sexta-feira, 23 de maio de 2008

Calabouço Especial do Feriado

Feriado de Corpus Christi

Feriado de sol, 22 de maio de 2008. Dia de jogatina no Calabouço das Peças, que vale a pena ressaltar está mais bonito e organizado. Já fazia um certo tempo que eu não participava do evento. Fiquei surpreso quando, ao chegar, percebi que o local estava com umas 30 pessoas jogando em diversos grupos. Não me lembro de ter encontrado tantas pessoas assim no Calabouço.

Quando cheguei fui recebido por um grupo de fanáticos pelo Fórmula Dé que quase me espancaram por não ter trazido o jogo. O André, Arthur e Cia estavam jogando Kingsburg. Gláucio ameaçava..., quero dizer, jogava Cuba com um grupo de incautos que nunca mais teriam uma vida normal novamente. Carlos “Clans” Salles, Luciano e Estevam jogavam Amyitis o que me fez relembrar de uma explicação, feita pelo Guilherme, sobre o jogo:

- É o seguinte galera: nós somos um bando de baba_ovo do rei Nabucodonosor que resolveu construir um jardim do tamanho da cidade de São Paulo só para agradar a vagabunda da Amyitis.

Com uma introdução destas todos ficariam curiosos com o jogo mesmo que ele fosse uma bomba. Falando em bomba tivemos a presença de nosso mais ilustre membro da Al-Qaeda lúdica, Cacá. Ele trouxe em sua mala jogos novos, jogos velhos, um pacote de estalinhos (para distribuir para as crianças) e um dispositivo C4 para o caso de querer se encontrar mais cedo com as 4500 virgens se for contrariado durante alguma partida.

Age of Empires III

Começamos com o Age of Empires III, excelente jogo, para aquecer as turbinas. O Vítor, cujo lema é “eu amo minha esposa e o Zavandor”, consultou seu manual de piadas repetidas só para declarar que caravelas não tinham turbinas. Na mesa para disputar o Novo Mundo estavam: Cadu, Bouzada, Estevam, Carlos “Neutro” Salles e o Luciano.

Depois da explicação o jogo flui normalmente com as nações procurando desenvolver suas economias para manter o alto custo de suas expedições. Sem entender que era melhor fazer conjuntos iguais de “trade goods”, o Capitão “Bouzada Colombo Doído” fez uma coleção de todos os trade goods do jogo. Com esta economia o máximo que ele conseguia era mandar dois bebuns para o novo mundo junto com os ratos nos porões dos navios.

Foi neste momento, por mera coincidência, que chega o ilustríssimo Shamou que tinha acabado de ter uma recaída depois de 2 sessões seguidas de testemunhos positivos no Alcoólicos Anônimos. Sob os efeitos do Etanol ele chegou a declarar que estava muito feliz em retornar a “Masmorra das Peças”.

Bouzada, atordoado pelo teor alcoólico do bafo do Shamou, começou a declarar que ia colocar todos os seus cubras valentes no Box da “Discovery Channel”. É que os colonizadores espanhóis já estavam cansados de assistir sessão da tarde e então arrumaram uma GatoNet lá pelos idos de 1500. Para quem já confundiu “Windfall” com “Waterfall” isso é até compreensível.

O Carlos, que estava jogando para que ninguém fizesse o conjunto de trade goods iguais, só percebeu bem depois que assim ele também não faria nenhum conjunto de trade goods iguais.

O Novo mundo já estava cheio de colonizadores e padres bombados pelo Monastério, convertendo tudo que era nativo com as promessas do Deputado Camilo Sujeira da qual o Bouzada era o porta-voz. Foi neste cenário que o mesmo “Bouzada Colombo Doído” resolveu enviar seus soldados para matar todo mundo, ou melhor dizendo, matar os cubras do Cadu. O Carlos se safou da carnificina porque só haviam padres na Inglaterra e o Bouzada não quis matar nenhum clérigo no feriado religioso.

No final vitória do Bouzada por 1 ponto de diferença em relação ao Cadu, isso tudo porque os Holandeses (comandados pelo Luciano) resolveram não prejudicar os espanhóis empatando maioria na Florida (essa foi Florida!!!).

Bootleggers

O Vitor já estava saltitante querendo jogar o Bootleggers, jogo de gangsters com alta dose de traições, canalhices, extorsões e ameaças de dar inveja até mesmo ao Cacá. Aceitamos o desafio e preparamos as famílias com o Vitor, Bouzada, Cadu e André. Não seria uma partida amistosa, sem dúvida.
O Vitor foi o primeiro a abrir um bar e tomou logo a dianteira vendendo cachaça ilegal pra todo mundo. Shamou ia gostar deste jogo. Depois foi a vez do Bouzada e do André abrirem em sociedade o boteco dos desesperados. Por último o Cadu conseguiu alvará de funcionamento para seu boteco também. Ele tratou de firmar um acordo de cavalheiros com o André para gerar receita em qualquer bar que o Vitor não controlasse. Quando o André teve a chance de tirar o domínio do Vitor enviando seus capangas para o bar dele, o André mudou de idéia e enviou todo mundo para comer “ovo colorido” e “pé-de-galinha na banha” no boteco do Cadu. Cadu, que é totalmente vingativo, jurou ajudar o Vitor a vencer o jogo. Nem foi preciso pois o Vitor tinha o bar dele próprio a disposição para a galera cair na manguaça. Já na rodada seguinte ele venceu sem precisar da ajuda de ninguém enquanto os adversários discutiam se a jogada do André tinha sido regular, ruim, péssima, horrível, tenebrosa ou “Shamouzada”.

Midgard

A partida seguinte foi de um jogo chamado Midgard. E lá estavam novamente Bouzada, Vitor, Cadu, André e o Guilherme de “contra-peso” (põe contra-peso nisso!!!). André estava preocupado com a possível vingança meta-jogo do Cadu, mas quem espalhou o terror das jogadas destrutivas foi o Guilherme. Eu acredito que os Vikings do Guilherme eram todos daltônicos, pois trocavam constantemente o alvo dos seus ataques atingindo somente os verdes. E o Cadu estava com os verdes!!! Coincidência da peste!!!

A história do jogo é a seguinte: Vikings estão invadindo vilarejos, provavelmente de Midgard (oohhh!!!), sendo que alguns destes vilarejos estão “amaldiçoados”. Todos os vikings das regiões amaldiçoadas irão para o limbo felizes da vida por terem morrido gloriosamente em batallha. Lá no limbo eles ganham 1 ponto de vitória e ressurgem em vida novamente, porém muito p$#%@ da vida pois irão para as galés onde terão que repetir todo o processo de “invasão x alma penada no limbo x ressurreição” novamente.

Ao final tivemos a vitória do Bouzada que traduziu com a seguinte frase o seu sucesso: fui o que menos foi parar no limbo!

Enquanto isso...

Enquanto isso, na mesa ao lado, a galera estava passando por um momento de dúvida na partida de “Blue Moon City”. O jogo havia sido explicado detalhadamente pelo Gláucio, mas segundo um dos jogadores, que preferiu não se identificar para evitar represálias, eles jogaram mais de 90% do jogo sem saber para quê estavam acumulando as famosas escamas de dragão.

Nexus Ops

Minha última chance de sair do zero era a próxima partida que seria de Nexus Ops. Cacá, Bouzada, Artur e Cadu disputariam o valioso rubium numa lua distante, que de tão distante só perdia em parsecs para Realengo.
O mais notável nesta partida foi a eliminação por completo do Cacá e do Artur. Não sobrou uma unidade sequer para contar história. No fim vitória apertada do Cadu, aos 45 do segundo tempo, por 12 a 11. O Cacá, apesar da extinção de sua espécie, terminou com 10 pontos enquanto o Artur conseguiu apenas 4 pontos.

Que venha o próximo!!!

Mais um dia agradável no Calabouço das Peças. Que venha o próximo feriado com muito sol, pois mesmo que nos forcem a ir a praia levaremos nossos tabuleiros. E o pessoal da Sibéria ainda reclama do frio...

[]s,

Cadu.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Session Report : Mai. 15 - Calabouço das Peças

De volta ao Calabouço depois de um tempo longe, jogos novos pra estrear e secura pra jogar. Logo de cara percebo uma mudança super positiva, a ludoteca agora tá bombada com as aquisições do amigo André Felipe e o ventilador na parede funcionando benzão.

Chegando lá já tinha uma mesa com Bouzada, André Felipe, Guilherme e Victor começando a explicação do Brass, como a capacidade do jogo estava cheia fiquei na de fora com o Arthur.

Assim que chegou o Carlos jogamos um filler do Knizia, o Escalation!. Ele é um jogo de cartas que tem a numeração de 1 a 13, o seu objetivo e terminar com o bolo menor de cartas, para isso você vai baixando seus números, sempre maiores que o seu antecessor, você pode somar números, desde que sejam iguais os valores. Bacaninha, um bom jogo pra apresentar pra mulecada também. Nesse meio tempo chegaram mais dois André's, jogamos os 5 mais duas partidas do Escalation! e resolvemos partir para outro menos filler.


Atacamos de Mall of Horror, esse é um jogo divertido e cheio de cubreagens. Nele você tem que sobreviver dentro de um shopping que esta sendo infestado de zumbis, para isso temos as lojas para nos proteger, só que em toda rodada temos que ficar andando pelo shopping e sempre chegam mais zumbis. Caso eles consigam entrar na loja onde estão os sobreviventes rola uma votação para saber que vai servir de "boi-de-piranha" para os zumbis comerem e irem embora. Diversão garantida, ficamos um marcando o time do outro quando percebemos o Carlos ganhou a partida.

Depois partimos para a estreia de um dos jogos que eu levei, o Taluva. E foi uma grata surpresa, o jogo lembra a mecânica do Carcassonne, tipo coloca tile e coloca peça, aí começam as diferenças.

Cada tile tem 3 desenhos, dois terrenos e um vulcão, você pode ir colocando os tiles no mesmo nível, ou empilhando criando outros níveis no tabuleiro, podendo inclusive soterrar as cabanas do nível inferior. Já as pecinhas temos 3 tipos, cabanas, templos e torres e você tem uma série de regras para as colocações delas.

Quando todos os tiles forem colocados, ganha quem tiver colocado mais templos (desmpatando em torres e depois em cabanas) ou então que finalizar primeiro dois tipos de construção. O jogo é bem bacana, acabamos jogando duas vezes, eu ganhei uma e o André outra.

Nessa hora a mesa do Brass finalmente terminou, dividimos os grupos, uma galera foi pro Taluva e eu, Arthur, Fel e André jogamos Catan. Boa partida, mas demorou mais do que esperávamos, o sono já tava batendo legal. Ensinei pra eles que negociação no Catan vai muito além de "dois trigos por uma ovelha". Acabei ganhando e matando a vontade de jogar um dos jogos que eu mais gosto.

Foi uma noite bem agradável, jogamos até quase 3 da manhã e com certeza voltarei a aparecer mais vezes. Fica aqui meu agradecimento ao pessoal do cigarro que também pegou leve e essa era uma implicância que eu tinha com o Calabouço e que agora já não tenho razão pra reclamar."

Agora seguem os meus comentários sobre o último Calabouço:

Começamos jogando Brass. Depois de umas duas horas de explicação de regras, começamos o jogo: Eu, André Felipe, Bouzada e Victor "Zavandor".

O jogo é bem complicado, com algumas mecânicas que lembram bem o Age of Steam (ambos são do Martin Wallace). É um jogo muito bom, principalmente para quem gosta de brainburners, mas é muito pouco instintivo.

A partida demorou umas 3 horas, com vitória minha não muito na frente do segundo lugar, e os demais jogadores ficaram muito próximos um do outro.

Depois disso, eu, Victor "Zava" e Bouzada jogamos uma partida de Taluva, jogo do grande amigo do Bouzada, o Casasola.

O jogo foi descrito pelo Cacá lá em cima. Quando a regra foi explicada pelo mesmo, eu entendi uma regra de forma contrária à que ele explicou, e fui o único que joguei de tal forma, o que é, na verdade, a regra certa. No final do jogo, vitória minha, e o Bouzada viu que ele e o Victor estavam jogando com a regra diferente.

Como já era tarde, decidimos encerrar a noite.

No Domingo, no Dia D, o André Felipe ainda veio me dizer que a regra do Brass estava errada. Na próxima tentarei uma partida de Brass com a regra certa.

Abraços e até quinta-feira!

Calabouço especial de Corpus Christi

Teremos nesta quinta-feira o Calabouço começando mais cedo, às 14h.

Para quem quiser comparecer, fica o convite.

Abraços a todos e até quinta-feira!

domingo, 18 de maio de 2008

Dia D do RPG!

O Final de semana do Dia D do RPG não podia ser mais produtivo. Os jogadores de RPG são pessoas extraordinárias. Em breve posto um report decente e lanço algumas fotos no Orkut. Por ora deixo o contato para a galera do Dia D que queira saber mais sobre os eventos vindouros:

dfelbarros@hotmail.com (msn)

lefelbarros@gmail.com (e-mail)

Fel Barros (Orkut).

Um abraço para a galera da Night Hunter produções, em especial à Pandora e o Bispo que cederam o espaço para nós e a recepção não podia ter sido melhor!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Session Report: 8 de Maio

Mais uma 5a feira movimentada no Calabouço das Peças. Além dos personagens habituais contamos com o retorno do exímio jogador de (todos) os jogos, Sávio, também conhecido como Americano. A Tia do Salgado, vulgo Daniel também chegou cedo e tivemos um dia movimentado para uma 5a feira qualquer. Começamos com apenas uma mesa de Attribute, jogo que o Guilherme vinha pedindo calorosamente para jogarmos desde que eu o trouxe dos EUA. Acho o jogo super inteligente tirando o fato de termos de dar tapa na mão dos outros na disputa pelas cartas. Attribute é um jogo que ,por razões inexplicáveis, tem como tema as ovelhas. Qualquer animal, do Pinguim ao Ornitorrinco seria pertinente à temática. O jogo é relativamente rápido, cada um joga duas vezes e ao final disso são contados os pontos. Recebemos uma mão inicial de 5 cartas com adjetivos da língua inglesa e uma ovelha vermelha ou verde. No nosso turno devemos propor um tema do tipo "Continentes", "Romário", "Sala de Aula" e associar o nosso adjetivo àquele tema. Em seguida todos escolhem uma das cartas da mão com um adjetivo e tentam associar ou afastar o máximo possível ao tema proposto (já vão entender o porquê). Aí entra a parte do "tapa". Reveladas as cartas, todos podem dar tapa em uma carta e pontuar (ou não por elas). Aí entra em cena as ovelhas verdes e vermelhas. Se você colocou uma ovelha vermelha há dois cenários possíveis: Ninguém bate no seu adjetivo por ele se afastar muito da temática e você ganha um ponto. Ou alguém, por descuido ou propositalmente bate na sua ovelha e ambos perdem um ponto. Já as ovelhas verdes você deve tentar que a escolham. O jogador que deu tapa no adjetivo e o que possuía a ovelha verde escolhida ganham um ponto. Caso contrário , quem não teve a ovelha escolhida perde um ponto.
O jogo fluia com um certo caos pois o Carlos não manjava muito de inglês e ficou um pouco perdido. Fora que algumas palavras realmente tinham um significado meio obscuro e pouca ou ninguém sabia o que significava. Eu e Guilherme abrimos uma vantagem inicialmente mas o Guilherme, novamente, adotou o revanchismo e escolheu uma ovelha vermelha minha em represália a eu ter pego uma verde antes dele na rodada anterior. Fora a jogada-chave do jogo em que o Carlos, dando um ar divertido e caótico ao jogo, bateu numa ovelha vermelha do Guilherme, provocando uma alegria profunda no mesmo. Com a derrocada do incentivador maior do jogo, Bouzada acabou se aproximando da minha pontuação e na última rodada, tive que dar uma aula de matemática aplicada a um estatístico, um engenheiro e um matemático ( eu com minha formação em LETRAS) e expliquei que estava pouco interessado na desgraça do DELTA que eles queriam propor. Acabei ganhando por um ponto do Bouzada, com o Guilherme em terceiro apesar do Revanchismo.
Acabado o Attribute, algo inédito aconteceu: 3 mesas no Calabouço! Há um bom tempo não se via isso. Eu, viciado em Kingsburg, propus uma Learning Session para os outros dois Andrés e o Carlos. Enquanto isso, Vitor Zavandor teve sua tão esperada sessão de Caylus com Guilherme e Bouzada. Na 3a mesa, Daniel e Americano jogavam San Juan até a chegada de Renato que também acabou jogando uma partida com eles. Nesse meio tempo Arthur chegou contabilizando os salgados e tivemos uma pausa para degustá-los inclusive o novíssimo Pão de Queijo a 1 real que fez a alegria da galera. O Caylus, um jogo muito mais pesado e arrastado do que o Kingsburg andava no mesmo ritmo do nosso jogo. No Kingsburg, os dois Andrés fizeram
uma estratégia envolvendo a Farm, ganharam um dado a mais mas descuidaram um pouco da defesa. O Carlos, por outro lado, ficou na track dos pontos de vitória enquanto eu, como bem lembrou o Bouzada, fiz o feijão com arroz, Buildings defensivas e depois ia para a 1a coluna. Minha estratégia foi recompensada ao final do último ano. Carlos empatou a batalha final enquanto dois dos três Andrés foram derrotados pelo Demon perdendo valiosas construções e acabando mais de dez pontos atrás de mim graças a uma rolagem baixa no último inverno. Três Andrés ocuparam o pódio. Suderj informa: (Depois de explicar o Attribute, fiquei com preguiça de explicar as regras do Kingsburg então olhe uma review do BGG se você quer saber mais sobre o jogo). O nosso jogo ,que a essa altura tinha virado Twilight Kingsburg , acabou depois do Caylus, um feito histórico para os jogos de tabuleiro modernos.
Acabado os jogos, Carlos e dois Andrés foram embora. Eu, Bouzada e Vitor, a pedidos incansáveis parte II do Guilherme e na esperança do Bouzada que o próprio venha a jogar Through the Ages um dia, fomos jogar o Lord of The Rings, o jogo cooperativo. Não sou muito fã de jogo cooperativo pois acredito que role um pouco de perda de individualidade nas jogadas, já que as decisões são tomadas meio que em conjunto. O jogo é bem fiel ao livro apesar de por ser um jogo do Knizia, não faz a menor diferença quem é quem na hora de acrescentar o tema. O jogo é bem difícil, não demora e no final das contas eu, que estava mais atrás , acabei pegando o Anel antes de chegarmos a Mordor e para felicidade geral da nação , Frodo morreu (!) e quem destruiu o anel foi eu, jogando de Pippin. Sendo que o Sauron tinha levado o Merry também e nós ganhamos uma rodada antes do Sauron tomar o Anel. Foi super apertado, relativamente divertido. Não me encheu os olhos mas acho que deve ficar bem mais interessante com as expansões.
Nesse meio tempo, Sávio, o melhor jogador (de todos) os jogos já criados, foi derrotado no Amytis pelo Renato. Com o anel destruído e o americano derrotado, somente sobreviveram eu, Americano, Daniel e Arthur (posteriormente descobrimos que Arthur também possui Daniel no nome e decidimos chamá-lo assim. Com pouca gente e sendo quase três da manhã, jogamos um Guillotine, fillerzinho excelente, altamente caótico e por isso um dos favoritos do Arthur. Ele e eu dividimos a liderança durante boa parte do jogo. Começamos a trocar hostilidades e acabou prevalecendo a vitória dele por um ponto sobre mim.
E para fechar a noite, mais uma Learning Session de Kingsburg! É legal que normalmente as pessoas gostam bastante do jogo. E não foi diferente dessa vez. O jogo foi bastante diferente do anterior. Eu, Sávio e Arthur investimos bastante na parte defensiva, apesar da Uruca ter batido a nossa porta e os rolamentos estarem ridículos. Arthur , apesar de estar jogando a primeira vez, pegou o espiríto do jogo e investiu muito no Jester que dá um ponto de vitória grátis apesar de ser o mais baixo conselheiro. Daniel, sugado pelos pontos de vitória da coluna de cima, acabou ignorando os efeitos do Inverno e sofreu uma derrota acachapante no quarto ano , perdendo 3 ouros, uma Church e consequentemente 7 pontos de vitória. No último ano, uma emocionante disputada entre eu e Arthur, ele liderando, pelo primeiro lugar e na última rodada, com a ajuda de um Alquimista consegui construir uma Chapel acrescentando 5 pontos de vitória e empatando com o líder.
Acontece a última batalha e Americano, com mais força militar ganha o decisivo ponto extra pela vitória mais convincente no inverno. Eu e Arthur, empatados em buildings e sem goods, ficamos com um justo empate e ambos saímos vencedores. Depois da maratona e de um frutífero Castelo, decidimos encerrar por ali.
Até o próximo Calabouço!

Session Report 1 de Maio

Quinta feira, feriadão e tivemos um número razoável de pessoas no Calabouço. Notadamente, a presença do Pedro que costuma ir ao Castelo e conseguiu ir dessa vez (sem a namorada).A noite começou em alto nível com dois jogaços na mesa. Power Grid, uma
learning session orquestrada pelo Guilherme, um dos organizadores do Calabouço, o Pedro, a única pessoa que eu convidei do Castelo que realmente apareceu e o Diniz, ex-aluno meu que de vez em quando aparece lá para jogar. Na outra mesa, The Scepter of Zavandor, atualmente 3o lugar no meu ranking de jogos favoritos. Os jogadores eram Eu, Arthur, idealizador e dono do
Calabouço, Bouzada que atualmente só pensa em Through the Ages e Victor "Zavandor" que tem esse apelido por ser viciado em Zavandor e até pouco tempo dono de uma das únicas cópias aqui do RJ.
Zavandor é um jogo econômico com uma temática meio piegas. Somos aprendizes de mago buscando o tal do Cetro de Zavandor. Temática rala e inexistente, não dá muito o feeling de ser um aprendiz, principalmente pelo fato de boa parte do tempo você está calculando como receber seu troco honestamente (não há "um" de troco, então se vc paga 19 com 20 vc perdeu 1 pó mágico, a moeda do jogo.) Nesse jogo você desenvolve uma "engine" econômica através de pedras preciosas, Rubis, Safiras, Diamantes ou Esmeraldas. (Você começa com Opalas mas elas não proporcionam "engine" alguma). Além disso, você recebe um personagem dentre fada, elfo, kobold, mago, druida e bruxa. Cada um tem seu "caminho" de magia inicial e há também artefatos e sentinelas que são leiloados ao longo do jogo. Quando são leiloados cinco sentinelas, o jogo termina.
Fizemos um sorteio e eu acabei empacado com o Druida, de novo. O Druida é meio fraco pois ele é obrigado a jogar com Rubis. E é meio difícil jogar com ele sendo newba como eu (foi minha 2a partida). Vitor Zavandor jogou de Mago, profissão que ele diz não gostar em um jogo para 4 pessoas, Bouzada de Fada e Arthur de Elfo. Esse jogo foi interessante para mim pois a 1a
vez que eu joguei foi uma partida de mais de 6 horas, learning session e dessa vez os artefatos eram mais escassos e havia mais disputas por eles. Bouzada começou com uma estratégia de Safira e mudou para Diamante. Arthur ficou sempre na Esmeralda, eu empacado nos Rubis e Vitor nos diamantes. O jogo era constantemente interrompido pelas dublagens do Kiko, feita pelo
Guilherme na mesa ao lado com a frase "Ai que burrico, dá zero pra ele" sempre que alguém não conseguia pegar seu troco de forma correta.
O artefato crucial é a Máscara de Carisma que reduz o preço dos Sentinelas em 20, principal condição de vitória do jogo. Bouzada comprou uma e Vitor a outra. Arthur, famoso por propagar o caos no jogo, comprou dois artefatos que destróem gemas dos oponentes. Como eu estava jogando de Rubi, comprei opalas para me defender. O jogo foi se desenrolando e no final, graças
ao caos propagado pelo Arthur, a estratégia do Vitor de comprar duas sentinelas foi inviabilizada e na última rodada eu estava empatado com o Arthur em primeiro, Vitor em último e o Bouzada fazendo conta para ver se tinha como ganhar. Acabou vencendo a mim e ao Arthur por um único ponto de vitória. Foi um jogo super equilibrado e bem mais rápido do que eu esperava,
cerca de três horas.
Nesse meio tempo, a partida de Power Grid já tinha acabado, com vitória esmagadora do Guilherme e eles tinham começado uma partida de Cartel, jogo lançado pela Grow no Brasil e que no exterior se chama Acquire. É um jogo de compra e venda de ações que eu tenho muito interesse em jogar e só não comprei pois os preços das edições (out of print) estavam abusivos. Ao time inicial do Power Grid acrescenta-se Carlos, figurinha certa no Calabouço, André, gerente financeiro do Calabouço e Renato, grande jogador de Pokemón.
Acabada a partida de Zavandor, Arthur foi cuidar da gigantesca leva de salgados e o Cartel estava terminando. Eu e Vitor confabulávamos sobre o que jogar a seguir enquanto Bouzada sugeria, pela enésima vez, uma partida Advanced de Through the Ages. O Cartel acabou de novo com a vitória de Guilherme, apertada sobre Renato. Diniz, Pedro e Carlos estavam indo embora.
Renato e André foram lá para baixo prosear. Os sobreviventes a essa altura, cerca de meia-noite eram eu , Guilherme, Vitor e Bouzada. Depois de muita discussão concordamos em jogar Midgard, Kingsburg e por fim, Attribute (a pedidos incansáveis do Guilherme).
Fizemos a Learning Session do Midgard, Bouzada explicando e ressaltando que tinha lido as regras e achado o jogo páia. O jogo mistura controle de área com draft e é extremamente simples. Demorou cerca de 1h30 com a explicação e acabou com uma vitória magra minha sobre o Bouzada graças a uma jogada minha fruto do meu inexorável D.D.A. Passei uma carta ótima
que tinha guardado desde a 1a rodada para o Guilherme na hora do último draft e acabei perdendo-a. Guilherme encerrou seu winning streak com a lanterna.
Logo em seguida jogamos Kingsburg sendo que o Bouzada e eu já tinhamos jogado uma vez e o Vitor duas. Bouzada explicou para o Guilherme e depois começamos. Kingsburg , atualmente, é o meu jogo favorito na categoria "Lightweight". Há, sem dúvida, um fator sorte muito forte mas relativamente contornável pelas buildings. Fora o Risk Control pois o jogo se passa nas 4
estações do ano, sendo que no Inverno somos atacados por algum bicho , normalmente um Goblin ou Zumbi. Devemos influenciar conselheiros em troca de recursos, pontos de vitória ou força militar. Fora que o jogo é visualmente espetacular.
Começou o jogo e começamos a ver os "que que isso" famosos do Bouzada após seus low rolls nos dados. Foi um jogo marcado por uma inexplicável perseguição do Guilherme à minha pessoa (há muita interação, pois um conselheiro já influenciado, salvo rara exceção, não pode ser influenciado por outro jogador). Como você usa seus dados para alocar dos números 1-18, normalmente o Guilherme alocava de forma a não deixar eu alocar, independente de isso ser bom ou ruim para ele. Eu joguei mais na defensiva fazendo muitas construções militares, o Vitor fez isso também, até melhor do que eu em certo ponto do jogo, pois eu , ao invés de me manter na estratégia fui buscar pontos de vitória extras. Por conta disso, acabei perdendo a 4a batalha e preciosos pontos de vitória.
No final, Bouzada em primeiro, um ponto na minha frente e Vitor um ponto atrás de mim. Já eram 4 da manhã e Bouzada, homem-carona viu que seria tarde para jogar o Attribute. E essa foi a noitada de 5a feira, muito produtiva, aprendi um jogo novo e joguei dois favoritaços meus. Abraços e até a próxima!