sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Calabouço Olímpico

Estreando "Ficha Técnica do Calabouço".

Participantes : Eu, Carlos Mito do Power Grid, Zé, Filipe "Marginal", Fernando "Argentino", Arthur, Nobre "Rabugento" e Rodrigo "Ben Linus" .

Furão-mor: Cacá (planejando um atentado lúdico-terrorista e terminando o homemade do Roads & Boats, pelo 3o ano consecutivo)

Furões: Guilherme (Costurando no Dophus), Bouzada (Foi até SP para jogar), Warny (Ainda não consegue sentar depois te tanto tomar ferramenta de 4 no Stone Age), André Jiu-Jitsu (para saúde física desse repórter, ele faltou por "motivos de força maior") E Wykthor Zavandor (está escrevendo um novo livro sobre Stone Age).

Jogos da Noite: King of Siam, Escalation, Stone Age, Seismic, Race for the Galaxy, Kingsburg, Caylus Magna Carta e Pulga (vulgo Amazing Flea Circus)

Props da Noite: Espírito Olímpico no Escalation com direito à baterias extras e eliminação do pior resultado. Dose dupla de Twilight games (Kingsburg e Stone demorando + de 2h cada). O Nobre que conseguiu reclamar até quando não estava jogando e o Rodrigo que conseguiu quebrar a sequência vascaína de vices vencendo no Caylus Magna Carta. O KingMaking do Nobre no Pulga.
O Croissant de Chocolate.

Slops da Noite: O Cacá que não veio e não joguei Roma. O Carlão, lenda do Kingsburg perder. Eu em último no Caylus Magna Carta. O Cacá que não veio e não joguei Warcraft. O Rodrigo influenciando o Nobre a me cortar no Stone Age e dando dica errada que me favoreceu. O Cacá que não veio e eu tive que fazer learning session de Race (pesadelo de todo gamer).

Nessa 5a feira, O Calabouço começou meio morno. Arthur foi ao aniversário da irmã. Enquanto isso eu e Carlão jogamos uma learning session pra ele de King of Siam. Acabei vencendo apertado, com uma vitória da única facção que eu esqueci o nome, a azul.


Depois chegaram Zé, Filipe "marginal" e Fernando "Argentino". Jogamos a primeira bateria do Escalation. Para quem ainda não conhece, o Escalation é um ótimo filler , para até 6 pessoas do Knizia. É um jogo de cartas, com ilustrações super bem humoradas apesar de que, como em todo jogo do Knizia, qualquer que fosse a temática, serviria. Eu e Argentino disputamos a liderança nas 3 primeiras rodadas, depois "administrei o resultado". (Se é que isso é possível em um party game) e ganhei com uma boa diferença, ganhando o apelido de "Felphs do Escalation" (O trocadilho foi por minha conta). E , segundo o argentino, a prata tá de bom tamanho. Como bem citou o Zé (que estava sendo fumado) o pódio tem 5 lugares para entrar no espírito olímpico. Acabou assim:

Felphs (Ouro), Fernando (Prata), Fillipe (Bronze), Zé (Zinco), Carlão (Latão).

Com a chegada do Nobre e do Rodrigo montamos duas mesas: Stone Age e Seismic.
Eu, Nobre e Rodrigo no Stone Age, os atletas no Seismic.

O Stone Age foi uma learning session para o Rodrigo que seguiu a estratégia pedófila do Warny das ferramentas. O Nobre, como é nobre (bom trocadilho), só queria saber de fazer cabana de ouro. Isso acabou custando-lhe tempo precioso e a parte plebéia do povo que ia catar comida, barro e madeira, acabou se revoltando e ele foi relegado ao 3o lugar. O Rodrigo que tentou manipular o Nobre em boa parte do jogo (sempre sem sucesso) acabou fazendo set de cartas/tools mas só conseguiu 180+ pontos. Acabei vencendo com Meeples/Cabanas com cerca de 240 pontos. Nota que em TODAS as jogadas do Nobre, ele reclamava de pelo menos, uma coisa.

No Seismic, O Zé e o Carlão se redimiram do desempenho no Escalation com campeão e vice, respectivamente.

Eles começaram um Kingsburg (learning session para o Fernando). O Carlão só queria saber de reroll nos dados toda vez que tirasse menos de 7 mas não fez a Capela. Zé e Felipe seguiram a rota belicosa e Fernando ficou meio barro/meio tijolo em uma estratégia indeterminada.

No Race, Eu fiz Mineração (sem Mining League) e no finalzinho lancei um New Galactic Order com Drop Ships e o planeta Alien + 3. O Rodrigo fez um Novelty mal acabado. Como era learning session pros dois, falei para se preocuparem em aprender e fixar as regras, não em estratégia. Race é um jogo com uma learning curve bem alta como diz Wykthor "Maratonista das Galáxias" no livro "Maratona na Galáxia com Novelty/Rebel/Mineração). Acabei ganhando , apertado, do Rodrigo. Nobre pediu para eu não dizer que ele fez só 9 pontos.

Kingsburg acabou (horas depois), com vitória do Zé que seguiu Fortress+ caminho de cima, seguido do Felipe.

Arthur deu uma saída e nesse meio tempo, para desespero do Nobre, jogamos uma partida de Pulga. É um outro filler do Knizia , com umas miniaturas bem legais. O Carlão é especialista no jogo, então nem convidamos ele pra não ficar sem graça. Muita gente ODEIA o jogo, mas eu acho que ele tem seu momento, especialmente com 5-6 jogadores. Fora que não dura + que 20 minutos. Acabei ganhando, 1 ponto de vantagem sobre o Rodrigo após um KINGMAKING do Nobre.

Arthur voltou e explicou pra galera Caylus Magna Carta.

Felipe, Fernando e Zé fizeram a regata de Escalation, com direito a bateria, eliminação do melhor e pior resultado e muita cubriagem.

O Caylus Magna Carta eu nunca tinha jogado e logo associei à San Juan/Puerto Rico. O que eu gosto no San Juan é que ele possui uma agradável relação custo/benefício em termos de tempo e tem sua estrela própria. O CMC (escrever toda vez é dose) mais parece um trampolim pro Caylus. Um jogo introdutório. E para quem já jogou Caylus (e eu adoro o jogo), ficou uma sensação de uma versão mal-acabada de um jogo muito melhor que não demora (muito) mais para justificar jogar o CMC. Como bem disse o Arthur, a rejogabilidade é absurdamente alta, graças à ordem de posicionamento das cartas e tudo mais mas como ele bem mesmo diz, acrescente uma hora e jogue Caylus. Acho que se você nunca jogou Caylus, não tem tempo nem paciência, nem neurônios pra encarar jogos mais longos e brainburners o CMC é uma EXCELENTE opção. E parada obrigatória para mostrar o Caylus depois. (Ou afastar namoradas dos board games mostrando antes). O jogo acabou com um placar muito apertado : 38 Rodrigo, 35 Arthur, 34 Nobre , 31 pra mim.


As Olímpiadas Lúdicas na mesa ao lado ainda contaram com 3 partidas de pulgas, com duas vitórias do Felipe e uma do Zé.

Em nota: A pontuação de todos os jogos foi devidamente anotada (e perdida). No próximo report teremos pontuações precisas :)

Até a próxima!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Glória à Roma!

O Calabouço da última quinta-feira , graças ao jogo do flamengo, frio e sumiço da galera do RPG, acabou ficando mais vazio do que o normal mas nem por isso deixou de ser um bom programa, afinal , o papel desse blog é sempre fazer propaganda positiva do Calabouço :).



Dois jogadores de D&D Miniatures que o Arthur conheceu nos campeonatos apareceram para conhecer o lugar. O Leandro e o Luís. Como o Stone Age é um EXCELENTE gateway, decidimos usá-lo para introduzir os dois ao hobbie. O jogo não foi muito divertido, pois como eu não os conhecia e o Warny não estava jogando não era possível fazer a piadinha de pegar na ferramenta, ganhar uma comida, não sentar, ferramenta de 4? E todas as outras piadas de duplo sentido pederastas derivadas do jogo. Como eu era o último a ser starting player e peguei shaman x 2 logo no início do jogo, acabei indo pro Starvation, o que provocou comoção do Leandro, que por desconhecer os Eurogames, não achou nada temático. Espere ele conhecer os jogos do Knizia, não? O jogo foi bem disputado, o Arthur acabou tendo que me marcar mas deu azar com multipliers e mesmo ele sendo a Lenda do Stone Age, acabei vencendo em um jogo que terminou bem mais rápido do que o normal.


Nesse meio tempo, o Bouzada e o Guilherme jogaram o Glory to Rome que no BGG a galera compara muito ao San Juan e ao Race pelo role selection com cartas. E o Guilherme, em um momento inédito , 100 jogos depois falou que o jogo era bom e que tinha sido uma boa compra. O Guilherme é conhecido por ou gostar de jogos que só ele gosta (Space Dealer, Attribute) ou gostar de Caylus. E só. Então eu que tinha grandes expectativas com o G2R fiquei mais contente. É claro que o fato dele ter ganho contou para isso.


Acabou a partida de Stone Age, Arthur e Luís foram jogar D&D Minis eu, Carlos, Shamou (que apareceu) e Leandro fomos jogar o Seismic que o Carlos comprou recentemente. Eu achei o jogo meio besta, apesar do tile-placement que eu gosto. Mas para quem tá acostumado com Carcassone: The Castle e o H&G que são mais pesados, acabei achando meio bobo. No final, ganhei do Shamou no critério de desempate: Sou mais alto. Uma vitória merecida, afinal, nunca se deve desconsiderar a altura de um jogador durante a partida.


Os salgados chegaram (Viva o retorno do Croissant de chocolate!) e após a comilança, rearrumamos as mesas. Eu, Guilherme, Leandro e Bouzada estreamos o World of Warcraft: The Adventure Game. Arthur, Cecília player roxo, Luís e Carlos foram jogar Rá. E o WOW decepcionou. Não sei se pela primeira partida ou alguma regra errada, as Quests eram meio bobas, segundo o Bouzada lembra bastante Runebound. O jogo é belíssimo, as cartas muito bem feitas mas a jogabilidade em si é bem fraca. O Leandro tinha que ir embora e largamos a partida no meio. O Rá acabou com a vitória do Arthur.


A galera debandou e fomos jogar Glory to Rome: Eu, Arthur, Bouzada e Guilherme, os sobreviventes. Excelente! O jogo tem uma learning curve absurdamente alta (o que eu adoro), regras intricadas o que pode acabar levando muitos jogadores de origem Amerina à falência múltipla de neurônios (outro ponto importante) além do role selection. O jogo é um pouco menos "sério" do que o Race e o San Juan. As ilustrações são em Cartoon e um dos roles exige que você grite coisas como "Glória à Roma " e "Roma demanda...". Nada que fosse esquecido depois de perder a graça. E alguns prédios são ABSURDAMENTE fortes. Mas como são muitos acaba criando um equílibrio. mas é lógico que, com o Arthur jogando, esse equílibrio foi desfeito e criou-se um certo caos. Explica-se, um dos prédios do jogo permite a você "estatizar" as buildings de outros jogadores, ou seja, todo mundo pode usar o poder roubado da construção. E , logicamente, o Arthur saiu estatizando vários prédios. Foi uma partida muito divertida e que valeu pra conhecer o jogo. Todo mundo gostou muito, espero jogar mais vezes para pegar mais as manhas do jogo.


Para encerrar a noite, Attribute. Como é de praxe, várias pérolas com destaque para a discussão sobre o camelo necessitar ou não de água. Sempre produtiva às 4 da manhã.

Depois disso fomos todos felizes para casa.

*Em nota:

Nesse domingo rolou uma jogatina aqui em casa. King of Siam, eu e Vitor, vitória minha em um jogo de muito brainburning em 30 minutos de jogo. E a confirmação de que é um jogo que leva ao máximo a noção de custo/benefício. Pena que não é dos mais divertidos :/

Stone Age eu, Victor e Warny. Acabei vencendo em uma partida atípica. 268 pontos contra 250 do Warny. Warny, como sempre , refestelou-se em ferramentas de 4. Apesar de ser matemático, ele credita sua necessidade de ferramentas ao "azar nos dados" e não à pederastia de vidas passadas e presente.

Princes of Florence. Vitória do Bouzada, com 3000 partidas de PoF no BSW. Eu considero uma vitória ter perdido no critério de desempate pra ele (que não era altura mas dinheiro) e ter ficado na frente do Victor, a lenda-mor de PoF. Learning session para mim e para o Warny, e comprovamos que, apesar do que pensa o Guilherme, é um JOGAÇO!

Wealth of Nations. Outra EXCELENTE surpresa. Apesar do HEAVY AP que o jogo gera e da duração (cerca de 4h) é um ótimo jogo. Muito econômico, pesado, gamer. Um patinho feio. O jogo é feio, componentes ruins mas a mecânica mais que compensa. Altamente recomendado ;)
Vitória larga do Bouzada, 128 a 79 pra mim, outro vice-campeonato e uma síndrome de vascaíno. Jogo muito equilibrado com eu, Warny e Victor na casa dos 70 pontos. Destaque para as jogadas de teor "Universidade Carolina" promovidas pelo Victor contra esse repórter que vos escreve.

Até 5a!

sábado, 16 de agosto de 2008

Máquina do Tempo

Mais uma 5a feira no Calabouço, dessa vez com a presença ilustre do Rogério, explicador oficial de regras aqui no RJ e conhecido por sua precisão na hora de explicar um jogo. Além dele, Rodrigo González, jogador profissional de Notre Dame e 01 do BSW e o Guilherme Pendraeg que voltou depois de muito tempo costurando no Dophus e hoje é um estilista famoso no mundo virtual (Boa parte da comunidade lúdica carioca está aderindo à pederastia).
A casa encheu rápido. Bouzada, Americano, André Amiúne e Arthur começaram uma partida de Stone Age enquanto eu, Guilherme, Vitor e Warny jogamos Galactic Emperor. Lá embaixo, Rogério, Filipe, Carlos, González Notre Dame e André Boné, começaram o que seria mais tarde o Twilight Cuba.



No Stone Age, eu só ouvia o pessoal dizendo que queria uma comida. No Cuba, a estratégia da água não venceu. E o Galactic Emperor, provou ser um jogo despretensioso e divertido. Acho que para os fãs do Ameritrash é um prato cheio. A learning session demorou quase 3h, mas tenho certeza que com jogadores menos bouzadores (leia-se Warny e em menor escala o Wyktor) o tempo de partida possa chegar a 1h30 (com 4 jogadores). A porrada é inevitável e a negociação também. Jogamos sem negociação pq a galera é Euro e odeia player interaction abusiva. Mas realmente, negociar é preciso. E não dá pra fazer Castelinho de Areia. A quantidade de naves é limitada e só através da porrada você consegue os pontos de vitória e os impérios para vencer.
O Guilherme era o pirata espacial e ficou roubando metal da galera. O Warny fez uma jogada no início do jogo contra o Victor, estilo Universidade Carolina e , adotando a filosofia Cadu de jogar, acabou rolando uma guerra fria entre os dois. Enquanto isso, eu fui montando a Invencível Armada com soundtrack de Star Wars e o Império Contra-Ataca. A guerra com o Warny acabou enfraquecendo o Victor que foi encurralado no mapa mas foi usando da sua influência política para me afastar do mapa. (O role do Regente é bom pra kct). No final das contas, acabei ganhando com 40 e poucos pontos, um pouco a mais que o Guilherme. O jogo acabou por vps. A qualidade dos componentes e o tamanho do tabuleiro levou a galera a apelidar o jogo, carinhosamente de TI de pobre. E é por aí. Eu, que levanto a bandeira do Euro, fiquei satisfeito com o jogo. E jogaria de novo, com negociação dessa vez. Acho que se a Fantasy Flight fizesse uma 2a edição ia ser um jogaço :P


Em seguida, jogamos Stone Age. Eu, Wyktor e Warny. O Through the Ages começou com Nobre , Arthur, Americano e Bouzada. E algo histórico aconteceu. Bouzada negligenciou o Michelangelo em prol do Barbarrossa. Logicamente, ele pegou o Shakespeare mais tarde e começou a apontar o dedo podre para a galera , dizendo que o Arthur ou o Americano ia ganhar, dando a si próprio 50% de chance de vencer.



O Stone Age continua sendo um jogo muito bem cotado pela galera daqui. E discordo dos que dizem que tem pouca rejogabilidade. Além de ter muitas variáveis, novas tendências homossexuais pré-históricas vão sendo descobertas como o Wykthor usando ferramenta, de 4, nas cabanas. Com ambiguidade. E como eu disse no report passado. Respeito as tendências homossexuais A.C de todo mundo. Logo no início do jogo, consegui juntar 4x shaman. O Wykthor foi para as ferramentas dentro da cabana e o Warny que largou a vida de padre pederasta celibatário, entrou na Love Hut e ficou tomando comida todo turno, sempre seguido da fatídica pergunta "Quantas comidas você quer?". Sendo que, em momento de revelação, ele tomou uma atitude muito bonita e revelou. Quero comida, SIM. Acho legal quando as pessoas assumem sua pederastia sem medo de preconceito. No meio do jogo, apareceram três símbolos diferentes. Dando sopa, peguei os três. Como eu estava com 4x shaman e 8 cubras, acabei seguindo os símbolos e as cabanas dando uma pontuação de 219 pra mim , ao final do jogo, contra 190 e uns quebrados do Wykthor , cujas pinturas rupestres dele entretendo-se com as ferramentas puderam ser vistas ao final do jogo, quando era mais de meia-noite e era possível jogar board games para maiores de 18 anos. Foi uma boa partida, apesar de eu, inexplicavelmente ter vencido o professor, tutor e autoridade do jogo , que já foi reconhecido até na Ilha do Tabuleiro, o lugar onde as pessoas compram jogos por preços super baixos.



Enquanto isso, lá embaixo, Rodrigo, covardemente, faz uma learning session de Notre Dame e termina com mais pontos que todos os outros jogadores somados, elevado ao quadrado e duplicado novamente.
Rolaram umas partidas de Kingdoms também, já que o Rodrigo-RPG é viciado mas perdeu para o Daniel, que nunca tinha jogado.
No San Juan, o Rodrigo ganhou do Guilherme com 4 jogadores e o mesmo teve que surrá-lo em uma partida para 2 jogadores e, posteriormente, no Confrontation, com uma regra que ele só explicou na hora de vencer.
O Franklin chegou, Warny foi embora e montamos um jogo de Galaxy Trucker que eu, confesso, estou um pouco enjoado. Foi uma partida legal, com muito meteoro, eu construíndo a Rubinho I, II e III. Enquanto o Victor fazia verdadeiros tanques de guerra intergalácticos que em nada lembravam um cargueiro espacial. Jogamos sem as cartas de expansão , pois o Cacá, para variar, furou. Ou melhor, trocou o Calabouço por uma outra jogatina e foi declarado persona non-grata pelos frequentadores da casa. O Victor acabou vencendo e mostrando o porquê de ser considerado uma lenda da ficção científica.



Enquanto isso , no Through the Ages, Americano , inexplicavelmente, não conseguia adotar uma postura militar, até fazer outra revolução camponesa, mandando seus fazendeiros juntarem-se às forças aéreas no melhor estilo Independence Day seguindo a temática estadunidense e "Beatdown, Mané" que cerceia os jogos que o Americano participa.


Com a partida do Franklin e do González, eu e Victor, fomos jogar Race for the Galaxy , só para variar. Eu, fui aprender mais, pois sempre há algo de novo para se aprender com Vossa Majestade maratonista das galáxias. Acabei ganhando duas partidas, um com novelty/militar e a outra com novelty. Eu tô meio de saco cheio de good azul, mas vem na mão. É chato. Depois , o Victor deu uma aula de exploração mineral, já que é médico do trabalho da Vale do Rio Doce e teve uma vitória acachapante com goods marrons. É como diz a lenda: Victor com Mining League, a gente tenta não perder de muito.


Foi bonito ver a casa cheia de novo, galera jogando e fazer a estréia do Galactic Emperor. Semana que vem tem Wealth of Nations e Princes of Florence ;)

Até lá:

*Nota do Autor: O Ministério Lúdico adverte: Não misture Vodka Kamaroff, board games e escadarias de alta periculosidade. Cecília vulgo player roxo , também conhecida por sua compulsão por falar, outrora narradora de corridas de jóquei, 100 metros rasos ou 50 metros livres, protagonizou cenas antológicas na história do Calabouço como dormir ao lado da piscina e uma queda que foi imortalizada em fotografia. Além é claro, de quase derramar Vodka no Kingdoms e sempre falar que a bebida "tá fraquinha". Americano, outro grande apreciador de Kamaroff, não conseguia ficar sentado por mais de cinco minutos enquanto jogava Through the Ages para deleite do Bouzada.

Glossário: Twilight qualquer-jogo. Quando um jogo demora 3 ou 4x mais do que o escrito na caixa ou o que costuma demora, vira Twilight Cuba, Twilight Kingsburg e por aí vai...

"Filosofia Cadu de Jogar": Sempre que algum jogador fizer alguma jogada muito agressiva contra você, abandone seu plano de jogo e faça tudo para que ele seja eliminado, destroçado do jogo, de forma pífia e miserável.

"Jogada Universidade Carolina": Em um jogo de Through the Ages, que demorou 10h, O Victor fez uma jogada contra o dono da casa e anfitrião, Cadu que o tirou completamente do jogo, com apenas 1h de jogo para ganhar 3 pontos de vitória. (Dos 200 que ele fez). Destruindo a Universidade Carolina , fonte de ciência, essencial ao desenvolvimento do jogo e núcleo do plano de jogo do Cadu. Isso fez com que o Cadu NUNCA mais conseguisse se reerguer além de gerar o total espanto, incredulidade e cara de babaca deste reportér que vos fala. Depois disso, toda jogada muito destrutiva contra outro jogador é acompanhada da frase "Caramba, pior que destruir a Universidade Carolina". É claro que é irônico, pois nunca uma jogada será tão destrutiva quanto destruir a Universidade Carolina do anfitrião, camarada e parceiro de jogo, Cadu.

"Beatdown, Mané": Filosofia de jogo na qual você não está interessado em ganhar. Somente em:

1) Irritar o Cadu
2) Evoluir militarmente, não importa como nem porque.
3) Irritar mais ainda o Cadu
4) Ganhar inexplicavelmente no Through the Ages do Bouzada, a lenda viva do jogo.
5) Deixar o Cadu puto da vida e declarar que nunca mais jogaria com o Americano

sábado, 9 de agosto de 2008

No Livro de ....

Na semana anterior, do dia 31 de julho, este intrépido repórter, foi ser surrado numa partida de TI3 com o Bouzada, a lenda viva do TI e foi surrado, fora do Calabouço. Muito MACHO, eu e Vitor ainda fomos para o Calabouço depois, quase 3 da manhã. Jogamos uma partida de Stone Age, eu, Arthur, Nobre e Victor. Acabou que eu ganhei com sets+food enquanto minha população continuava arrancando ouro com as mãos.. Rolou ainda duas partidas de Race for the Galaxy, com destaque para o que eu sempre disse: Novelty quando encaixa, é ruim de parar! Peguei o Free Trade Association, Consumer Markets e pra piorar o que dá 1 vp pra cada 3 chips. É uma estratégia muito sólida e se deixar o Produce/Consume 2x rolar, nem Vossa Majestade Victor Zavandor-Maratonista das Galáxias consegue ganhar. Acabei ganhando com 81 pontos! A 2a partida, foi mais disputada mas depois de ler o livro do Victor "Como ganhar no Race for the Galaxy Jogando com 2, 3 ou 4 jogadores", acabei utilizando uma estratégia da página 28 do livro com sucesso e ganhei.


Ainda rolaram duas partidas de Galaxy Trucker, eu, Arthur-Rush e Victor dono da nave Vulnerável I e Rubinho Barrichelo I. Eu acabei dando bastante sorte nas cartas, aliada a sequência infindável de partidas que joguei nas últimas semanas e acabei ganhando as partidas.


Para fechar a manhã (o Arthur sempre convencia a gente a jogar mais uma partida) e isso se esticou até 11 da manhã, jogamos uma partida de Stone Age em menos de 45 MINUTOS! E o Arthur, que pensa muito mais rápido que a gente, ganhou, com sobras.


E se dependesse do Arthur, ainda rolaria um Through the Ages depois....

Essa semana, 7 de agosto, choveu, galera voltou para a faculdade e acabou sendo um dia mais tímido. Quando eu cheguei, estava rolando uma partida de Kingdoms, jogo que eu gosto pela relação custo-benefício. Em seguida, montamos uma partida do Hart an der Grenze, vulgo "Fronteira Original" com o Fillipe, André Boné, Carol e Carlos. Eu, Arthur, André Amiúne e Bouzada, decidimos jogar Puerto Rico. Eu , que não jogava há muito tempo, fiquei apaixonado, agora que eu tenho uma visão um pouco mais "gamer" do processo, entendo o porquê de ser o jogo nº1 do BGG. E sim, ele é MUITO melhor que Thurn & Taxis :)

Enquanto isso, no Puerto Rico, os COLONOS (não, não são escravos e o COLONIST SHIP NÃO é o Navio Negreiro. Afinal, essa região da América Central era completamente desprovida de escravos e todas as pessoas ali já estavam no patamar de desenvolvimento europeu.

Com o final do Fronteira Original com a vitória acachapante do Carlos, que diz que nunca entende nada e sempre ganha (Quem não lembra da lendária vitória do Power Grid?), rolou ainda uma partida de Escalation, agora com o reforço do Zé, do Cacá e do irmão do outro Felipe, que não veio. Ainda rolou uma partida de Rá , com uma vitória do Cacá, a lenda arábe-terrorista dos Board Games. Por falar em Cacá, acabada a partida do Rá (com rima) , ele foi jogar Memoir 44' com o Zé e o Fillipe, mito do Galaxy Trucker, foi montar uma learning session.

Enquanto isso, no Puerto Rico, o Bouzada, com 2 mil partidas, dava uma palestra sobre o uso do Captain e um apêndice do livro que ele escreveu "O que eu aprendi sobre PR 2 mil partidas depois".

No Memoir, o Cacá adotou táticas de guerrilha adquiridas no Afeganistão para assegurar a vitória sobre o Zé. O Puerto Rico acabou com uma vitória, com sobras, do Bouzada e eu com 30 e poucos pontos, em uma atuação pífia.

Montamos uma partida de Zavandor, em seguida, já que, SEMPRE que o Vitor ZAVANDOR não estiver no Calabouço, jogar The Scepter of The Zavandor é quase uma obrigação. Jogamos eu, Arthur, André Amiúne e Bouzada, a lenda viva do Zavandor ao lado do Zavandor. E para piorar, ele caiu de Witch. E na página 35 do livro que ele foi co-autor ao lado do Vitor, no Capítulo "Como jogar com a Witch", Bouzada afirma que jogar de Rubi é o caminho das pedras. O Arthur, como sempre, jogou com esmeraldas, o André Amiúne, que não conhecia o jogo, acabou indo para Rubi, jogando de Mago e sofreu por isso. Eu, que tava de Fada, joguei de Safira, aproveitando o boom inicial pra montar uma boa base. Peguei dois Cristal of Protection, Entrei na track do Elfo cedo, ganhando +10 de pó magico, um belt, +2 slots de gemas e uma Máscara. Acabei pegando a sentinela da Opala cedo, depois do Bouzada pegar a sentinela do Rubi antes que o André pudesse competir. O Arthur pegou duas sentinelas, uma delas a de esmeralda, eu peguei a de Safira e o André a da Coruja. Como o Vitor tinha me ensinado, eu troquei Safira por Opala, na base 1 pra 1 e acabei ganhando , de forma inédita e inacreditável, do Bouzada.

O Cacá, ainda jogou uma partida de Race, learning session contra o Zé e uma de UWO e confirmando a tradição do Oriente Médio em jogos de tabuleiro belicosos, acabou vencendo.

Ontem, dia 8, rolou uma jogatina lá em Botafogo, com o Rodrigo. E como é de praxe, foi excelente! Começamos com o Stone Age. Eu , cada vez mais, sou fã do jogo. E como tinha jogado uma partidinhas no BSW, fui testar a tão controversa estratégia do Starvation. Algumas considerações importantes: Ela só funciona com 3 jogadores , se os outros forem newbies. Com 4 jogadores, você tem que pegar o shaman e/ou 3x, 2x Cabana. Perder 10 pontos por turno é complicado. Eu ia pra Tools, mas o Warny , à minha esquerda, adora uma ferramenta e como eu respeito as opções sexuais de todo mundo, preferi optar por deixar o Warny pegar na ferramenta na Idade da Pedra e fui pro Motel. Como o Warny é celibatário e não vai no Motel nem por decreto, acabou sendo uma boa ir pra Starvation. O Rodrigo foi pro set de cartas e o Victor foi pra food/set. Acabei ganhando, com uma pequena vantagem pro Warny, 178 a 170, aproximadamente, provando que povo que se alimenta de madeira também pode ganhar.

Depois do Stone Age, rolou um Race for the Galaxy e o Victor, que não perde jogando com 4 jogadores, conseguiu encaixar uma estratégia do Novelty e quando o Victor faz Novelty, a gente só assiste. Ainda tentei esboçar uma reação jogando de Alien/Develop , Rodrigo foi de Rebelde e o Warny, bem o Warny, que estava a duas semanas sem jogar, ficou no meio do caminho e morreu na praia. Como era de se esperar, o Victor ganhou.

Depois do Race, finalmente, em um momento único, consegui jogar o Power Grid. E achei o jogo fantástico. Adoro jogo econômico. E estou, até agora, pensando onde está o Caos citado na BG-BR. Jogamos com o mapa da Europa Central e Deck de usinas da expansão. Foi muito divertido, com o Warny inflacionando o mercado e eu, adotando uma nova tendência globalizada, fui para o desenvolvimento sustentável com indústrias limpas na minha cidade dos tornados, cujos moinhos de vento serão adotados na Holanda, já que só um deles iluminava 5 cidades. Muito temático, como era de se esperar em um Eurogame alemão. Vitória do Victor, com uma inesperada aparição da carta de Step 3 e ele dando trigger no final do jogo mais cedo do que o esperado. Victor deu power em 14 cidades só usando lixo atômico da Usina de Springfield, Warny, profissional do Power Grid e matemático, perdeu , iluminando 13 e fazendo uma network de 19 cidades só de birra. Eu acabei iluminando 12 cidades e o Rodrigo, que não esperava o fim tão súbito do jogo, 11 cidades.

Jogamos, então, Alhambra! Um jogo bem light, com uma dose alta de sorte e razoavelmente divertido. Como conversamos, o jogo não é ruim, no entanto, leva um pouco mais de uma hora e com esse tempo, segundo o Warny, podemos jogar duas partidas de Race, segundo o Victor, uma de Stone Age e segundo o Arthur, acrescenta mais 7 horas e joga logo Through the Ages. Vitória do Warny, superando, inclusive o Rodrigo, profissional na construção dos palácios.

Para fechar a noite com chave de ouro, Puerto Rico. Como na noite anterior, tinha jogado com a enciclopédia e vendo a teoria do livro de Bouzada ser colocado em prática, fomos jogar. Fiquei sozinho no café o que me deu uma boa vantagem tanto no trade quanto na hora de trancar navios no Captain. Peguei uns markets, Lighthouse e acabei com bastante grana, conseguindo dois prédios grandes, a City Hall e a Fortress. O Warny fez estratégia do milho, o Rodrigo pegou um small wharf e o Victor produzia de tudo um pouco, fazendo bastante ponto em chip. Tanto o Warny quanto o Vitor fizeram muitos pontos de chip, no entanto, não fizeram tanta grana e o Rodrigo, numa atitude de pura cubriagem roubou a Estátua do Vitor. Acabei ganhando com 58 pontos, Warny fez 52, Vitor 50 e Rodrigo 47, placar apertado e eu , acabei vencendo, pela primeira vez, o Puerto Rico.

Glossário: "No livro de.." quer dizer a estratégia que a pessoa costuma fazer jogando determinado jogos. O Bouzada vai jogar de Rubi se pegar a Witch, o Victor vai tentar fazer Novelty no Race e o Warny , Mineração. O Americano vai pegar o Napoleão no Through the Ages, o Carlos vai falar que não tá entendendo nada e ganhar mesmo assim, o Arthur vai rushar e provocar o Caos e o André Boné vai ganhar todos os leilões, não importa como.

Uma boa temporada de jogos e até semana que vem, que promete com a chegada de novos jogos por aí!