Depois de muito falarem, reclamarem, compararem, eu finalmente consegui jogar o Agricola. Em uma operação terrorista de alta categoria, o Cacá sequestrou o Agricola do Camilo em plena 3a feira e, em um vídeo agressivo, prometeu fatiar o jogo se a gente não jogasse até 5a feira (que foi o dia do Calabouço). Como não se discute com sequestradores de jogos que passaram o Puerto Rico no top1 do BGG, decidimos jogar.
Eu , como eurogamer de carteirinha, tinha certeza que iria gostar do jogo. O problema é que, além de ser muito disperso, estava rolando uma partida de Kingsburg do meu lado. E eu adoro dar pitacos, logicamente. Ainda mais quando Carlão "Kingsburg's King" estava jogando. Peguei a explicação relativamente bem. Depois de digerir Antiquity e Roads n' Boats, o Agricola não foi tão pesado. O grande mal é que eu não percebi que qualquer coisa que você tivesse "zero" (gado, javali e afins) faria com que se perdesse um ponto. Outra grande consequência negativa pra mim foi supervalorizar os minor improvements. Absorver as regras, traçar planos, estar jogando O Agricola, ser o único novato e aprender novas estratégias de Kingsburg com o Carlão na mesa ao lado é muita coisa pra minha cabeça e pra minha falta de atenção.
Logo que o jogo começou, eu percebi a infinita rejogabilidade que o jogo proporciona e como você fica sobrecarregado com a quantidade absurda de opções logo de cara. Não sei pq, mas eu tive um pouco da velha sensação do Harvest Moon quando estava jogando. Aquele clima de "fazendinha". Até é claro, chegar a hora de alimentar o povo e perceber que ia ter que rolar um esquema de sopão pra família.
Ainda na linha européia, classe média, quis ter só um filho, pouca barriga pra alimentar e uma casa melhor (de pedra). Não adiantou bulhufas. Minha fazenda que acabou virando um complexo latifundiário e com um mega pasto de ovelhas provou-se ineficiente. Agricola na verdade é um jogo que privilegia a reforma agrária, cultura de subsistência e todas aquelas coisas antigas que deveriam ter sido abolidas mas não foram. Resultado, Bouzada ganhou com folgas na sua fazenda old school. O Cacá que exercitou suas teorias islâmicas queimando as ovelhas no marmóre do inferno (coitadas) acabou com o vice. O André Amiúne que era o padeiro da galera acabou em 3º e eu, capitalista selvagem agressivo amarguei a última posição.
Nesse interim , O Camilo ensinou o Dog pra galera. Eu apelidei ele de "Ludo on steroids" pq ele é basicamente isso. Um Ludo que substituiu os dados por cartas. E deu um aspecto muito mais estratégico ao jogo. Longe de ser um jogaço, completo e afins mas muito interessante, de qualquer forma. O Guilherme enquanto isso, armou uma mesa de Gold Braun , do Carlão para que ele pudesse estreá-lo e depois jogou algumas partidas do seu novíssimo e alemão Saint Petersburg.
Quando o Agricola acabou, ficou aquela sensação de "quero jogar de novo pra fazer menos cagadas", mas como sou sempre pró-variedade, separamos duas mesas. O Cacá, Bouzada e Americano foram jogar o La Cittá, o Guilherme continuava o massacre do Saint Petersburg contra os pobres desavisados que não tinham jogado ainda e eu, Camilo, Zé e André Amiúne fomos jogar o Tribune.
Apesar da opinião negativa de muita gente no BGG e na BG-BR, a galera do Calabouço/Castelo ficou encantada com o jogo. Muitos, inclusive, preferem ele ao Stone Age. Eu tô no meio. Depois de muitas partidas de Stone Age no BSW e ao vivo, acabei achando um pouco decisivo a ordem que determinadas cartas saem (como o 2x meeple com madeira, 3x cabana e afins). O Tribune, por outro lado, por ter várias cartas de objetivo e diferente número de jeitos de alcançar a vitória acabou me agradando mais. Fora que é um jogo belíssimo com o selo de qualidade da Fantasy Flight. O Camilo, conhecido como Deputado Camilo Sujeira, no interim da política , influenciou os senadores logo de cara. Com a ausência do Cacá para sacrificar as virgens, coube ao Zé essa difícil tarefa de tirar a pureza das virgens tão virgens quanto a Britney Spears nos tempos de Rock in Rio (quando ainda era no Rio mesmo). Eu fiquei meio perdido, pegamos uma carta que o Tribune era objetivo obrigatório e foi um jogo bem longo (demorou mais que o La Cittá). No final das contas, vira do Camilo que subornou os senadores até não poder mais e acabou abrindo uma boa vantagem em relação ao resto do pessoal. O André Amiúne fechou na mesma rodada que ele mas perdeu nos pontos.
Calabouço de casa cheia, croissant de chocolate e finalmente, uma partida de Agricola. Quero jogar novamente, pra não fazer tão feio dessa vez. Com as mãos abanando e péssimas atuações, o Calabouço serviu para desfazer esse título de mosca morta que tenho , já que não ganhei jogo algum, comprovando assim que sou apenas um casual gamer sem nenhum poder competitivo frente às lendas do cenário lúdico carioca.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Agricola, At last!
domingo, 21 de setembro de 2008
Session Report 18/9: Sessão Coca-Zero
Um frio desgraçado aqui no RJ (Cerca de 20ºC é quase congelante por aqui) e a galera acabou preferindo ficar em casa.
Para os bravos veteranos que toparam o desafio (Eu, Bouzada, Cacá, Franklin, André Amiúne, Americano, Zé e Fernando) acabou sendo uma noite agradável que só rolaram jogos que eu gosto.
Começamos estreando o Tribune que eu tinha me comprometido a ler as regras e acho que não rolou nenhuma Rogério Edition. Para uma varrida completa sobre o jogo entrem no blog do Cacá:
eaitemjogo.blogspot.com
Sempre que ele ganha um jogo, ele faz um super detalhado report do jogo. E ele, Bouzada e André Amiúne acharam o jogo melhor que o Stone Age. Eu ainda quero jogar mais partidas para dizer meu preferido mas o Tribune encaixa-se na categoria de jogo lightweight que termina em, no máximo 1h30. Eu tô numa fase de jogos mais leves e o Tribune encaixa-se perfeitamente na categoria. Foi uma partida muito boa mas o Cacá, seguindo seus preceitos islâmicos , foi na direção das 98 virgens do Alcorão (apelidadas no jogo de Vestal Virgins) e acabou se dando bem fechando o jogo antes do Bouzada conseguir.
Depois jogamos El Grande que apesar das conotações homossexuais e do Cacá guardar a peça que representa o rei (e que deu origem ao El Grande) muito bem lacrado e esterilizado por razões que preferimos não perguntar, é um jogaço.
Considero ele o pai do controle de área. Regras extremamente simples e inúmeras decisões ao longo do jogo. Altamente recomendado. O jogo todo foi dominado pelo Franklin e o Bouzada com o André Amiúne fazendo frente mas sendo severamente punido por jogadas dos outros. Eu e Cacá ficamos disputando a última posição o jogo todo mas acabei fugindo da degola na última pontuação e até esboçei uma tardia reação....
Finalmente, jogamos o Notre Dame que a maioria da galera aqui no RJ não gosta e eu devo ser o único que acha ele mais gostoso de jogar que o In the Year (apesar de assumir que o design deste é muito melhor). Eu acredito muito na learning curve no Notre Dame. Bouzada que tem infinitas partidas no BSW e jogou até na Ludus , mostrando a força lúdica Carioca na terra da garoa ficou sempre na frente (apesar de falar que eu que tava ganhando). O Cacá fez uma estratégia da carruagem mas faltou parque pra acompanhar o ritmo. O Franklin arrojou com dois parques na 1a rodada mas sofreu muito com a praga.
No final das contas, acabei empatando (sabe-se lá como) com o Bouzada e ele ganhou no desempate( grana).
Na mesa do lado, Americano, Zé e Fernando jogaram Thebes e Stone Age enquanto nós jogávamos. Um dia de jogos lights , bons e que são apelidados pelo Bouzada de "meia-boca" :)
para um session report melhor, mais bonito e mais elaborado:
eaitemjogo.blogspot.com
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Calabouço do Mal: Saci, Velho do Rio, Troll, Bouzada, Victor, Cacá...
Calabouço do Pica-Pau Amarelo
Quando cheguei ao Calabouço esperava encontrar o Saci e o Velho do Rio, amigos que o Cacá disse que levaria nesta última quinta-feira. Os amigos do Cacá não compareceram, mas quem precisa do Saci quando temos os mitológicos: Major Bouzada Ronque Fuça, o pífio Victor Zavandor, o mestre do cinismo André Fel, o dissimulado Carlos Power Grid, o palestino Cacá, a dupla sertaneja Nobre e Rodrigo RPG, e o propagador do caos Artur.
Cave Tróia?
Cacá, Bouzada e Fel jogavam Airships, um jogo diferente sobre construção de Zepellins, enquanto Nobre, Victor e Rodrigo RPG jogavam Stone Age.
Cadu, Artur e Renato foram jogar Cave Troll com a ilustre presença do Carlos. Terminada a partida o Carlos dá uma declaração bombástica:
- Gostei muito deste “Cave Tróia” (hummm??!!!). Mas só fui entender no final quando joguei a carta do “Brave Troll” (hummmm??!!!).
Uma intrigante mistura de Tróia com Brave Heart para quem gosta de cinema.
Interessante ressaltar que o Artur estava cantando a pedra: “Quem vai ser o porco que vai jogar o Troll no Cadu”? O Carlos estava com a carta do Troll desde o início, mas foi a última carta que ele usou no jogo, e ainda jogou no Artur. Deve ter sido uma represália por causa da Fanta Laranja que é servida no Calabouço.
Fora que este negócio de jogar o Troll no Cadu, além do duplo sentido, é algo totalmente dispensável.
Stone Age à caráter
Mesa de Stone Age para Victor, Cadu, Nobre e Rodrigo RPG. Enquanto isso Fel dizia que não tinha nenhuma chance de vitória na partida de Kronos que acabara de começar.
No Stone Age, jogo muito bonito e cheio de “triplo sentido”, o Victor era o provável vencedor já que os outros três jogadores eram novatos, apesar de para o Nobre e o Rodrigo já constar uma partida no currículo. A princípio pensei que o Rodrigo RPG estava fantasiado à caráter para jogar Stone Age, mas só depois foi que percebi que a barba e o cabelo faziam parte de um novo visual “clean” para um épico RPG que vai começar daqui a três meses e meio...
Cabe ressaltar que nesta partida o resultado foi uma robusta zebra e os novatos venceram com Cadu em primeiro e o pífio e miserável Victor em último...
Enquanto isso no Kronos o Fel choramingava como um crocodilo repetindo exaustivamente que já não tinha mais chances de vitória...
Galaxy Trucker e Kronos
Visivelmente abalado com a derrota no Stone Age, o Victor sugere uma partida de Galaxy Trucker. Novamente estavam lá Cadu, Nobre e Rodrigo “Rock Pedra” para desafiar o Darth Victor Vader.
Enquanto isso o Major Bouzada Ronque Fuça concede 23 minutos para o Fel pensar numa jogada vencedora no Kronos. Aquela mesma partida em que o Fel disse que não tinha mais chances.
Enquanto o Fel utilizava todos os seus 23 minutos, Cadu, Nobre e o dublê de Flinstones Rodrigo, montavam as suas naves para derrubar novamente o Victor. Desta vez não deu certo pois o pífio e miserável Victor implantou algum dispositivo nos dados que deixou os meteoros tele-guiados. Cadu estava sem paciência para montar suas naves e na segunda viagem montou um verdadeiro lixo espacial que ninguém sabe como chegou ao final. Destaque também para a nave do Nobre que estava com um monte de pedaços pendurados devido aos meteoros dopados do Victor. E o Zavandor venceu a partida com uma diferença de 3 pontos para o Cadu e assim voltou a sorrir sarcasticamente. Já o Fel venceu no Kronos após os fatídicos 23 minutos e confirmou a sua fama de mosca morta.
In the Year of the Dragon
Bouzada, Fel e Cacá se aventuram na China antiga na tentativa de sobreviver ao ano do Dragão. Já até escrevi sobre uma partida deste jogo o qual acho excelente.
Para quem não sabe, e eu também não sei, o ano do dragão deve ter sido uma tremenda furada para a turma do olho puxado. Só acontece desgraça nesta jonça de ano do dragão. Fome, peste, invasões, imperador sádico e corrupto, e por aí vai. Tudo leva a crer que este é o jogo perfeito para o Cacá exercer suas habilidades terroristas. Para isso ele preparou o seu kit palestino com táticas especiais para situações extremamente adversas. E como o livro sagrado do Cacá diz que arroz, mulher e imperadores corruptos não são permitidos, então não teve arroz para os cubras valentes, gueixas nem pensar e o acerto de contas com o imperador foi pras cucuias... Lógico que tudo isso resultou em muitas mortes, mas nada que o Cacá já não esteja acostumado desde pequeno.
Já o Major Bouzada Ronque Fuça, impressionado com as belas chinesas, investiu pesado em bordéis contratando tudo quanto era gueixa que encontrava pelo caminho. Não deu certo porque as vagabundas (como diz o Guilherme), sugaram todo o dinheiro do Major que acabou sem grana, sem iniciativa, sem palácios e com poucos privilégios no final.
Já o André Felipe Mosca Morta Dissimulada, que não curte tanto o jogo, manteve uma boa estrutura de trabalhadores e conseguiu uma vantagem considerável que ele só viria a admitir na penúltima rodada com a seguinte observação: “É, acho que vou ganhar”.
Rá
Depois de se dar mal na China, nossos heróis resolvem explorar os mistérios religiosos do Egito em uma partida de Rá com cinco jogadores: Fel, Cacá, Victor, Bouzada e Cadu.
O tal de Rá deve ter ficado muito p@#$@# com o Victor de tanto que foi invocado. Cadu investiu no Nilo e ficou com vários tiles do referido rio que não serviram de p#$%#$ nenhuma. Bouzada, que cansou de colecionar gueixas, resolveu colecionar faraós (humm... nossa!!!). Cacá fez sua coleção também, mas foi de monumentos para transformar tudo em ruínas depois. Fel não sabia o que estava fazendo e quase ganhou o jogo.
Cabe ressaltar que não tinha a pedra de leilão com valor 12, então foi usada uma pedra azul transparente, se não estou enganado, do “Conquest of the Fallen Lands”. Mais uma das muitas heresias cometidas contra o Rá.
Eram 05:00h e o Cacá estava apavorado com a reação da Patroa. E olha que ver o Cacá apavorado com alguma coisa é um fato raríssimo. O jogo terminou com vitória do Victor e com o Bouzada em último provando que o problema não estava com as gueixas.
Trabalhar é preciso...
Quase 06:00h de uma sexta-feira que não era feriado no RJ. Como se diz por estas bandas... vida ruim.
[]s,
Cadu.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Zépelin viajando no tempo com Vikings pescadores.
Nota do Autor:
Ficou acordado que o session reporter desse Calabouço seria o Cadu. No entanto, por sugestão do nosso blogger terrorista Cacá dono do blog:
eaitemjogo.blogspot.com
Decidimos fazer uma visão tripartida do Calabouço. Em breve, o report muito melhor e mais divertido do Cadu será postado aqui. Enquanto isso, meu parecer sobre o Calabouço (até por ter sido um pouco mais longo do que o dos outros dois).
Participantes: Wykthor Zavandor, Warny das Ferramentas, Bouzada Major Ronque Fuça, Cacá "Homem-Bomba" Grayrock, Cadu "pífio e miserável" (inserior sobrenome), André CRUZ, Carlos "Mito do Khronos" Carlão, Zé das Olimpíadas, Renato , o Gerente camarada, Arthur "The Chaos" Radyzyk, Nobre Rabugento, Rodrigo Ben Linnus e eu. (Acho que esqueci alguém mas beleza).
Furão-Mor: André Jiu-Jitsu. Duas semanas consecutivas sem aparecer. Dizem as más línguas que foi dragado para o mundo mágico do MMORPG
Furões: Guilherme (fazendo vestido de noiva no Dophus), Filipe Diniz que falhou em não levar o Agrícola a tempo.
Jogos da Noite (em ordem de complexidade DECRESCENTE na escala Merina, ou seja, do mais para o menos complexo ou impossível de se jogar): Escalation x 7, Amazing Flea Circus x 2, Cave Troll x2, Settlers of Catan x2, Kingsburg x 1, Stone Age x3, Rá x 1, Caylus Magna Carta x1, Notre Dame x1, Airships x1, Vikings x1, Galaxy Trucker x 1, In the Year of the Dragon x2, Khronos x1.
Props da Noite:
-O Warny admitindo que continua pegando e gostando da ferramenta.
-A presença do Cadu que garantiu vários pífios e miseráveis.
-A presença do Cacá depois de 20 ausências consecutivas em função da sua afiliação islâmico-terrorista.
-Carlos "Lenda do Kinsgburg" Carlão que não ganhou mas deu uma aula de como usar o En(Viado) no mesmo.
-A galera ter dado chance e jogado 4 "novidades": Cave Troll, Airships, Vikings e o Khronos.
-O Croissant de Chocolate que precisa de lobby para continuar saindo em larga escala.
-O histórico empate quádruplo na pulga, com 15 pontos para os 4 jogadores, promovido, obviamente pelo Arthur
-O Nobre que finalmente ganhou um jogo.
Slops da Noite:
-Terem rolado duas partidas de Race, 3 de Stone Age e 1 de Kingsburg e eu não estar em nenhuma dessas mesas
-O Renato ter ganho dois jogos do Arthur no tapetão (Kingsburg e Caylus Magna Carta)
-A quantidade de vices acachapante que eu tive, desfazendo o INJUSTO título de mosca morta conferido à minha pessoa.
-Eu não ter prestado atenção na explicação do Khronos e demorar 20 minutos em uma única jogada, a exemplo do Bouzada.
-Vitor, o professor e lenda viva do Stone Age deixando seus oponentes ganharem ao invés de adotar a filosofia Camilo de "Quem refresca cu de pato é lagoa".
A noite começou bem. Devido a recentes fenômenos de inexplicável origem Merina, a galera tem chegado pontualmente às 19h lá. (vício é foda). Foram armadas duas mesas, logo de cara:
Airships com eu, Cacá, Bouzada e André Amiúne, digo Cruz e a outra com Wykthor Zavandor, Warny e Arthur de In the Year of the Dragon.
O Airships é um jogo "de promessa". Não só pelo autor mas pelos diversos caminhos e nuances que pode tomar. É bem propenso ao "que que isso" do Bouzada já que tem muita rolagem de dados mas são bem contornáveis com cartas de modificadores e afins. A arte é bem bonita, como se espera de um jogo da Queen Games e o mais importante, não demora. Apesar das várias "Cacá's Editions" (esse que precisa ter aulas de como explicar um jogo com Wykthor Zavandor, o mais minucioso dos explicadores de jogos, reza a lenda que ele leva, no mínimo, 120 minutos para explicar BANG! para alguém) o jogo fluiu bem. Eu que estava jogando muito mal, sem planejamento algum, no final do jogo me vi em uma situação chata. Minha melhor jogada acabaria com o jogo e garantiria a vitória do Bouzada. As outras manobras possíveis eram bem idiotas e inúteis. Em nome de um vice sem glória, apesar de temer represálias em forma de guerra santa do Cacá, decidi fechar a conta e manchar meu currículo com um belo Kingmaking!
Enquanto rolou o Airships, o Wykthor deu uma aula de In the Year e ganhou do Warny e do Arthur em um jogo bem disputado. Só não foi mais disputado , pois com o Wykthor a gente não disputa, assiste e aprende. E lá no final, Cadu se degladiava com os Trolls insanos no Cave Troll na companhia do Renato, Arthur e Carlão.
Depois do Airships, muita insistência do Bouzada para jogar algo "light" tipo Die Macher ou um TI3 para 8 jogadores. Adotando a linha dos "novos jogos", da minha insistência e das ameaças profanas do Cacá, Bouzada acabou concordando em jogar Khronos. O mais notável do jogo, sem dúvida é tentar precisar a quantidade de entorpecentes e alucinógenos é necessária para criar um jogo desse tipo. As regras são cheias de minúcias e o jogo não é muito intuitivo. E , por incrível que pareça, o Bouzada comprou o jogo por causa do tema. A primeira coisa que você nota é que tudo é muito bonito. O tile, os tabuleiros, os marcadores, tudo com a assinatura de qualidade da Rio Grande. A explicação demorou um pouco e depois de ser alertado sobre uma possível semelhança com T&E, Cacá ficou um pouco assustado mas decidiu dar uma chance. Como no post do Cacá, sem dúvida a grande sacada do jogo é que um prédio construído na parte da era I do tabuleiro é replicada na era II e aparece em ruínas na era III. Isso dá margem para muita cubriagem, controle de área e outras coisas divertidas. Apesar de ser um jogo longe de ser light, as cartas que você compra influenciam fortemente o resultado das suas jogadas. Argumenta-se que é possível trocar sua mão, uma vez, para reduzir a sorte, mas isso custa 2 de grana. Como eu ganhei por um de grana, muito suado por sinal e o Cacá ficou imediatamente atrás, esses dois fazem uma diferença absurda e devem ser sabiamente usados. É um jogo muito bonito, não é daqueles que se jogaria toda semana mas com certeza é um belíssimo passatempo e acima de tudo, em tempos de cópias, um jogo super original em vários aspectos é sempre muito bem-vindo. A minha última jogada foi atípica. André Cruz e Bouzada disseram que havia duas formas de eu ganhar. Como eu estava distraído com a partida de Stone Age do meu lado esqueci de uma regra fundamental: Quando você coloca um prédio ganha um de grana. E foi esse "um" que resolveu o mistério e desfez o que seria um empate sem graça. Vale ressaltar que a minha vitória é toda creditada ao Carlão que me deu uma dica fundamental para minha vitória. Ele, sendo autoridade no jogo e que, na 1a vez que jogou, acabou sendo injustiçado com um empate com o Bouzada, teve sua vingança garantia com minha vitória que é mais dele do que minha. E que o jogo é espetacular, uma agradável surpresa.
Enquanto isso, no Stone Age que rolou com o casal Rodrigo e Nobre, o Warny ganhou pegando as ferramentas de tudo que foi jeito enquanto o Wykthor só assistia seus pupilos para analisar suas jogadas. O Warny, satisfeito com sua performance homossexual, decidiu partir. O Cadu ganhou o Cave Troll na learning session que fez e foi conhecer o Stone Age.
Na 3a mesa, com a chegada do Zé, uma partida super equilibrada de Kingsburg com direito à ida do Renato ao Rei na 2a estação do primeiro ano. Destaque para o Carlão que ensinou como tratar um en(viado) com carinho e funcionalmente. O jogo, antes do último inverno, estava virtualmente empatado. Arthur e Renato empataram ao término e depois da discussão de autoridades em regras e checagem do manual, Renato ganhou no tapetão por ter mais goods.
Com a partida do Carlão, rolou um Caylus Magna Carta e , de novo, Renato usou sua influência na caixa econômica para arrancar a vitória do Arthur aos 45 do segundo tempo. Uma atitude bem anti-lúdica no cenário do Calabouço.
O Khronos deu lugar ao Vikings, outro jogo novo do Cacá que ele queria estrear depois de ter lido as regras. Se você quer saber mais sobre a mecânica, dá uma olhada no blog. Tem uma roda bem legal que , como frisou o Wykthor "é igual Jogo da Vida". Eu fiquei impressionado com a ótima relação custo-benefício do jogo. Apesar de ter uma boa dose de sorte com o sorteio dos meeples, é possível planejar maior ilha, fechar ilhas e tudo mais. Eu, como tenho feito muita starvation no Stone Age, troquei as bolas, deixei meus cubras morrrerem de fome e perdi por 3 pontos para o Bouzada que se sagrou pescador Viking e vencedor do jogo.
O André Cruz foi embora depois do Vikings e , meio a contragosto, fui jogar o In the Year of the Dragon. Acho o jogo uma obra-prima de design, muito bem amarrado, com excelente rejogabilidade, no entanto, ele é muito tenso o tempo todo e a gente sempre joga (e perde) com o Wykthor. Aceitei jogar , pois seria um pouco menos injusto jogar sem ele, em tese ficaria mais equilibrado, apesar do Bouzada ser conhecido e temido no Mabiweb jogando 3 partidas ao mesmo tempo. O Cacá , acostumado à doutrina do auto-sacríficio, auto-flagelo e explodir tudo em nome de Alá, acabou deixando sua galera passar fome durante a seca. O Bouzada quis arrojar, com uma Cortesã no primeiro turno, alguns privilégios pequenos e vários palácios. Como ele ficou para trás no people track, foi cortado no arroz e sua população sofreu muito com a seca. E isso nem no Mabiweb eles ensinam. E para sair de uma situação dessa, só Wykthor, criador do calendário do Dragão (que , diga-se de passagem jamais se encontraria em situação parecida). Eu fiz a estratégia do "tudo que seu mestre mandar". Primeiro lugar no people track, privilégio duplo na primeira rodada e um jogo mais conservador, sem a cortesã. Acabei ganhando os pontos do festival de fogos de artifício e uns pontinhos extras com o scholar que me asseguraram a vitória. Mas como eu havia dito, acho que o jogo com 3 jogadores perde bastante, pois com 3 pilhas de ações, fica muito mais sujeito à sorte e a disposição randômica dos tiles.
Para surpresa geral, Cadu pancou no Stone Age e acabou agradecendo ao Wykthor por ter feito um jogo menos agressivo para favorecer os adversários. Ainda rolou uma partida de Galaxy Trucker em que o Wykthor, a lenda quando se trata de jogos em sci-fi , venceu, apertado o Cadu.
Ainda rolou uma 2a partida de Cave Troll entre Arthur, Nobre e Rodrigo (Vitória inesperada do Nobre) enquanto eu, Wykthor, Bouzada, Cadu e Cacá jogamos Rá. Rá é outro jogo que eu tô meio saturado mas em nome do horário e da rapidez do jogo, acabamos jogando e foi até bem divertido. É legal torcer para que saiam tiles de Rá quando você não pode mais biddar. E o timing de entrar em um leilão também é ótimo. O Wykthor, no último ano, fez uma jogada conservadora e que lhe valeu o jogo, só tinha mais um tile de Rá para sair e temendo que fosse acontecer logo, pegou um bom pacote de 4 pontos, justamente a vantagem sobre mim e o Cacá. Não deu outra, imediatamente depois, ao som do "Que que isso", saiu o tile, Wykthor ganhou e eu e o Cacá
empatamos em 2º lugar.
A maior parte da galera foi embora, sobrevivemos eu, Rodrigo, Nobre e Arthur e rolaram, nessa ordem: Settlers of Catan, Escalation, Escalation, Notre Dame, Pulga, Pulga, Catan.
-O 1º Catan , seguindo os ensinamentos de Cacá das Árabias e Camilo sujeira, consegui boas alocações e venci com Longest Road e Largest Army.
-Escalation 1 foi marcado pelas discussões sobre como adotar o "do grego strategia" em um party game idiota e randômico :). Acabei ganhando a primeira bateria, relembrando os tempos de Felphs do calabouço passado.
-Escalation 2 foi marcado pela total incompetência do Nobre de fazer o Arthur levar alguma coisa e o mesmo acabou ganhando a 2a bateria.
-Notre Dame teve um excelente uso da residência + parque pelo Rodrigo e a costumeira e implacável perseguição aos ratos pelo Arthur. Eu me atrapalhei todo, fiz um pouco de carruagem, perdi algumas idas à Notre Dame e nem todos os cubos do mundo me ajudaram. Highlight do jogo foi a benevolência do Nobre, que em um gesto muito nobre cedeu 18 pontos para o Arthur na última rodada. Ainda assim, uma pontuação bem alta e vitória do Rodrigo com 70+ pontos contra 68 do Arthur.
-Pulga 01 foi histórica com um empate quádruplo em 15 pontos para cada jogador. Pulga 02 o Nobre , cambista pegou todos os tickets e ganhou fácil.
-Para fechar, a 2a partida de Catan, com todo mundo lesado, eu mal posicionado no tabuleiro e Arthur e Rodrigo fazendo a festa. Eu, fiz a estratégia americana belicosa dos Knights mas não foi o bastante. Vitória do Rodrigo.
Semana que vem tem mais e aguardem o report do Cadu!