Quinta feira, feriadão e tivemos um número razoável de pessoas no Calabouço. Notadamente, a presença do Pedro que costuma ir ao Castelo e conseguiu ir dessa vez (sem a namorada).A noite começou em alto nível com dois jogaços na mesa. Power Grid, uma
learning session orquestrada pelo Guilherme, um dos organizadores do Calabouço, o Pedro, a única pessoa que eu convidei do Castelo que realmente apareceu e o Diniz, ex-aluno meu que de vez em quando aparece lá para jogar. Na outra mesa, The Scepter of Zavandor, atualmente 3o lugar no meu ranking de jogos favoritos. Os jogadores eram Eu, Arthur, idealizador e dono do
Calabouço, Bouzada que atualmente só pensa em Through the Ages e Victor "Zavandor" que tem esse apelido por ser viciado em Zavandor e até pouco tempo dono de uma das únicas cópias aqui do RJ.
Zavandor é um jogo econômico com uma temática meio piegas. Somos aprendizes de mago buscando o tal do Cetro de Zavandor. Temática rala e inexistente, não dá muito o feeling de ser um aprendiz, principalmente pelo fato de boa parte do tempo você está calculando como receber seu troco honestamente (não há "um" de troco, então se vc paga 19 com 20 vc perdeu 1 pó mágico, a moeda do jogo.) Nesse jogo você desenvolve uma "engine" econômica através de pedras preciosas, Rubis, Safiras, Diamantes ou Esmeraldas. (Você começa com Opalas mas elas não proporcionam "engine" alguma). Além disso, você recebe um personagem dentre fada, elfo, kobold, mago, druida e bruxa. Cada um tem seu "caminho" de magia inicial e há também artefatos e sentinelas que são leiloados ao longo do jogo. Quando são leiloados cinco sentinelas, o jogo termina.
Fizemos um sorteio e eu acabei empacado com o Druida, de novo. O Druida é meio fraco pois ele é obrigado a jogar com Rubis. E é meio difícil jogar com ele sendo newba como eu (foi minha 2a partida). Vitor Zavandor jogou de Mago, profissão que ele diz não gostar em um jogo para 4 pessoas, Bouzada de Fada e Arthur de Elfo. Esse jogo foi interessante para mim pois a 1a
vez que eu joguei foi uma partida de mais de 6 horas, learning session e dessa vez os artefatos eram mais escassos e havia mais disputas por eles. Bouzada começou com uma estratégia de Safira e mudou para Diamante. Arthur ficou sempre na Esmeralda, eu empacado nos Rubis e Vitor nos diamantes. O jogo era constantemente interrompido pelas dublagens do Kiko, feita pelo
Guilherme na mesa ao lado com a frase "Ai que burrico, dá zero pra ele" sempre que alguém não conseguia pegar seu troco de forma correta.
O artefato crucial é a Máscara de Carisma que reduz o preço dos Sentinelas em 20, principal condição de vitória do jogo. Bouzada comprou uma e Vitor a outra. Arthur, famoso por propagar o caos no jogo, comprou dois artefatos que destróem gemas dos oponentes. Como eu estava jogando de Rubi, comprei opalas para me defender. O jogo foi se desenrolando e no final, graças
ao caos propagado pelo Arthur, a estratégia do Vitor de comprar duas sentinelas foi inviabilizada e na última rodada eu estava empatado com o Arthur em primeiro, Vitor em último e o Bouzada fazendo conta para ver se tinha como ganhar. Acabou vencendo a mim e ao Arthur por um único ponto de vitória. Foi um jogo super equilibrado e bem mais rápido do que eu esperava,
cerca de três horas.
Nesse meio tempo, a partida de Power Grid já tinha acabado, com vitória esmagadora do Guilherme e eles tinham começado uma partida de Cartel, jogo lançado pela Grow no Brasil e que no exterior se chama Acquire. É um jogo de compra e venda de ações que eu tenho muito interesse em jogar e só não comprei pois os preços das edições (out of print) estavam abusivos. Ao time inicial do Power Grid acrescenta-se Carlos, figurinha certa no Calabouço, André, gerente financeiro do Calabouço e Renato, grande jogador de Pokemón.
Acabada a partida de Zavandor, Arthur foi cuidar da gigantesca leva de salgados e o Cartel estava terminando. Eu e Vitor confabulávamos sobre o que jogar a seguir enquanto Bouzada sugeria, pela enésima vez, uma partida Advanced de Through the Ages. O Cartel acabou de novo com a vitória de Guilherme, apertada sobre Renato. Diniz, Pedro e Carlos estavam indo embora.
Renato e André foram lá para baixo prosear. Os sobreviventes a essa altura, cerca de meia-noite eram eu , Guilherme, Vitor e Bouzada. Depois de muita discussão concordamos em jogar Midgard, Kingsburg e por fim, Attribute (a pedidos incansáveis do Guilherme).
Fizemos a Learning Session do Midgard, Bouzada explicando e ressaltando que tinha lido as regras e achado o jogo páia. O jogo mistura controle de área com draft e é extremamente simples. Demorou cerca de 1h30 com a explicação e acabou com uma vitória magra minha sobre o Bouzada graças a uma jogada minha fruto do meu inexorável D.D.A. Passei uma carta ótima
que tinha guardado desde a 1a rodada para o Guilherme na hora do último draft e acabei perdendo-a. Guilherme encerrou seu winning streak com a lanterna.
Logo em seguida jogamos Kingsburg sendo que o Bouzada e eu já tinhamos jogado uma vez e o Vitor duas. Bouzada explicou para o Guilherme e depois começamos. Kingsburg , atualmente, é o meu jogo favorito na categoria "Lightweight". Há, sem dúvida, um fator sorte muito forte mas relativamente contornável pelas buildings. Fora o Risk Control pois o jogo se passa nas 4
estações do ano, sendo que no Inverno somos atacados por algum bicho , normalmente um Goblin ou Zumbi. Devemos influenciar conselheiros em troca de recursos, pontos de vitória ou força militar. Fora que o jogo é visualmente espetacular.
Começou o jogo e começamos a ver os "que que isso" famosos do Bouzada após seus low rolls nos dados. Foi um jogo marcado por uma inexplicável perseguição do Guilherme à minha pessoa (há muita interação, pois um conselheiro já influenciado, salvo rara exceção, não pode ser influenciado por outro jogador). Como você usa seus dados para alocar dos números 1-18, normalmente o Guilherme alocava de forma a não deixar eu alocar, independente de isso ser bom ou ruim para ele. Eu joguei mais na defensiva fazendo muitas construções militares, o Vitor fez isso também, até melhor do que eu em certo ponto do jogo, pois eu , ao invés de me manter na estratégia fui buscar pontos de vitória extras. Por conta disso, acabei perdendo a 4a batalha e preciosos pontos de vitória.
No final, Bouzada em primeiro, um ponto na minha frente e Vitor um ponto atrás de mim. Já eram 4 da manhã e Bouzada, homem-carona viu que seria tarde para jogar o Attribute. E essa foi a noitada de 5a feira, muito produtiva, aprendi um jogo novo e joguei dois favoritaços meus. Abraços e até a próxima!
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Session Report 1 de Maio
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Um comentário:
Bem legal o repport, andré! Só vale uma retificação. Mesmo quando comprei, eu nunca possuí o único exemplar do Scepter of Zavandor :)
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