terça-feira, 30 de setembro de 2008

Agricola, At last!

Depois de muito falarem, reclamarem, compararem, eu finalmente consegui jogar o Agricola. Em uma operação terrorista de alta categoria, o Cacá sequestrou o Agricola do Camilo em plena 3a feira e, em um vídeo agressivo, prometeu fatiar o jogo se a gente não jogasse até 5a feira (que foi o dia do Calabouço). Como não se discute com sequestradores de jogos que passaram o Puerto Rico no top1 do BGG, decidimos jogar.
Eu , como eurogamer de carteirinha, tinha certeza que iria gostar do jogo. O problema é que, além de ser muito disperso, estava rolando uma partida de Kingsburg do meu lado. E eu adoro dar pitacos, logicamente. Ainda mais quando Carlão "Kingsburg's King" estava jogando. Peguei a explicação relativamente bem. Depois de digerir Antiquity e Roads n' Boats, o Agricola não foi tão pesado. O grande mal é que eu não percebi que qualquer coisa que você tivesse "zero" (gado, javali e afins) faria com que se perdesse um ponto. Outra grande consequência negativa pra mim foi supervalorizar os minor improvements. Absorver as regras, traçar planos, estar jogando O Agricola, ser o único novato e aprender novas estratégias de Kingsburg com o Carlão na mesa ao lado é muita coisa pra minha cabeça e pra minha falta de atenção.
Logo que o jogo começou, eu percebi a infinita rejogabilidade que o jogo proporciona e como você fica sobrecarregado com a quantidade absurda de opções logo de cara. Não sei pq, mas eu tive um pouco da velha sensação do Harvest Moon quando estava jogando. Aquele clima de "fazendinha". Até é claro, chegar a hora de alimentar o povo e perceber que ia ter que rolar um esquema de sopão pra família.
Ainda na linha européia, classe média, quis ter só um filho, pouca barriga pra alimentar e uma casa melhor (de pedra). Não adiantou bulhufas. Minha fazenda que acabou virando um complexo latifundiário e com um mega pasto de ovelhas provou-se ineficiente. Agricola na verdade é um jogo que privilegia a reforma agrária, cultura de subsistência e todas aquelas coisas antigas que deveriam ter sido abolidas mas não foram. Resultado, Bouzada ganhou com folgas na sua fazenda old school. O Cacá que exercitou suas teorias islâmicas queimando as ovelhas no marmóre do inferno (coitadas) acabou com o vice. O André Amiúne que era o padeiro da galera acabou em 3º e eu, capitalista selvagem agressivo amarguei a última posição.
Nesse interim , O Camilo ensinou o Dog pra galera. Eu apelidei ele de "Ludo on steroids" pq ele é basicamente isso. Um Ludo que substituiu os dados por cartas. E deu um aspecto muito mais estratégico ao jogo. Longe de ser um jogaço, completo e afins mas muito interessante, de qualquer forma. O Guilherme enquanto isso, armou uma mesa de Gold Braun , do Carlão para que ele pudesse estreá-lo e depois jogou algumas partidas do seu novíssimo e alemão Saint Petersburg.
Quando o Agricola acabou, ficou aquela sensação de "quero jogar de novo pra fazer menos cagadas", mas como sou sempre pró-variedade, separamos duas mesas. O Cacá, Bouzada e Americano foram jogar o La Cittá, o Guilherme continuava o massacre do Saint Petersburg contra os pobres desavisados que não tinham jogado ainda e eu, Camilo, Zé e André Amiúne fomos jogar o Tribune.
Apesar da opinião negativa de muita gente no BGG e na BG-BR, a galera do Calabouço/Castelo ficou encantada com o jogo. Muitos, inclusive, preferem ele ao Stone Age. Eu tô no meio. Depois de muitas partidas de Stone Age no BSW e ao vivo, acabei achando um pouco decisivo a ordem que determinadas cartas saem (como o 2x meeple com madeira, 3x cabana e afins). O Tribune, por outro lado, por ter várias cartas de objetivo e diferente número de jeitos de alcançar a vitória acabou me agradando mais. Fora que é um jogo belíssimo com o selo de qualidade da Fantasy Flight. O Camilo, conhecido como Deputado Camilo Sujeira, no interim da política , influenciou os senadores logo de cara. Com a ausência do Cacá para sacrificar as virgens, coube ao Zé essa difícil tarefa de tirar a pureza das virgens tão virgens quanto a Britney Spears nos tempos de Rock in Rio (quando ainda era no Rio mesmo). Eu fiquei meio perdido, pegamos uma carta que o Tribune era objetivo obrigatório e foi um jogo bem longo (demorou mais que o La Cittá). No final das contas, vira do Camilo que subornou os senadores até não poder mais e acabou abrindo uma boa vantagem em relação ao resto do pessoal. O André Amiúne fechou na mesma rodada que ele mas perdeu nos pontos.
Calabouço de casa cheia, croissant de chocolate e finalmente, uma partida de Agricola. Quero jogar novamente, pra não fazer tão feio dessa vez. Com as mãos abanando e péssimas atuações, o Calabouço serviu para desfazer esse título de mosca morta que tenho , já que não ganhei jogo algum, comprovando assim que sou apenas um casual gamer sem nenhum poder competitivo frente às lendas do cenário lúdico carioca.

domingo, 21 de setembro de 2008

Session Report 18/9: Sessão Coca-Zero

Um frio desgraçado aqui no RJ (Cerca de 20ºC é quase congelante por aqui) e a galera acabou preferindo ficar em casa.

Para os bravos veteranos que toparam o desafio (Eu, Bouzada, Cacá, Franklin, André Amiúne, Americano, Zé e Fernando) acabou sendo uma noite agradável que só rolaram jogos que eu gosto.

Começamos estreando o Tribune que eu tinha me comprometido a ler as regras e acho que não rolou nenhuma Rogério Edition. Para uma varrida completa sobre o jogo entrem no blog do Cacá:
eaitemjogo.blogspot.com

Sempre que ele ganha um jogo, ele faz um super detalhado report do jogo. E ele, Bouzada e André Amiúne acharam o jogo melhor que o Stone Age. Eu ainda quero jogar mais partidas para dizer meu preferido mas o Tribune encaixa-se na categoria de jogo lightweight que termina em, no máximo 1h30. Eu tô numa fase de jogos mais leves e o Tribune encaixa-se perfeitamente na categoria. Foi uma partida muito boa mas o Cacá, seguindo seus preceitos islâmicos , foi na direção das 98 virgens do Alcorão (apelidadas no jogo de Vestal Virgins) e acabou se dando bem fechando o jogo antes do Bouzada conseguir.

Depois jogamos El Grande que apesar das conotações homossexuais e do Cacá guardar a peça que representa o rei (e que deu origem ao El Grande) muito bem lacrado e esterilizado por razões que preferimos não perguntar, é um jogaço.
Considero ele o pai do controle de área. Regras extremamente simples e inúmeras decisões ao longo do jogo. Altamente recomendado. O jogo todo foi dominado pelo Franklin e o Bouzada com o André Amiúne fazendo frente mas sendo severamente punido por jogadas dos outros. Eu e Cacá ficamos disputando a última posição o jogo todo mas acabei fugindo da degola na última pontuação e até esboçei uma tardia reação....
Finalmente, jogamos o Notre Dame que a maioria da galera aqui no RJ não gosta e eu devo ser o único que acha ele mais gostoso de jogar que o In the Year (apesar de assumir que o design deste é muito melhor). Eu acredito muito na learning curve no Notre Dame. Bouzada que tem infinitas partidas no BSW e jogou até na Ludus , mostrando a força lúdica Carioca na terra da garoa ficou sempre na frente (apesar de falar que eu que tava ganhando). O Cacá fez uma estratégia da carruagem mas faltou parque pra acompanhar o ritmo. O Franklin arrojou com dois parques na 1a rodada mas sofreu muito com a praga.
No final das contas, acabei empatando (sabe-se lá como) com o Bouzada e ele ganhou no desempate( grana).
Na mesa do lado, Americano, Zé e Fernando jogaram Thebes e Stone Age enquanto nós jogávamos. Um dia de jogos lights , bons e que são apelidados pelo Bouzada de "meia-boca" :)

para um session report melhor, mais bonito e mais elaborado:

eaitemjogo.blogspot.com

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Calabouço do Mal: Saci, Velho do Rio, Troll, Bouzada, Victor, Cacá...

Calabouço do Pica-Pau Amarelo

Quando cheguei ao Calabouço esperava encontrar o Saci e o Velho do Rio, amigos que o Cacá disse que levaria nesta última quinta-feira. Os amigos do Cacá não compareceram, mas quem precisa do Saci quando temos os mitológicos: Major Bouzada Ronque Fuça, o pífio Victor Zavandor, o mestre do cinismo André Fel, o dissimulado Carlos Power Grid, o palestino Cacá, a dupla sertaneja Nobre e Rodrigo RPG, e o propagador do caos Artur.

Cave Tróia?

Cacá, Bouzada e Fel jogavam Airships, um jogo diferente sobre construção de Zepellins, enquanto Nobre, Victor e Rodrigo RPG jogavam Stone Age.
Cadu, Artur e Renato foram jogar Cave Troll com a ilustre presença do Carlos. Terminada a partida o Carlos dá uma declaração bombástica:

- Gostei muito deste “Cave Tróia” (hummm??!!!). Mas só fui entender no final quando joguei a carta do “Brave Troll” (hummmm??!!!).

Uma intrigante mistura de Tróia com Brave Heart para quem gosta de cinema.

Interessante ressaltar que o Artur estava cantando a pedra: “Quem vai ser o porco que vai jogar o Troll no Cadu”? O Carlos estava com a carta do Troll desde o início, mas foi a última carta que ele usou no jogo, e ainda jogou no Artur. Deve ter sido uma represália por causa da Fanta Laranja que é servida no Calabouço.

Fora que este negócio de jogar o Troll no Cadu, além do duplo sentido, é algo totalmente dispensável.

Stone Age à caráter

Mesa de Stone Age para Victor, Cadu, Nobre e Rodrigo RPG. Enquanto isso Fel dizia que não tinha nenhuma chance de vitória na partida de Kronos que acabara de começar.
No Stone Age, jogo muito bonito e cheio de “triplo sentido”, o Victor era o provável vencedor já que os outros três jogadores eram novatos, apesar de para o Nobre e o Rodrigo já constar uma partida no currículo. A princípio pensei que o Rodrigo RPG estava fantasiado à caráter para jogar Stone Age, mas só depois foi que percebi que a barba e o cabelo faziam parte de um novo visual “clean” para um épico RPG que vai começar daqui a três meses e meio...
Cabe ressaltar que nesta partida o resultado foi uma robusta zebra e os novatos venceram com Cadu em primeiro e o pífio e miserável Victor em último...
Enquanto isso no Kronos o Fel choramingava como um crocodilo repetindo exaustivamente que já não tinha mais chances de vitória...

Galaxy Trucker e Kronos

Visivelmente abalado com a derrota no Stone Age, o Victor sugere uma partida de Galaxy Trucker. Novamente estavam lá Cadu, Nobre e Rodrigo “Rock Pedra” para desafiar o Darth Victor Vader.
Enquanto isso o Major Bouzada Ronque Fuça concede 23 minutos para o Fel pensar numa jogada vencedora no Kronos. Aquela mesma partida em que o Fel disse que não tinha mais chances.
Enquanto o Fel utilizava todos os seus 23 minutos, Cadu, Nobre e o dublê de Flinstones Rodrigo, montavam as suas naves para derrubar novamente o Victor. Desta vez não deu certo pois o pífio e miserável Victor implantou algum dispositivo nos dados que deixou os meteoros tele-guiados. Cadu estava sem paciência para montar suas naves e na segunda viagem montou um verdadeiro lixo espacial que ninguém sabe como chegou ao final. Destaque também para a nave do Nobre que estava com um monte de pedaços pendurados devido aos meteoros dopados do Victor. E o Zavandor venceu a partida com uma diferença de 3 pontos para o Cadu e assim voltou a sorrir sarcasticamente. Já o Fel venceu no Kronos após os fatídicos 23 minutos e confirmou a sua fama de mosca morta.

In the Year of the Dragon

Bouzada, Fel e Cacá se aventuram na China antiga na tentativa de sobreviver ao ano do Dragão. Já até escrevi sobre uma partida deste jogo o qual acho excelente.
Para quem não sabe, e eu também não sei, o ano do dragão deve ter sido uma tremenda furada para a turma do olho puxado. Só acontece desgraça nesta jonça de ano do dragão. Fome, peste, invasões, imperador sádico e corrupto, e por aí vai. Tudo leva a crer que este é o jogo perfeito para o Cacá exercer suas habilidades terroristas. Para isso ele preparou o seu kit palestino com táticas especiais para situações extremamente adversas. E como o livro sagrado do Cacá diz que arroz, mulher e imperadores corruptos não são permitidos, então não teve arroz para os cubras valentes, gueixas nem pensar e o acerto de contas com o imperador foi pras cucuias... Lógico que tudo isso resultou em muitas mortes, mas nada que o Cacá já não esteja acostumado desde pequeno.
Já o Major Bouzada Ronque Fuça, impressionado com as belas chinesas, investiu pesado em bordéis contratando tudo quanto era gueixa que encontrava pelo caminho. Não deu certo porque as vagabundas (como diz o Guilherme), sugaram todo o dinheiro do Major que acabou sem grana, sem iniciativa, sem palácios e com poucos privilégios no final.
Já o André Felipe Mosca Morta Dissimulada, que não curte tanto o jogo, manteve uma boa estrutura de trabalhadores e conseguiu uma vantagem considerável que ele só viria a admitir na penúltima rodada com a seguinte observação: “É, acho que vou ganhar”.



Depois de se dar mal na China, nossos heróis resolvem explorar os mistérios religiosos do Egito em uma partida de Rá com cinco jogadores: Fel, Cacá, Victor, Bouzada e Cadu.
O tal de Rá deve ter ficado muito p@#$@# com o Victor de tanto que foi invocado. Cadu investiu no Nilo e ficou com vários tiles do referido rio que não serviram de p#$%#$ nenhuma. Bouzada, que cansou de colecionar gueixas, resolveu colecionar faraós (humm... nossa!!!). Cacá fez sua coleção também, mas foi de monumentos para transformar tudo em ruínas depois. Fel não sabia o que estava fazendo e quase ganhou o jogo.
Cabe ressaltar que não tinha a pedra de leilão com valor 12, então foi usada uma pedra azul transparente, se não estou enganado, do “Conquest of the Fallen Lands”. Mais uma das muitas heresias cometidas contra o Rá.
Eram 05:00h e o Cacá estava apavorado com a reação da Patroa. E olha que ver o Cacá apavorado com alguma coisa é um fato raríssimo. O jogo terminou com vitória do Victor e com o Bouzada em último provando que o problema não estava com as gueixas.

Trabalhar é preciso...

Quase 06:00h de uma sexta-feira que não era feriado no RJ. Como se diz por estas bandas... vida ruim.

[]s,
Cadu.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Zépelin viajando no tempo com Vikings pescadores.

Nota do Autor:

Ficou acordado que o session reporter desse Calabouço seria o Cadu. No entanto, por sugestão do nosso blogger terrorista Cacá dono do blog:

eaitemjogo.blogspot.com

Decidimos fazer uma visão tripartida do Calabouço. Em breve, o report muito melhor e mais divertido do Cadu será postado aqui. Enquanto isso, meu parecer sobre o Calabouço (até por ter sido um pouco mais longo do que o dos outros dois).

Participantes: Wykthor Zavandor, Warny das Ferramentas, Bouzada Major Ronque Fuça, Cacá "Homem-Bomba" Grayrock, Cadu "pífio e miserável" (inserior sobrenome), André CRUZ, Carlos "Mito do Khronos" Carlão, Zé das Olimpíadas, Renato , o Gerente camarada, Arthur "The Chaos" Radyzyk, Nobre Rabugento, Rodrigo Ben Linnus e eu. (Acho que esqueci alguém mas beleza).

Furão-Mor: André Jiu-Jitsu. Duas semanas consecutivas sem aparecer. Dizem as más línguas que foi dragado para o mundo mágico do MMORPG

Furões: Guilherme (fazendo vestido de noiva no Dophus), Filipe Diniz que falhou em não levar o Agrícola a tempo.

Jogos da Noite (em ordem de complexidade DECRESCENTE na escala Merina, ou seja, do mais para o menos complexo ou impossível de se jogar): Escalation x 7, Amazing Flea Circus x 2, Cave Troll x2, Settlers of Catan x2, Kingsburg x 1, Stone Age x3, Rá x 1, Caylus Magna Carta x1, Notre Dame x1, Airships x1, Vikings x1, Galaxy Trucker x 1, In the Year of the Dragon x2, Khronos x1.

Props da Noite:
-O Warny admitindo que continua pegando e gostando da ferramenta.
-A presença do Cadu que garantiu vários pífios e miseráveis.
-A presença do Cacá depois de 20 ausências consecutivas em função da sua afiliação islâmico-terrorista.
-Carlos "Lenda do Kinsgburg" Carlão que não ganhou mas deu uma aula de como usar o En(Viado) no mesmo.
-A galera ter dado chance e jogado 4 "novidades": Cave Troll, Airships, Vikings e o Khronos.
-O Croissant de Chocolate que precisa de lobby para continuar saindo em larga escala.
-O histórico empate quádruplo na pulga, com 15 pontos para os 4 jogadores, promovido, obviamente pelo Arthur
-O Nobre que finalmente ganhou um jogo.

Slops da Noite:
-Terem rolado duas partidas de Race, 3 de Stone Age e 1 de Kingsburg e eu não estar em nenhuma dessas mesas
-O Renato ter ganho dois jogos do Arthur no tapetão (Kingsburg e Caylus Magna Carta)
-A quantidade de vices acachapante que eu tive, desfazendo o INJUSTO título de mosca morta conferido à minha pessoa.
-Eu não ter prestado atenção na explicação do Khronos e demorar 20 minutos em uma única jogada, a exemplo do Bouzada.
-Vitor, o professor e lenda viva do Stone Age deixando seus oponentes ganharem ao invés de adotar a filosofia Camilo de "Quem refresca cu de pato é lagoa".



A noite começou bem. Devido a recentes fenômenos de inexplicável origem Merina, a galera tem chegado pontualmente às 19h lá. (vício é foda). Foram armadas duas mesas, logo de cara:

Airships com eu, Cacá, Bouzada e André Amiúne, digo Cruz e a outra com Wykthor Zavandor, Warny e Arthur de In the Year of the Dragon.

O Airships é um jogo "de promessa". Não só pelo autor mas pelos diversos caminhos e nuances que pode tomar. É bem propenso ao "que que isso" do Bouzada já que tem muita rolagem de dados mas são bem contornáveis com cartas de modificadores e afins. A arte é bem bonita, como se espera de um jogo da Queen Games e o mais importante, não demora. Apesar das várias "Cacá's Editions" (esse que precisa ter aulas de como explicar um jogo com Wykthor Zavandor, o mais minucioso dos explicadores de jogos, reza a lenda que ele leva, no mínimo, 120 minutos para explicar BANG! para alguém) o jogo fluiu bem. Eu que estava jogando muito mal, sem planejamento algum, no final do jogo me vi em uma situação chata. Minha melhor jogada acabaria com o jogo e garantiria a vitória do Bouzada. As outras manobras possíveis eram bem idiotas e inúteis. Em nome de um vice sem glória, apesar de temer represálias em forma de guerra santa do Cacá, decidi fechar a conta e manchar meu currículo com um belo Kingmaking!

Enquanto rolou o Airships, o Wykthor deu uma aula de In the Year e ganhou do Warny e do Arthur em um jogo bem disputado. Só não foi mais disputado , pois com o Wykthor a gente não disputa, assiste e aprende. E lá no final, Cadu se degladiava com os Trolls insanos no Cave Troll na companhia do Renato, Arthur e Carlão.

Depois do Airships, muita insistência do Bouzada para jogar algo "light" tipo Die Macher ou um TI3 para 8 jogadores. Adotando a linha dos "novos jogos", da minha insistência e das ameaças profanas do Cacá, Bouzada acabou concordando em jogar Khronos. O mais notável do jogo, sem dúvida é tentar precisar a quantidade de entorpecentes e alucinógenos é necessária para criar um jogo desse tipo. As regras são cheias de minúcias e o jogo não é muito intuitivo. E , por incrível que pareça, o Bouzada comprou o jogo por causa do tema. A primeira coisa que você nota é que tudo é muito bonito. O tile, os tabuleiros, os marcadores, tudo com a assinatura de qualidade da Rio Grande. A explicação demorou um pouco e depois de ser alertado sobre uma possível semelhança com T&E, Cacá ficou um pouco assustado mas decidiu dar uma chance. Como no post do Cacá, sem dúvida a grande sacada do jogo é que um prédio construído na parte da era I do tabuleiro é replicada na era II e aparece em ruínas na era III. Isso dá margem para muita cubriagem, controle de área e outras coisas divertidas. Apesar de ser um jogo longe de ser light, as cartas que você compra influenciam fortemente o resultado das suas jogadas. Argumenta-se que é possível trocar sua mão, uma vez, para reduzir a sorte, mas isso custa 2 de grana. Como eu ganhei por um de grana, muito suado por sinal e o Cacá ficou imediatamente atrás, esses dois fazem uma diferença absurda e devem ser sabiamente usados. É um jogo muito bonito, não é daqueles que se jogaria toda semana mas com certeza é um belíssimo passatempo e acima de tudo, em tempos de cópias, um jogo super original em vários aspectos é sempre muito bem-vindo. A minha última jogada foi atípica. André Cruz e Bouzada disseram que havia duas formas de eu ganhar. Como eu estava distraído com a partida de Stone Age do meu lado esqueci de uma regra fundamental: Quando você coloca um prédio ganha um de grana. E foi esse "um" que resolveu o mistério e desfez o que seria um empate sem graça. Vale ressaltar que a minha vitória é toda creditada ao Carlão que me deu uma dica fundamental para minha vitória. Ele, sendo autoridade no jogo e que, na 1a vez que jogou, acabou sendo injustiçado com um empate com o Bouzada, teve sua vingança garantia com minha vitória que é mais dele do que minha. E que o jogo é espetacular, uma agradável surpresa.


Enquanto isso, no Stone Age que rolou com o casal Rodrigo e Nobre, o Warny ganhou pegando as ferramentas de tudo que foi jeito enquanto o Wykthor só assistia seus pupilos para analisar suas jogadas. O Warny, satisfeito com sua performance homossexual, decidiu partir. O Cadu ganhou o Cave Troll na learning session que fez e foi conhecer o Stone Age.

Na 3a mesa, com a chegada do Zé, uma partida super equilibrada de Kingsburg com direito à ida do Renato ao Rei na 2a estação do primeiro ano. Destaque para o Carlão que ensinou como tratar um en(viado) com carinho e funcionalmente. O jogo, antes do último inverno, estava virtualmente empatado. Arthur e Renato empataram ao término e depois da discussão de autoridades em regras e checagem do manual, Renato ganhou no tapetão por ter mais goods.

Com a partida do Carlão, rolou um Caylus Magna Carta e , de novo, Renato usou sua influência na caixa econômica para arrancar a vitória do Arthur aos 45 do segundo tempo. Uma atitude bem anti-lúdica no cenário do Calabouço.


O Khronos deu lugar ao Vikings, outro jogo novo do Cacá que ele queria estrear depois de ter lido as regras. Se você quer saber mais sobre a mecânica, dá uma olhada no blog. Tem uma roda bem legal que , como frisou o Wykthor "é igual Jogo da Vida". Eu fiquei impressionado com a ótima relação custo-benefício do jogo. Apesar de ter uma boa dose de sorte com o sorteio dos meeples, é possível planejar maior ilha, fechar ilhas e tudo mais. Eu, como tenho feito muita starvation no Stone Age, troquei as bolas, deixei meus cubras morrrerem de fome e perdi por 3 pontos para o Bouzada que se sagrou pescador Viking e vencedor do jogo.

O André Cruz foi embora depois do Vikings e , meio a contragosto, fui jogar o In the Year of the Dragon. Acho o jogo uma obra-prima de design, muito bem amarrado, com excelente rejogabilidade, no entanto, ele é muito tenso o tempo todo e a gente sempre joga (e perde) com o Wykthor. Aceitei jogar , pois seria um pouco menos injusto jogar sem ele, em tese ficaria mais equilibrado, apesar do Bouzada ser conhecido e temido no Mabiweb jogando 3 partidas ao mesmo tempo. O Cacá , acostumado à doutrina do auto-sacríficio, auto-flagelo e explodir tudo em nome de Alá, acabou deixando sua galera passar fome durante a seca. O Bouzada quis arrojar, com uma Cortesã no primeiro turno, alguns privilégios pequenos e vários palácios. Como ele ficou para trás no people track, foi cortado no arroz e sua população sofreu muito com a seca. E isso nem no Mabiweb eles ensinam. E para sair de uma situação dessa, só Wykthor, criador do calendário do Dragão (que , diga-se de passagem jamais se encontraria em situação parecida). Eu fiz a estratégia do "tudo que seu mestre mandar". Primeiro lugar no people track, privilégio duplo na primeira rodada e um jogo mais conservador, sem a cortesã. Acabei ganhando os pontos do festival de fogos de artifício e uns pontinhos extras com o scholar que me asseguraram a vitória. Mas como eu havia dito, acho que o jogo com 3 jogadores perde bastante, pois com 3 pilhas de ações, fica muito mais sujeito à sorte e a disposição randômica dos tiles.

Para surpresa geral, Cadu pancou no Stone Age e acabou agradecendo ao Wykthor por ter feito um jogo menos agressivo para favorecer os adversários. Ainda rolou uma partida de Galaxy Trucker em que o Wykthor, a lenda quando se trata de jogos em sci-fi , venceu, apertado o Cadu.

Ainda rolou uma 2a partida de Cave Troll entre Arthur, Nobre e Rodrigo (Vitória inesperada do Nobre) enquanto eu, Wykthor, Bouzada, Cadu e Cacá jogamos Rá. Rá é outro jogo que eu tô meio saturado mas em nome do horário e da rapidez do jogo, acabamos jogando e foi até bem divertido. É legal torcer para que saiam tiles de Rá quando você não pode mais biddar. E o timing de entrar em um leilão também é ótimo. O Wykthor, no último ano, fez uma jogada conservadora e que lhe valeu o jogo, só tinha mais um tile de Rá para sair e temendo que fosse acontecer logo, pegou um bom pacote de 4 pontos, justamente a vantagem sobre mim e o Cacá. Não deu outra, imediatamente depois, ao som do "Que que isso", saiu o tile, Wykthor ganhou e eu e o Cacá
empatamos em 2º lugar.

A maior parte da galera foi embora, sobrevivemos eu, Rodrigo, Nobre e Arthur e rolaram, nessa ordem: Settlers of Catan, Escalation, Escalation, Notre Dame, Pulga, Pulga, Catan.

-O 1º Catan , seguindo os ensinamentos de Cacá das Árabias e Camilo sujeira, consegui boas alocações e venci com Longest Road e Largest Army.

-Escalation 1 foi marcado pelas discussões sobre como adotar o "do grego strategia" em um party game idiota e randômico :). Acabei ganhando a primeira bateria, relembrando os tempos de Felphs do calabouço passado.

-Escalation 2 foi marcado pela total incompetência do Nobre de fazer o Arthur levar alguma coisa e o mesmo acabou ganhando a 2a bateria.

-Notre Dame teve um excelente uso da residência + parque pelo Rodrigo e a costumeira e implacável perseguição aos ratos pelo Arthur. Eu me atrapalhei todo, fiz um pouco de carruagem, perdi algumas idas à Notre Dame e nem todos os cubos do mundo me ajudaram. Highlight do jogo foi a benevolência do Nobre, que em um gesto muito nobre cedeu 18 pontos para o Arthur na última rodada. Ainda assim, uma pontuação bem alta e vitória do Rodrigo com 70+ pontos contra 68 do Arthur.

-Pulga 01 foi histórica com um empate quádruplo em 15 pontos para cada jogador. Pulga 02 o Nobre , cambista pegou todos os tickets e ganhou fácil.

-Para fechar, a 2a partida de Catan, com todo mundo lesado, eu mal posicionado no tabuleiro e Arthur e Rodrigo fazendo a festa. Eu, fiz a estratégia americana belicosa dos Knights mas não foi o bastante. Vitória do Rodrigo.

Semana que vem tem mais e aguardem o report do Cadu!