhada).
O que seriam tags?
Muito boa resenha... em minha defesa devo dizer que até tinha intenção de ir no Calabouço, mas depois de jogar o last night on earth resolvemos jogar uma "rapidinha" de Antike... Mas com nego "bouzando" o jogo demorou mais do que o esperado, terminando lá pras 2 da matina... e como rolou caronex, fui pra casa...
Mas quinta vou direto pra lá... vou até levar o Vikings, mas com tantas estreias programadas, acho que ele vai voltar virgem como foi... hehehehehehe...
Caramba! Está parecendo que o sou o sujeito mais "irritado" da jogatina...
Sobre a questão da Universidade de Carolina tenho a dizer que já é passado e o Victor não precisa temer o metajogo. Agora sinistro mesmo foi ele ter me chamado de pífio e miserável por cobrar $2 por garrafa da cachaça paraguaia que o Shamou gosta no Bootleggers.
Eu discordo Cadu, acho o metagame muito importante e dou força pra você sempre marcar o Victor!
Incrível como vcs sempre começam uma partida de Race quando eu vou embora!
E quanto a uma jogada destrutiva pior que a da Universidade de CAROLINA, eu já sofri no Twilight Imperium...Guilherme foi testemunha disso...
No próximo jogo de Stone Age, é a vez do André Felipe tomar ferramenta de 4 nas cabanas!! hehe
Bah cara foi pior não.
A do TI não foi uma única jogada, foram simplesmente 2 jogadores se unindo para te estraçalhar, achando que o jogo ia demorar 2 dias.
Calma Cadu, você sabe que 90% do que falamos aqui no blog é mentira. Não precisa me perseguir no próximo jogo por isso :)
Abraço!
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